O anúncio dos cortes na despesa pública surpreende mais pela falta de concretização do que pelo montante estimado.
O ministro das Finanças está a revelar-se um orador exímio e um político hábil. Já vai longe a imagem de académico brilhante e de homem dos corredores do poder. Nada parece atrapalhá-lo. Nem mesmo ter de fazer o anúncio dos cortes na despesa pública em abstracto, tipo valor total estimado. Não obstante o benefício da dúvida devido, falta saber como é que o ministro vai conseguir poupar mais de 4 mil milhões de euros. Porventura, isso são apenas pormenores que interessam aos especialistas. Não vá a coisa dar para o torto e ter que atacar o que ainda resta... tipo 13º mês.
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