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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

terça-feira, agosto 26, 2008

Coincidências, certamente

A promulgação (inacreditável) da Lei de Segurança Interna caiu que nem ginjas neste súbito ambiente de crime violento. Depois de todas as críticas, de Manuel Alegre, deputado, a Fernando Pinto Monteiro, Procurador-geral da República. o poder político conseguiu o inimaginável para alguns: o novo secretário-geral de segurança, nomeado pelo primeiro-ministro, sob proposta do ministro da Administração Interna e do ministro da Justiça, passa a ter acesso a toda a informação criminal. Como alertou António Martins, presidente da Associação Sindical de Juízes, «Nunca num regime democrático se concentraram na mesma pessoa tantos poderes».

3 comentários:

Anónimo disse...

Cavaco preocupa-se muito com as questões pessoais, de foro íntimo. mete o bedelho em quem dorme com quem, quem procria com quem, quem se divorcia de quem. as questões que afectam todos, fundamentais, de civilziação, passam-lhe ao lado. Uma nódia, enquanto PR, o sobreestimadíssimo ex-primeiro-ministros.

Anónimo disse...

E não será melhor assim, ao invés de se depender de várias pessoas para uma decisão ou parecer? Eu não sou socialista, mas concordo com esta medida pois simplifica o sistema.

Anónimo disse...

"Simplificado" estava o sistema no tempo da ditadura.
Há que separar as águas: uma coisa é um secretário-geral da segurança destinado a controlar tudo e todos numa perspectiva eminentemente política; outra coisa é o clima de insegurança, ao qual não é de todo estranho a entrada em vigor do novo código penal. E enquanto esta criação do bloco central estiver em vigor, não será uma reincarnação de Silva Pais que protegerá os cidadãos dos vulgares bandidos no seu dia-a-dia. Nada disto é inocente...