Paulo Portas começa mal, ao tomar uma posição de princípio que em nada honra a declaração de princípios que afirmou no momento da assinatura do acordo "Maioria para a mudança".
Afinal, é a palavra do primeiro-ministro que está em causa. E, sobretudo, a vontade de muitos eleitores que votaram PSD na convicção de ter um presidente da Assembleia da República, como Fernando Nobre, com um perfil diferente do habitual que, seguramente, e a título de exemplo, não aceitará que comissões parlamentares sejam lideradas por deputados com interesses, directos e indirectos, nas matérias que apreciam.
Pedro Passos Coelho tem pela frente muitos desafios. Entre eles, e talvez o mais complexo, é tudo fazer, com transparência e firmeza, para contribuir para limpar a Assembleia da República de vícios antigos e práticas inaceitáveis de promiscuidades de interesses.
Não importa se a eleição será difícil, ou não. Seguramente, o líder do PSD só será derrotado se não insistir no cumprimento de um dos maiores desígnios da nova maioria.
Aliás, se Fernando Nobre não for eleito não é Pedro Passos Coelho que é derrotado. É a democracia que fica (e continua) mais pobre.
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