Os novos "embuçados"

«A internet é hoje um bosque medieval europeu ou o Atlântico de setecentos. Um espaço sem lei nem ordem e, principalmente, isento do domínio efectivo da justiça».

Justiça low-cost

«Escondam-se da justiça e façam-se de mortos, para que não pegue convosco. E se precisarem de pleitear, assegurem--se de que se metem com um de casta igual ou inferior, não vá o tiro sair--vos pela culatra, acabando pior do que estavam antes, mesmo que carregados de direito!».

Estão enganados ou a enganar-nos?

«Curiosa ideia a de que Portugal precisa de crescimento económico, e por isso tem de ser o Estado a injectar dinheiro na economia. Mas será que depois de décadas de termos o Estado a largar dinheiro na economia ainda não perceberam que a única economia sustentável é aquela que a sociedade consegue por si criar e desenvolver?».

Cenas da vida judiciária

«Um Advogado, que verdadeiramente o seja e esteja de que lado estiver, sente repulsa pela mentira, pela falsidade, pelo faz-de-conta em que Portugal se converteu».

Os tribunais e o estado da República III

«A arbitrariedade lusa a fixar as indemnizações é tal que não alcanço como é que o legislador nunca retirou tal poder aos nossos juízes».

Os partners e o confisco

«Recentemente um responsável de uma das megaconsultoras (chamam-lhes “partners”! Ou será “partenaires”?) veio dizer que a tributação lusa é “exagerada face ao que seria saudável para a economia” e que até já ultrapassou “largamente” o “limite do desejável”. Mas se acertadamente o disse, logo estranhamente concluiu que, todavia, o “limite dos sacrifícios não está excedido”».

Chefia de Estado e Constituição

«Um chefe de Estado que conscientemente viola a Constituição não está a desempenhar a sua função. E por mais democraticamente que tenha ascendido ao cargo não o merece».

A crise financeira de 1870 e a de 2012

«Os portugueses que pagam impostos são esmagados, espoliados, violentados com cargas que variam entre os 25% e os 65%».

Ainda a propósito da crise…

«O problema surge quando uma Democracia fica refém desse tipo de Partidos e de Políticos, desse sistema político-partidário. Ora, a Democracia portuguesa está obviamente nessa situação. Está refém! E não se vê quem a salve».

Mediocridade confessa

«A situação é gravíssima, tanto mais que há a ideia pública, mas claramente falsa aos olhos de quem lecciona, de que estamos perante as gerações mais bem preparadas de sempre (dislate que tem sido propalado por tantos, maxime políticos, vá-se lá saber com que inconfessados propósitos!)».

A Justiça… sempre a Justiça!

«Não é do atraso da Justiça, eufemismo em que o idioma português é pródigo, que a economia e a sociedade se queixam. É do atraso na tomada das decisões judiciais»

A simbiose e a democracia

«Em sociedades doentes, motivadas pelo modo pelo qual se acede e se conserva o poder, criam-se ofertas para satisfazer necessidades nenhumas».

O consenso

«O consenso da magna manifestação pôs ainda a nu o pior dos partidos políticos: que estão dispostos a trair os seus parceiros, a violar o segredo de Estado ínsito a todas as reuniões que devem manter-se secretas, para tentar ganhar os favores do eleitorado. Mostrou também, portanto, que há partidos que não sabem ser poder».

Medidas estúpidas, injustas e más

«É chegada a hora de o senhor Presidente da República assumir as rédeas da coisa pública! Aja, senhor Presidente. E, se o não fizer, alguém que o faça… por favor!».

Portugal não é um país de corruptos?

«Então como explicar os 135 000 falsos “filhos” nas declarações fiscais dos cidadãos? Como explicar o uso de cartões de crédito, carros e funcionários do Estado para fins privados? Que é feito da cunha nacional? Como entender que sejam divulgadas dezenas de casos de peculato, de participação económica em negócio, de corrupção, de prevaricação, de abusos de poder, etc.? ».

A austeridade em falta

«Mas de toda a austeridade imposta, que os números mostram estar a resultar em nada, não consta a mais importante. Aquela que é a austeridade em falta. A austeridade de que o sistema político-partidário não quer sequer ouvir falar».

Haja caracóis e cerveja este Verão!

«Se o Estado nos dá pancada, se nos trata como imbecis, se nos vai ao bolso, se nos mente descaradamente, é irrelevante! Nada nos faz mexer».

Justiça cega

«Só carreiras moralmente impolutas e tecnicamente atestadas permitem ocupar cargos da máquina da justiça».

A democracia dos outros

«Só uma total falta de vergonha permite que em algumas democracias se criem e mantenham clivagens totalmente injustificadas e imorais entre governantes e governados. Só o despudor autoriza que o governante, em democracia, se coloque acima dos governados». 

O país dos doutores

«É o mal de sermos um país de doutores, quando o que importava era sermos um país de senhores».