O tratamento mediático concedido ao incidente da aluna do Carolina Michaëlis ilustra na perfeição o vazio do debate sobre a Educação em Portugal. Alguém se deu ao trabalho de pensar que a atitude da Senhora Professora foi anti-pedagógica, tendo dado origem a uma reacção (errada) mais do que previsível? De facto, é bem mais fácil defender a tese que a aluna é uma selvagem. E que é preciso porrada, mais porrada neles!
É pouco, muito pouco, para a Educação do século XXI, mas está à altura da governação e da discussão sobre o futuro da escola em Portugal.
Novas oportunidades, para a estatística, pois claro.
3 comentários:
Desculpe, mas o seu comentário insere-se no próprio vazio que denuncia. Onde está a atitude anti-pedagógica da professora? A senhora, cuja fragilidade física é evidente, limitou-se a cumprir o que lhe é exigido pelo regulamento interno: confiscar um telemóvel, cujo uso é proibido durante a aula. Não há nada de anti-pedagógico nisso.
E se tivesse solicitado à aluna que saísse da sala de aula, está-se mesmo a ver que a "pequenota" obedeceria prontamente...
É o velho ditado: preso por ter cão, preso por o não ter.
Como dizia um amigo meu:
"Há umas coisinhas que se aprendem entre os 4 e os 12 anos, depois já não vai lá de maneira nenhuma"
E não é na escola.....
O resto é treta para encher papel
Atitude anti-pedagógica?
1 - A professora retirou o telemóvel para que a aluna não o usasse.
2- Perante a atitude da aluna, a professora ordenou que se sentasse.
3 - Perante a investida da aluna, a professora tenta sair da sala de aula e é agarrada e impedida.
4 - Segundo o que já se sabe, e pós-filmagem, a professora chamou um elemento do Conselho executivo.
Gostaria que me explicasse qual deveria ser a atitude que deveria ter tomado a professora?
Sacado da arma?
Desatar aos gritos a pedir socorro?
Ligar para a polícia?
Ante o "vazio do debate", também não ficam bem as " palvras vazias".
P.V.
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