As centenas de milhar de manifestantes não podem ser ignorados, ainda que a maioria tenha eleito a troika como principal alvo. A contestação ao governo é inequívoca e a ruptura na coligação passou a ser irreversível a partir da declaração de guerra de Paulo Portas, hoje, após audição do seu partido.
Pedro Passos Coelho não tem mais margem para hesitar. Também deverá ouvir o seu partido, de forma a ter legitimidade para escolher o melhor caminho para o país.
A questão é muito simples: será melhor para o país arrastar um governo minado pela desconfiança interna em nome da estabilidade governamental? A resposta é ainda mais simples: O país não pode ficar dependente de calculismos políticos mesquinhos disfarçados de sentido patriótico, seja à esquerda ou à direita.
É nestas alturas que, porventura, vale a pena recordar Francisco Sá Carneiro.
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