Eduardo Pitta, no blog Da Literatura tem razão quando escreve que o ódio ao Estado tem raízes antigas. Basta ler Bertrand Jouvenel, em Du Pouvoir, para compreender uma parte desse ódio. Todavia, confundir as raízes da rejeição do Monstro com o anti-semitismo não tem qualquer justificação. Quem critica o imperialismo, seja norte-americano ou soviético, deve adoptar igual posição em relação ao expansionismo sionista.
No século XXI, não há terroristas bons e maus. O terrorismo fundamentalista é tão assassino como o terrorismo de Estado, sobretudo quando está em causa a morte de civis e inocentes. É uma questão de honestidade intelectual. Coisas colaterais, pois sim, mas insuportáveis e sempre desproporcionadas, obviamente, venham elas de onde vierem. Quantos anos ainda serão precisos passar para se poder criticar o Estado de Israel sem ser acusado de anti-semitismo?
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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher
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