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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher
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quinta-feira, agosto 10, 2006
Chama(va)-se Operação Furacão
Helena Garrido, no DN, assina um editorial em que afirma: “Sem a colaboração da banca os Estados serão incapazes de combater o terrorismo.” É uma afirmação interessante, sobretudo para aqueles que julgam que a força das armas pode e esmaga tudo, que remete para a problemática da lavagem de dinheiro. É uma afirmação ainda mais interessante porque ainda há poucos meses se tomou conhecimento de uma grande investigação à banca portuguesa (BCP,BES, BPN e Finibanco) por suspeita de branqueamento de capitais. O que resta da Operação Furacão? Será que se vai saber em tempo útil qual foi o seu resultado?
quarta-feira, agosto 09, 2006
Fim
A polémica a propósito das negociações entre o Estado e o empresário José Berardo está terminada. Os estatutos estão à disposição de todos. Agora só falta abrir as portas da exposição que vai ficar no CCB. E aguardar pela inauguração, que deverá contar, certamente, com a presença de Sua Excelência o Presidente da República, Cavaco Silva, que promulgou o diploma, mas manifestou dúvidas acerca do seu conteúdo.
À espera do
Israel solicitou a aterragem de um avião nos Açores com ”material bélico não ofensivo“. Além da divertida expressão para caracterizar o material de guerra transportado, ficam duas perguntas por responder:
1. Se Freitas do Amaral fosse Ministro dos Negócios Estrangeiros, Portugal teria autorizado a aterragem do avião, colocando-se ao lado de um dos beligerantes do conflito do Médio Oriente?
2. Um carregamento de caixotes com aviões F16, que vão custar mais uma fortuna a actualizar, será a recompensa esperada pelo gesto tão friendly?
terça-feira, agosto 08, 2006
Um certo olhar
O PS de Lisboa quer conhecer as razões que levaram a Câmara de Lisboa a dispensar de concurso público a construção de cinco piscinas e apresentou um requerimento nesse sentido à presidente da Assembleia Municipal. E sobre o Vale de Santo António, o PS não tem mais questões?
segunda-feira, agosto 07, 2006
O milagre em curso
A onda de calor já começou a fazer estragos. Quem viajou na A1, ontem, sentiu os efeitos da onda de calor. Resta saber se há menos fogos devido à prevenção e ao combate mais célere ou se a área queimada nos anos anteriores foi tão grande que já não resta muito mais para arder. Para já, a única certeza é o desaparecimento dos fogos da agenda mediática a meio da época mais quente do ano.
domingo, agosto 06, 2006
Crónicas do Sistema (IV)
A opinião pública ganhou expressão e importância nos últimos cinquenta anos, mas o poder político continua a ignorá-la nas questões da guerra
VERGONHA
A opinião pública mundial manifesta-se pelos mais diversos meios contra mais uma guerra no Médio Oriente. Em Portugal, acontece o mesmo e as sondagens são claras: a maioria quer um cessar-fogo imediato.
Vinte e quatro dias depois do início das hostilidades, o concerto das Nações começou a discutir um cessar-fogo. Ao mesmo tempo, em Gaza, no Líbano e em Israel, os bombardeamentos intensificavam-se. Os especialistas dizem que ritmo das negociações diplomáticas tem de ser mais lento do que as estratégias de guerra.
Não é a primeira vez que os Estados contrariam a vontade dos seus cidadãos, em nome de uma série de clichés mais ou menos gastos. Basta recordar o Vietnam e as gigantescas manifestações contra os presidentes Nixon e Ford para compreender que a expressão da opinião pública esbarrou nas nomenclaturas militares, mas acabou por determinar o fim daquela guerra.
