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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

sábado, fevereiro 25, 2006

O melhor do DN

Uma capa que dá conta da pergunta dos portugueses: De onde vem tanto ódio?

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Munique: a mais actual incursão de Steven Spielberg ao day after do atentado dos jogos olimpicos de 1972.

Paradoxos

Continua a falar-se de Estado Social, em Portugal, enquanto se conhecem mais contornos do crime hediondo de um transexual, no Porto.

Uma entrevista

‘Qualquer negócio tem comissão’

O embaixador de Angola no Brasil, Alberto Correia Neto, ao tentar explicar os negócios de autoridades angolanas com o Trade Link, disse que é natural administradores públicos receberem comissão por negócios que ajudam a concretizar. Disse que não vê nada demais no suposto mensalão do PT a parlamentares da base — seria uma "mobilização material" para conquistar adversários políticos.

O presidente do Banco Nacional, Amadeu Júnior, tem remessas de mais US$ 1,6 milhão além do que noticiamos...

ALBERTO CORREIA NETO: Não sei se tem ou não. Não percebo qual o problema. O que você tem a ver com isso, se ele tem ou não?

Joana da Fonseca Cordeiro, do Ministério das Finanças, recebeu US$ 50 mil.

E o meu, não vem (rindo) ? Não será ordem de pagamento no Estado?

No exterior?

Sim.

Pagamento em contas pessoais?

Não sei se as contas são tituladas. Não sei se ele tem conta sozinho. Como é que se faz os pagamentos no exterior, quem assina esses documentos? Como é que circula o dinheiro angolano? Boa parte do dinheiro angolano vem do petróleo, mas não passa pelo sistema financeiro angolano. Nosso Banco Nacional tem conta no Wachovia, no HSBC, são contas do Estado angolano.

O Estado angolano faz negócios com off-shore, que tem sede em paraíso fiscal?

Isso não posso dizer, mas tendo em vista a situação financeira mundial, não vejo problema em pôr meu dinheiro num paraíso fiscal, vai dar um juro maior. Só agora os Estados Unidos aumentaram para 4% anuais. Num paraíso fiscal os juros são 5%, 6% por ano. Eu, se tiver dinheiro fora, vou ter num banco que tenha juros maiores.

No Brasil, algumas fortunas são suspeitas de terem se originado na corrupção. Em Angola também é assim?

Também há, mesmo nos EUA. O capitalismo engendra a corrupção. Por que tem gente que luta para ser ministro, deputado, senador? Por que gosta do país, para salvar a população? Não. Por causa da bufunfa, do dinheiro. A estrutura engendra a corrupção. Nossa luta em Angola é para não atingir os níveis de corrupção do Brasil e países como a Nigéria.

No caso do Trade Link, qual a razão das autoridades angolanas para a movimentação de dinheiro no exterior?

Não sei. O que posso dizer é que o dinheiro do Estado angolano não está nos bancos em Angola. As petrolíferas, quando pagam impostos, pagam em bancos americanos, franceses, etc. Quem ordena a movimentação desse dinheiro são as pessoas jurídicas representadas pelo governador (presidente) do banco e outras pessoas.

Um assessor de Pedro Morais disse que quem ajuda a fechar um negócio, não importa se da iniciativa privada ou do serviço público, tem comissão de 15%. Existe mesmo?

Tem que existir. É um problema do comércio internacional. O erro que cometemos é que, ao invés de tornarmos a comissão oficial, transformamos em tabu. As pessoas interiorizaram que a comissão é para elas e não para a estrutura. As pessoas assinavam os contratos, tinham comissão e o Estado não se beneficiava. Mas agora já se beneficia.

Da comissão?

Aqui também. É tudo a mesma coisa. Qualquer negócio no mundo tem comissão. Se tem um negócio no Ministério das Finanças, vai dar comissão. Ele (negociador) é obrigado a declarar. Um bocadinho vai para ele, é um prêmio. Você acha que aqueles milhões que Maluf fez vieram de onde? É tudo comissão.

Em Angola é assim, só que tem lei que permite comissão?

Qualquer negócio tem comissão. A lei foi criada há bastante tempo, só não estava sendo aplicada corretamente.

Então existe a comissão da comissão?

É perfeitamente natural. O contrário faz aparecer os mensalões (...) Minha opinião sobre o mensalão é a seguinte: o único erro foi o uso de dinheiro público. Se você é de um partido oposto ao meu, vou lutar para você vir para o meu. Vou usar todas as armas. Primeiro ideologicamente. Quando perceber que não estou conseguindo do ponto de vista ideológico, vou fazer mobilização material. Agora você usar dinheiro público nesta operação é crime. Se é uso de dinheiro pessoal, qual o crime? Todo homem tem um preço. O que interessa saber é quanto. O erro foi mobilizar dinheiro público.

