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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

sábado, outubro 20, 2007

Entrevista de Pinto Monteiro

Pinto Monteiro faz uma declaração da maior gravidade, certamente medindo cada uma das suas palavras, numa entrevista ao Semanário Sol. Pela sua extrema importância, passo a transcrever a pergunta e a resposta em causa:
”O que pensa da possibilidade de os serviços de informações fazerem escutas?
Eu vou dizer uma coisa com toda a clareza, que talvez não devesse dizer: acho que as escutas em Portugal são feitas exageradamente. Eu próprio tenho muitas dúvidas que não tenha telefones sob escuta. Como é que vou lidar com isso? Não sei. Como vou controlar isto? Não sei. Penso que tenho um telemóvel sob escuta. Às vezes faz uns barulhos esquisitos.“
A propósito de uma pergunta, sobre os serviços de informações, o Procurador-geral da República admite estar sob escuta, invocando uma questão técnica que sabe não acontecer com o sistema israelita Paragon (sistema legal). Ora, a Lei não permite que os serviços de informaçõess, ainda que dependentes do primeiro-ministro de Portugal, façam escutas. O que quererá dizer o PGR? Que os serviços de informações fazem escutas ilegais? Que alguém pode ter o seu telefone sob escuta?
A entrevista de Pinto Monteiro não pode cair em saco roto. Não é normal um Procurador-Geral da República vir a público manifestar tal dúvida e fazer questão de dizer que não tem medo de ninguém.

1 comentário:

Filipe Tourais disse...

Diz isso ao início e depois sobre a corrupção desvaloriza-a e diz que apenas existe corrupção de cafézinho e dos eurozitos para desbloquear a burocracia. Será essa a ocupação de Maria José Morgado e será essa a valorização e a relevância do seu trabalho que lhe dá o PGR.