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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quarta-feira, setembro 06, 2006

Crónicas do Sistema (IX)




George W. Bush fez uma declaração política em que reconheceu os voos e as prisões secretas da CIA fora dos EUA




EM ÓRBITA

Está ao nível de um qualquer criminoso e ditador. O presidente, confortado pela força do dólar e da sua fabulosa indústria de armamento, que, aliás, armou alguns dos terroristas que agora persegue, decretou uma nova doutrina: os norte-americanos podem sequestrar, transferir, prender e torturar em nome da segurança.

É uma argumentação que não fica um milímetro aquém da dos criminosos de esquerda e de direita que ainda subsistem no poder por esse mundo fora. E que passaram a ter uma nova cobertura política para continuar a manter-se no poder à custa da violação dos Direitos Humanos.

É mais simples falar de Fidel Castro, Kim Il Sung e da visita de colombianos das FARC à festa do Avante, entre outros, do que questionar o comportamento ilegal da CIA ou de qualquer outro serviço secreto no espaço europeu. Mas é uma desonestidade intelectual. A questão não reside na nacionalidade de quem usa e abusa da força, mas sim na capacidade de rejeitar quem se comporta como um gangster para liquidar outros gangsters. A simples defesa da soberania e dos valores da civilização ocidental deviam ser suficientes para ultrapassar as fronteiras das polémicas partidárias.

Hoje, já não estão em causa os trânsitos dos aviões da CIA em Portugal, como reconheceu Vera Jardim. O que importa saber é se António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates sabiam da passagem destes voos por Portugal. E mais: Houve suspeitos de actos terroristas detidos ilegalmente que permaneceram e foram interrogados em território ou águas territoriais portuguesas?

3 comentários:

Bart Simpson disse...

Será que vai obter resposta a essa pergunta, caro Rui?
De facto, este Bush é tudo menos inocente - e quem anda acordado e é intelectualmente honesto - sabe que é verdade.

Anónimo disse...

Excelente!
Estou mortinha por saber o que o JPP tem a dizer sobre isto, mas parece-me que ainda não teve tempo para se pronunciar...

Anónimo disse...

Acabei agora de ver o Abrupto e... foi pena que JPP não tivesse ficado sem dizer nada.