«O “homem” e o “líder” ganharam. Ainda que fragilizados, conseguiram vencer. Novamente, venceram sob suspeitas graves e intoleráveis em Democracia. A impressão que vale tudo no poder já está enraizada na sociedade portuguesa, mas a percepção dessa realidade, difusa e de prova quase impossível, não foi suficiente para determinar a alternância política.
O “homem” e o “líder” ganharam. Ainda que diminuídos pela governação, marcada por casos e mais casos, conseguiram assegurar a liderança do governo com a mesma fórmula de sempre: negar, reagir e ganhar tempo.
O “homem” e o “líder” ganharam. Ainda que limitados por uma maioria relativa, conseguiram ganhar espaço suficiente para corrigir os erros do passado, os políticos e os pessoais, com a vantagem de uma experiência adquirida ímpar.
O “homem” e o “líder” ganharam. Ainda que obrigados à negociação permanente, conseguiram iludir o momento.
O “homem” e o “líder” só têm um limite: o tempo»*.
* 30 de Setembro de 2009