No século XXI, o desfasamento temporal entre as manifestações pacifistas em todo o mundo e o termo das guerras ainda continua a ser insuportavelmente longo. Felizmente, o dia-a-dia dos conflitos, explorados mediaticamente até à exaustão, liquidam qualquer liderança. O poder político pode não revelar vergonha do espectáculo da morte provocado pelos conflitos militares, mas tende gradualmente a ser cada vez mais sensível à opinião pública e aos votos no dia das eleições.
sexta-feira, agosto 04, 2006
As novas práticas
O governo dispensou a cimenteira do Outão da avaliação de impacte ambiental para a queima de resíduos perigosos, através de um despacho assinado pelo ministro do Ambiente. Nunes Correia é assim, aproveita o mês de Agosto para os casos mais sensíveis. Curiosamente, Sua Excelência esqueceu-se de avisar a comissão local de acompanhamento do processo em curso na Secil. Felizmente, há quem não se distraia com o sol e a praia. O DN deu notícia e a Quercus já reagiu. Não se admirem se o governo vier a terreiro acusar os ambientalistas de fundamentalismo, falta de flexibilidade e mau feitio. Então, criticar o governo logo no pico do Verão? Não se faz! Aliás, daqui a uma semana já ninguém se lembra do assunto, não é?
quinta-feira, agosto 03, 2006
Opiniões implacáveis
A guerra infindável de Israel
Augusto M. Seabra
Processo Penal afinal não há reforma?
Maria de Fátima Mata Mouros
Merecida espiação...
Ruben de Carvalho
Augusto M. Seabra
Processo Penal afinal não há reforma?
Maria de Fátima Mata Mouros
Merecida espiação...
Ruben de Carvalho
quarta-feira, agosto 02, 2006
Excelência
Mário Crespo, na SIC Notícias, voltou a mostrar como se faz jornalismo. E como se rompem paredes de silêncio inexplicáveis. Ao convidar José Sá Fernandes, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, para o Jornal das Nove, o Jornalista recordou o problema do empreendimento da avenida Infante Santo, em Lisboa. Depois de tudo o que se passou e disse, a obra continua a decorrer tranquilamente. E por mais espanto que possa gerar a atitude incompreensível de Carmona Rodrigues (para já é o mínimo que se pode dizer), Mário Crespo pergunta: viu, hoje, nos jornais alguma referência ao problema?
Até quando é possível ignorar o relatório e a recomendação do Provedor de Justiça, que continua a fazer o que compete ao Ministério Público? E, já agora, o que é feito das participaçöes que o vereador, entre outros, enviou para o MP e para o tribunal administrativo? E o que resta da tentativa de suborno do vereador? E o que anda a fazer o IGAT? Será que viu a SIC Notícias? Quanto maior for o silêncio, mais vezes se têm de fazer as mesmas perguntas. Pelos meios e formas possíveis.
Até quando é possível ignorar o relatório e a recomendação do Provedor de Justiça, que continua a fazer o que compete ao Ministério Público? E, já agora, o que é feito das participaçöes que o vereador, entre outros, enviou para o MP e para o tribunal administrativo? E o que resta da tentativa de suborno do vereador? E o que anda a fazer o IGAT? Será que viu a SIC Notícias? Quanto maior for o silêncio, mais vezes se têm de fazer as mesmas perguntas. Pelos meios e formas possíveis.
A diferença
“Para aqueles que pedem uma mudança democrática, esta notícia [doença de Fidel Castro] oferece-nos alguma esperança. Sou católica e não desejo a morte de ninguém, muito menos a deste ancião que deve estar debilitado, mas é uma esperança política que se abre, uma perspectiva de mudança“
Marta Roque, líder da Associação para Promover a Sociedade Civil e do ilegal Instituto Cubano de Economistas Independentes
Marta Roque, líder da Associação para Promover a Sociedade Civil e do ilegal Instituto Cubano de Economistas Independentes
O mesmo ódio
O internamento de Fidel Castro por razões de saúde gerou uma onda de euforia em Miami. As televisões chegaram a passar imagens de um cubano exilado nos Estados Unidos da América que manifestava o desejo do assassínio do líder cubano com uma bala na cabeça.
A mensagem que chega de um país rico e civilizado remete para outras imagens que chegam do outro lado do planeta, pobre e fundamentalista, em que elementos de movimentos terroristas rejubilam após um ataque ou um atentado suicida que provoca a morte de civis e inocentes.
terça-feira, agosto 01, 2006
Evidências e dúvidas
Luís Nobre Guedes safou-se dos sobreiros. Vamos lá ver se os sobreiros também se safam.
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