Jornal Globo
21/11/2005

Faltam palavras

Para compreender a descoberta de um homem morto, no fundo de um poço, no Campo 24 de Agosto, no Porto.
Para explicar o homicídio brutal de um toxicodependente, incapaz de se defender.
Para justificar que um ser humano doente viva na garagem de um prédio abandonado.
Para perceber tanto ódio em relação a um transexual*.
*Actualização

Eles não se entendem*

Segundo round verbal em perspectiva...
* Inclui Caixa de comentários.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Surpreendente

Definição de filosofia.

Quando o excesso se verga ao amor



O desempenho de Joaquin Phoenix (Johnny Cash) vale o preço do bilhete para ir ver Walk the line, de James Mangold. A música é divina e as letras das canções são estraordinárias para a época (anos 60).

Liberdades

«O grupo dos sete países mais ricos do Mundo (G7) podiam acabar com as offshores num mês. Eles lá sabem por que razão não o fazem»
Silva Lopes, em entrevista à SIC Notícias

Liberdades

«Onde me sinto às vezes tratado como inimigo é dentro do meu próprio partido, que eu ajudei a fundar. Não é confortável»
Manuel Alegre, Jornal das Nove, SIC-Notícias,

Incrivel

Francisco Assis (PS), Dias Loureiro (PSD) e Pires de Lima (CDS/PP) assumiram um discurso inaceitável no Debate da Nação, da RTP. Os responsáveis pelos três partidos, que governaram Portugal nos últimos vinte anos, continuam a tentar disfarçar o resultado das suas políticas que levaram o pais à beira do caos financeiro, económico e social. O mais grave é que o discurso autista e arrogante chega ao descaramento de ignorarem a actual situação. É demais! Basta de ignorância e impunidade. Um pouco de humildade e de mea culpa não ficava nada mal. Em nome das centenas de milhares de desempregados. E dos milhões de portugueses que pagam mais impostos.

Por falar em Saúde

Investigação de ponta




Para quem quer saber mais. Chama-se ITER: um projecto que pretende resolver a questão da energia no futuro.

Não, obrigado

Patrick Monteiro de Barros promoveu um debate sobre a energia nuclear. É um direito que assiste a um homem de negócios. Aliás, a inicitiva merece aplauso, pois a obtenção de informação sobre o nuclear é o primeiro passo para o rejeitar, tais são as implicações ambientais e de segurança.
Não é por acaso que os defensores do nuclear se refugiam em argumentos primários. Se Espanha já tem uma central aqui ao lado por que razão não se pode aproveitar e construir uma central nuclear em Portugal?

Curiosamente, de tempos a tempos, a questão do nuclear volta à ribalta, como por um passe de magia. É uma constatação que devia preocupar todos os ambientalistas. Ainda há muito trabalho para fazer na sensibilização dos portugueses em relação à aposta nas energias limpas.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

O que interessa

O desemprego é a preocupação principal de 63% dos portugueses inquiridos no âmbito do estudo semestral que avalia vários temas junto da opinião pública na União Europeia. Um ano depois de José Sócrates ter assumido a liderança do governo, existe um pessimismo em relação ao futuro próximo superior ao resto dos países do espaço comunitário.

É diferente

Oliveira Marques é um gestor público que tem qualquer coisa de especial. Não tem papas na língua.

Acredita?

Ela é amiguinha.

Em On

«Não se compreende que tenha demorado tanto tempo a ser realizada a diligência no jornal 24 Horas»

«O inquérito ao envelope 9 deve terminar até 9 de Março, porque é a data em que termina o mandato do Presidente da República que o pediu»


Marcelo Rebelo de Sousa, ESTA, em Abrantes

Liberdades

«Nestas matérias, como em tantas outras, os clássicos ainda nos ajudam, e por isso valerá a pena citar Edmund Burke: 'Não é o meu advogado que me diz o que posso fazer, mas o que o meu sentido de humanidade, de razão e de justiça diz que devo fazer'. Burke não precisava de leis, mas de valores. À falta de valores, nós vamos multiplicando as leis. Os resultados estão à vista»
José Manuel Fernandes, in Público


«Preso na Áustria em Novembro do ano passado por "negacionismo" do holocausto, David Irving foi ontem condenado a três anos de prisão por esse "crime". Numa altura em que a Europa afirma orgulhar-se da liberdade de expressão que alegadamente proporciona, esta sentença vem claramente mostrar um dos limites dessa liberdade, dando inteira razão ao presidente iraniano nesta matéria»
FG Santos, in Santos da Casa