Paulo Portas regressa hoje à política partidária. Sempre no fio da navalha. O Portas 1, que chegou a Ministro de Estado e da Defesa Nacional, está convencido que vai ter o mesmo sucesso como Portas 2, na versão do político sofrido por uns meses de travessia do deserto. É claro que um qualquer programa televisivo, nem que seja sobre o estado da arte, serve para tornar mais suave a passagem entre o poder , o vazio e o regresso ao passado.
Portas é assim mesmo. Táctico e previsível. Para a liderança do que resta do CDS/PP? Para o Grupo Parlamentar? Para mais uma rábula para convencer o papalvo, tipo vindimas para as têvês, que fazem de conta que é importante? Portas é assim mesmo. Seja 1, 2, 3, 4, 5, etc. É o político que é capaz de perceber e explorar as fragilidades de uma sociedade de informação que come e cala o que lhe servem no prato à hora do jantar. Mas valerá a pena? Nem tudo tem que ser como deveria ser pela lógica das aparências. Por mais que se sirva um prato lindo e requintado, há sempre uns tantos que já não querem comer mais do mesmo.É uma maçada, eu sei. Mas não tem que ser uma fatalidade, mesmo que faltem os argumentos. Há sempre a imagem da Virgem, não é? Que tal? É capaz de ficar bem. Do gabinete da Defesa para o CCB, às 20h, em directo. Com todo o respeito.
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