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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

domingo, setembro 16, 2007

Acabar com os abusos

O Código Penal e o Código de Processo Penal têm motivado críticas justas e algumas insinuações e aleivosidades difíceis de compreender. O mais chocante é que ainda não vi sublinhado os passos concretos para acabar com a escandalosa banalização da prisão preventiva. É mais fácil criticar, apesar de pactuar com o sistema, e até defender interesses corporativos legítimos, em nome de príncipios nobres ainda que no papel, do que denunciar um sistema que tem privado os cidadãos da liberdade por períodos de tempo insuportáveis, entre outras flagrantes injustiças. É uma constatação que retira credibilidade a quem, aparentemente, apenas se preocupa em prender.

sábado, setembro 15, 2007

O regresso dos MaCann

Há hipóteses que fazem sorrir. Ou será que não?

Bom senso

Depois de se atirar, publicamente, a José Sá Fernandes, que numa ”incarnação“ anterior fez um excelente trabalho na Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes veio colocar as coisas no seu lugar, permitindo concluir que desconhecia algumas das questões mais graves que ocorreram durante o mandato de Carmona Rodrigues.

Bom título

”Máfia dos bingos, a Somague do PS“

Tanta raça lusa cheira a mofo

O râguebi é uma modalidade demasiado interessante para estar à mercê de técnicas de comunicação mais ou menos agressivas. Um estágio num campo militar e e Jogadores à beira da histeria a cantar o hino nacional podem impressionar os incautos, mas não chega para iludir a verdade: transformar uma equipa amadora, que perde com a Nova Zelândia por 108-13, em heróis nacionais roça o ridículo. Aliás a expulsão de um jogador português por agressão parece ter sido esquecida no meio de todo este vendaval comunicacional, que cheira a uma organização demasiado profissional para tanto amadorismo. Por mais campanhas que possam surgir nos meios de comunicação social, o râguebi português ainda está a um nível medíocre. Isso sim, deveria ser a principal mensagem para garantir mais apoios de um Estado que continua demasiado refém do futebol. Não era precisa tanta encenação patriótica e patrioteira.

Exemplo parlamentar e político


Fernando Rosas, um dos únicos deputados livres da Assembleia da República, vai abandonar o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, ou melhor o que resta dele. Sensível a promessas eleitorais que não foram cumpridas, o professor e historiador bateu com a porta, manifestando memória, coerência e decência política num bloco político que surge cada vez mais como uma muleta deste PS. Não é por acaso que o PCP, à esquerda, surge como a verdadeira oposição a José Sócrates.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Obsceno

O debate sobre a restrição da divulgação de escutas tem sido miserável. Não basta clamar, pomposamente, contra uma Lei. É preciso mais, muito mais, nomeadamente defender a Liberdade de Imprensa no dia-a-dia. O cinismo e a farsa não têm limites?

Dias tristes

Alguns defensores dos Direitos Humanos meteram a viola no saco depois da triste figura política de José Sócrates e de Cavaco Silva, que não ousaram receber o Dalai Lama, porventura para não contrariar os chineses. Francamente, preferia mais uma cena de Bolo Rei do que ter de ouvir certas desculpas esfarrapadas.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Uma tristeza

A primeira declaração política sobre o incidente de Scolari, de Laurentino Dias, está ao nível do futebol português. Blá blá blá. Fica a censura e o empurrar da batata quente para a Federação de futebol.

Os MaCann: A hora do digest

Não há jornalismo mais cobarde do que aquele que espera pelos erros dos outros para contar toda a história e toda a verdade.

Rua

Um treinador que agride um jogador da equipa adversária não tem lugar na equipa nacional. O apoio do maior banco do Estado (à custa dos contribuintes) e do inefável administrador Vara não deveriam ser suficientes para manter esta espécie de arruaceiros e de arrogantes dos campos de futebol.
P.S. Lá se foi um dos trunfos de 2009!!!!

quarta-feira, setembro 12, 2007

Com expectativa

Aguardam-se ansiosamente as declarações de Alberto Martins, José Lello, Edite Estrela e Renato Sampaio, dirigentes de ”referência“ deste PS, sobre a visita do Dalai Lama.

terça-feira, setembro 11, 2007

Vergonhoso

Conheci o Dalai Lama em Paris no início dos anos 90. E tive a oportunidade de assistir à onda de entusiasmo que gerou quando fez uma palestra em Assas. Passados estes anos todos, a recusa do Governo receber oficialmente o Dalai Lama dá uma dimensão da pequenez da sua diplomacia, que, aliás, já se tinha manifestado noutras circunstâncias. É o estilo do ministro Ama(cia)do, que merece o aplauso do primeiro-ministro e do Presidente da República. Ana Gomes, eurodeputada socialista, voltou a elevar a voz contra esta política externa da treta, enquanto o PS, ou melhor este PS, se remete ao silêncio politicamente cobarde que envergonha Portugal.

