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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

sexta-feira, agosto 18, 2006

Outra vez


Enquanto os portugueses apertam o cinto, as contas públicas não dão sinais de melhorias. A declaração oficial é que está tudo bem: ”Está na margem de segurança“. Até parece mais um comentário do tipo ”Material bélico não ofensivo“, que entrou para a história do anedotário diplomático. Fica a dúvida: é mais um brincadeira de mau gosto?

Recomendação

Pergunta do dia

Com Lápis de Cor.

quarta-feira, agosto 16, 2006

A falência da democracia

O sequestro de Guilherme Portanova e de Alexandre Coelho Calado, da Rede Globo, ou até o assassinato de um jovem português na praia de Copacabana, são apenas mais dois sinais de que o Brasil está gravemente doente.

O surgimento de uma espécie de movimento justicialista, que denuncia as condições infra-humanas em que vivem os presos, é a cereja em cima do bolo de uma democracia cada vez mais formal, liderada por Lula da Silva. Curiosamente, as vozes de indignação, cá e lá, que se levantam contra os métodos terroristas do PCC (Primeiro Comando da Capital) são as mesmas que convivem tranquilamente com a desigualdade obscena que se vive no Brasil. Não é por acaso que o presidente da nova esquerda, que não conseguiu mudar nada no essencial, continua à frente nas sondagens para a reeleição. O Brasil é assim, mas podia ser outra coisa. Mais desenvolvido, seguro, equitativo e justo, não fora a enorme teia de corrupção que envolve o Estado e a sociedade.

domingo, agosto 13, 2006

Crónicas do Sistema (V)



Israel e o Hezbollah comprometeram-se a um cessar-fogo a partir das seis horas da manhã, mas aproveitam cada minuto que resta para continuar os bombardeamentos


ATÉ AO ÚLTIMO MINUTO


Os falcões devem estar tristes. De um lado e do outro. Os fundamentalistas islâmicos, que querem arrasar Israel do mapa, vão ter que parar com os ataques. Os fundamentalistas judeus, que sonham com o Grande Israel, têm de se conformar com a evidência: ainda não foi desta vez que conseguiram exterminar os seus inimigos.

Mais uma vez, a lógica da guerra acabou por se impor, custando a vida a centenas de vidas de ambos os lados do conflito. Trinta dias depois, a paz prometida voltou a ser mais forte, apesar de uma comunidade internacional cada vez mais refém dos lobbies da defesa e do armamento.

O cessar-fogo está acordado. Faltam poucas horas para verificar se ambas as partes são capazes de cumprir a sua palavra. Entretanto, as notícias sobre mais ataques do exército israelita continuam. Como se tratasse de uma última fúria irracional e obscena.

A partir das seis horas da próxima madrugada, as armas devem calar-se para dar mais uma oportunidade à paz. Quase seis décadas depois, o Médio Oriente ainda continua a ter direito a sonhar com a paz, sejam quais forem os falcões de um lado e de outro. Por muitas vidas que ainda possam tirar, eles estão condenados a ser os criminosos e os derrotados da História.

Os velhos tiques

Os fogos começam a apertar e o bloqueio informativo também. É uma velha táctica conhecida dos jornalistas. A censura tem muitas caras. Mas as florestas ardidas, a perda de bens e as vítimas não desaparecem por decreto. Estão aí. E o governo terá de responder democraticamente mais tarde ou mais cedo por mais um verão marcado pela tragédia.

O país a arder

Florestas e povoações ameaçadas em Sever de Vouga e Oliveira de Frades.

Memorável

Cerca de cinquenta mil pessoas cantaram e dançaram com Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ronnie Wood. Um concerto fantástico dos Rolling Stones que teve tudo ou melhor quase tudo. Só faltou Angie.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Faltam 24 horas


O maior palco alguma vez montado em Portugal vai receber os Rolling Stones. Vão ser 60 metros de largura e 25 de altura para instalar os reis do rock no Estádio do Dragão, no Porto. A Bigger Bang, iniciada o ano passado nos EUA, chega a Portugal para mais um expectáculo de duas horas.

quinta-feira, agosto 10, 2006

“Nous, Juifs contre les frappes d'Israel”

Um texto publicado no Libération. Para pensar e fazer pensar.

Ver para crer

Interpol pede ao Reino Unido que partilhe informações sobre planos terroristas. É preciso saber, logo que possível, quem são os detidos e os planos desmantelados do eventual ataque terrorista. Guantánamo e os voos secretos e as prisões ilegais da CIA não são soluções democraticamente aceitáveis. Nem se podem repetir.

A ler

Voltou o belicismo
Rogério Fernandes Ferreira

Um passo

Carmona Rodrigues embargou o condomínio da avenida Infante Santo. É um gesto no sentido certo ou uma forma de tentar remediar o irremediável?

Um mundo feio






O caos nos aeroportos de Inglaterra é a consequência imediata da descoberta de mais um eventual ataque terrorista.

Chama(va)-se Operação Furacão

Helena Garrido, no DN, assina um editorial em que afirma: “Sem a colaboração da banca os Estados serão incapazes de combater o terrorismo.” É uma afirmação interessante, sobretudo para aqueles que julgam que a força das armas pode e esmaga tudo, que remete para a problemática da lavagem de dinheiro. É uma afirmação ainda mais interessante porque ainda há poucos meses se tomou conhecimento de uma grande investigação à banca portuguesa (BCP,BES, BPN e Finibanco) por suspeita de branqueamento de capitais. O que resta da Operação Furacão? Será que se vai saber em tempo útil qual foi o seu resultado?

quarta-feira, agosto 09, 2006

Fim


A polémica a propósito das negociações entre o Estado e o empresário José Berardo está terminada. Os estatutos estão à disposição de todos. Agora só falta abrir as portas da exposição que vai ficar no CCB. E aguardar pela inauguração, que deverá contar, certamente, com a presença de Sua Excelência o Presidente da República, Cavaco Silva, que promulgou o diploma, mas manifestou dúvidas acerca do seu conteúdo.