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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

segunda-feira, janeiro 19, 2009

A táctica do costume

As intervenções políticas de José Sócrates são mais claras um dia ou dois depois. Compreende-se melhor o discurso da moção que vai levar ao Congresso do PS após a divulgação por Bruxelas, hoje, das previsões do défice, desemprego e contracção da economia.
P.S. As novas declarações de José Sócrates sobre as offshores e a liberdade de imprensa são para levar a sério?

domingo, janeiro 18, 2009

Força da mudança ou de Alegre?

A apresentação da moção de política de José Sócrates pode ser um momento de viragem na política portuguesa. Se a 'Força da Mudança' for de tal forma Alegre, por meras razões oportunistas e eleitoralistas, o primeiro-ministro corre o risco de aparecer fragilizado aos olhos de quem ainda está convencido que tem um projecto para Portugal. Em termos comparativos, é quase a mesma coisa que Paulo Portas tentar convencer os portugueses que não fará coligações ou acordos parlamentares no caso de não haver uma maioria absoluta nas próximas Legislativas. Há promessas políticas que só servem para descredibilizar quem as faz.

sábado, janeiro 17, 2009

Para quando um número de ilusionismo?

Os resultados da estratégia de Manuel Alegre e da pressão do Bloco de Esquerda estão à vista. José Sócrates guinou à esquerda. De acordo com a Imprensa, no caso do PS ganhar as próximas Legislativas, o referendo da regionalização e o casamento entre homossexuais são dados como certos. Em boa verdade, nada de errado nas novas 'bandeiras' de José Sócrates, que merecem discussão pública e o voto dos portugueses. O mais estranho é a capacidade do primeiro-ministro mudar de um dia para o outro. Para manter o poder em 2009, se possível com uma maioria absoluta ainda mais expressiva, só falta mesmo um número de circo. Pelo andar da carruagem, quem sabe...

A melhor semana do PSD

A líder do PSD pode estar satisfeita. A última semana foi favorável, depois de uma entrevista a Judite de Sousa e de um comício, que, aliás, nos poupou o espectáculo das habituais encenações socráticas. De facto, a credibilidade de Manuela Ferreira Leite pode não ser um castelo de areia tão grande nas mãos do primeiro-ministro.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Um conflito inevitável

A desastrosa acção governamental em relação à Justiça começa a dar sinais. Agora, os Juízes tomaram a iniciativa da contestação, depois de terem alertado para a insegurança nos Tribunais. O rastilho para mais um braço-de-ferro está em marcha, pelo que se pode esperar o pior durante um ano em que todos os falhanços das reformas estruturais podem começar a ser mais evidentes.

Insensibilidade ou táctica?

Ao chumbar os projectos da oposição para alargamento do subsídio de desemprego, a maioria socialista no Parlamento deu um sinal inquívoco que está a colocar medidas estruturantes urgentes ao serviço do calendário eleitoral. Seguramente, mais perto das eleições legislativas as medidas 'sociais' vão ser aprovadas em catadupa, ao melhor estilo das tradicionais inaugurações. Entretanto, os portugueses que se amanhem...

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Dois pesos pesados

Miguel Cadilhe e Manuela Ferreira Leite conseguiram mais num dia do que o PSD nos últimos quatro anos. Em dois momentos diferentes, a propósito do escândalo do BPN e da afirmação das alternativas às políticas de José Sócrates, o PSD conseguiu, finalmente, marcar a diferença.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

O princípio do fim

Cada dia que passa, em que o primeiro-ministro é confrontado com a realidade, fica mais claro o fosso abissal entre a propaganda e o dia-a-dia dos portugueses. O debate quinzenal sobre a Saúde, que confirmou a arrogância de José Sócrates, prova que é possível aos portugueses verificarem, em directo e a cores, o tipo de líder que está no poder. É caso para dizer, em relação a sectores fundamentais, como a Saúde, que há debates parlamentares que 'matam'.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Oliveira e Costa no Parlamento

A comissão parlamentar que vai liderar o inquérito ao BPN começou bem. O banqueiro vai ter a oportunidade de se explicar no Parlamento (aparentemente, não precisa de imunidades nem de atestados médicos para escapar a esta maçada). Para já, Maria de Belém Roseira, que lidera a comissão, está de parabéns.

Com argumentos oportunistas

Passo a passo, os elementos da corte do poder fazem passar a mensagem de que a actual situação se deve à crise financeira internacional. São os mesmos do costume. Já nem se preocupam em tentar fazer passar os portugueses por parvos. Compreende-se, em ano de eleições têm todo o interesse em se fazerem de parvos.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Leitura recomendada

A crónica do Bispo Auxiliar de Lisboa.

Um impasse sem perdão

A ausência de um entendimento político sobre a escolha do sucessor de Nascimento Rodrigues, que já dura há longos meses, é mais uma prova da falência do actual sistema democrático. E também é mais um sinal da arrogância de uma maioria política que julga poder impor um nome para a Provedoria de Justiça, uma da únicas instituições que nos últimos anos foi capaz de uma acção firme, isenta e distanciada do poder político.

Um passo em frente

As medidas preventivas das autarquias em relação aos efeitos da vaga de frio nos sem-abrigo, nomeadamente as de Lisboa e do Porto, representam um sinal muito positivo da parte do poder local.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Os 'democratas' do costume

A falta de respeito pelo Parlamento e pela legalidade são matérias aceites (tacitamente) por quem tem a obrigação de as denunciar. Felizmente, ainda há quem tenha memória, como refere o Tomar Partido.

A hora de Manuela Ferreira Leite

Ao recusar um debate com a líder do maior partido da oposição, o primeiro-ministro abiu a porta a uma nova fase de discussão pré-eleitoral, em que se deverá remeter a uma clara posição defensiva. Resta saber se a dimensão da crise lhe vai permitir fugir durante muito tempo a um debate mais do que inevitável.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Isso interessa aos portugueses?

Aprentemente, a grande questão em volta do Orçamento (de ficção) para 2009 passou a ser se o governo vai apresentar um orçamento suplementar ou rectificativo.