Mudança

Não há nada mais patético do que o corporativismo na versão de total cegueira. Seja nas polícias, seja no jornalismo, bem como em muitas outras actividades profissionais. É preciso uma revolução de mentalidades que permita distinguir a solidariedade entre pessoas da mesma profissão e a solidariedade que favorece pactos de silêncio. É claro, em nome da unidade.

Processo MaCann: os falhanços e os amigos

As sucessivas declarações de autoridades do universo judicial, sempre reactivas e por vezes contraditórias, revelam que algo correu mal (ou será que correu como o previsto ???) na investigação do desaparecimento de Madeleine MaCann. Depois de se ter recusado a comentar o caso, Alberto Costa, ministro da Justiça, brindou os meios da Comunicação Social, em Bruxelas, com uma afirmação de confiança na PJ e, curiosamente (ou não!), fazendo questão de afirmar que falava em nome do Ministério Público! Ao que isto chegou!!! Agora, e ainda melhor, é possível alcançar as eventuais vantagem de terem sido feitas nomeações para todos as direcções das polícias e dos serviços de Informações.

domingo, setembro 09, 2007

Luís Filipe Carvalho

A credibilidade de um jurista, que tem beneficiado a SIC.

CASO MCCANN PODE LIQUIDAR GOVERNO SÓCRATES

A partida da família McCann para Inglaterra, após os pais de Madeleine terem sido constituídos arguidos, constituiu um espectáculo extraordinário, em directo e ao vivo em todas as estações de televisão do mundo. Das duas uma: Ou a constituição de Kate e Gerry Maccan como arguidos foi aparentemente uma farsa, ou a sua partida se pode ter ficado a dever ao estabelecimento de uma medida de coacção que deixou muitas dúvidas e/ou a uma intervenção política e de Estado. José Sócrates, primeiro-ministro, Alberto Costa, ministro da Justiça, e Alípio Ribeiro, Director da PJ, devem explicações ao país. Urgentemente! É preciso saber se existiu um acordo de Estado que passou por cima da Justiça portuguesa.O caso McCann pode provocar uma verdadeira revolução no seio do sistema judicial e no funcionamento das polícias portuguesas.

sábado, setembro 08, 2007

Caso McCann e orgulho nacional saloio

Não tarda nada, vai aparecer um energúmeno a dizer que quem não defende a PJ a todo o custo e cegamente não é bom português. Ora, nem a PJ precisa deste protecionismo indecoroso, cujo expoente máximo é representado pelo o presidente da Câmara de Santarém, perdão, pelo criminologista Moita Flores, entre outros, entre os quais se encontram alguns Jornalistas, nem a soberania nacional fica diminuida por uma investigação que tem revelado alguns buracos. Seja pelos falhanços dos operacionais (o que pode acontecer), seja pela interferência de comissários políticos (o que não deveria acontecer) que nada percebem sobre a actividade policial.

Quem sabe, sabe

A memória dos Jornalistas é um dos bens mais preciosos da Democracia. Por isso, vale a pena chamar à atenção para um artigo de opinião - ” O sonho de Sócrates que se tornou realidade“ -, assinado José António Cerejo, que vale a edição de hoje do Público.

É demais!

Agusto Santos Silva, que ainda não teve a decência política de se demitir, lá continua a passar a sua mensagem (FALSA!) de que o veto de Cavaco Silva não colocou em causa o essencial do Estatuto do Jornalista que o Governo tentou, vergonhosamente, fazer passar. Lá chegará o momento em que o (ainda) ministro vai reforçar a parada, mantendo os fundamentos do maior ataque à Liberdade de Imprensa de que há memória. Na verdade, os Jornalistas até podem fazer mais um apelo político, desta vez ao Papa ou ao Dalai Lama, que está para chegar a Portugal, mas provavelmente pouco adiantará.
Enquanto não houver uma efectiva diferenciação entre o trigo e o joio, mais tarde ou mais cedo o cerco político deste PS tem todas as condições para sair vencedor. E a avaliar por alguns que (agora) se levantam em defesa da Liberdade de Imprensa, é caso para temer o pior.