UNS CONTAM TOSTÕES, OUTROS CONTAM MORTOS

«São duras as palavras da mulher do presidente ucraniano. Mas são realistas e dizem aquela verdade que muitas vezes não queremos aceitar. E são muito apropriadas numa altura em que os governos de vários países e instituições europeias tentam a custo minimizar os efeitos da crise económica».

COSTA BEM, MAIS GÁS MENOS GÁS

António Costa pediu desculpa a Moçambique pelo massacre de Wiriamu. É um gesto simbólico que honra a memória das vítimas da guerra colonial. E o primeiro-ministro de Portugal, mais gás menos gás.

MÁRIO CENTENO: CUIDADO E PACIÊNCIA

Ao ex-ministro das Finanças que nunca regateou um qualquer par de mil milhões de euros para pagar os desvarios dos banqueiros do regime sucedeu o governador do Banco de Portugal que «pede cuidado e paciência» nos apoios às empresas e famílias e «paciência com a inflação». 

GÁS RUSSO VALE MENOS

 A decisão do G7 de impor um tecto ao preço do gás russo acertou em cheio em Vladimir Putin.

JORNAL I SEM Z

ANGOLA E O "RECONHECIMENTO" INTERNACIONAL

A festa do MPLA, no anúncio de uma vitoria eleitoral à martelada, teve um momento de João Lourenço que passou entre os pingos da chuva: o reconhecimento eleitoral internacional. O (ainda) presidente angolano estava a falar da dança de Marcelo Rebelo de Sousa?

P. S. A UNITA continua convicta da sua razão para manter que não reconhece os resultados oficiais.

VAI ALGUÉM AO LEME?

«A saída de Marta Temido nunca foi, convenhamos, uma surpresa. Esteve anunciada em vários momentos. O que é surpreendente é a incapacidade de gestão política de um primeiro-ministro que, neste caso, deixa atrás de si uma fraqueza política que não lhe é própria».

MORTALIDADE: ÚLTIMAS MARTELADAS?

O relatório da DGS sobre a mortalidade não há maneira de ser divulgado publicamente, mesmo depois da estatística europeia ter registado que Portugal regista um excesso de mortes em relação à media da União Europeia.

ABERTURA DA TEMPORADA

«Nesta paz, que corre o risco de ficar podre, não seria o momento ideal para pensar a prazo, mas agir de imediato, para reformar com coragem, para solicitar apoio de independentes, para convocar gente isenta, para entusiasmar técnicos competentes e para chamar o que há de melhor em Portugal e no estrangeiro? Não seria a altura de pedir ajuda a quem sabe para tratar daquilo para que este Governo, e outros antes dele, se mostraram incapazes? As necessidades e as urgências são evidentes».

GORBY E A HISTÓRIA

A oportunidade que Gorby protagonizou foi desperdiçada pelo Ocidente através de três décadas de colaboração com os oligarcas que cavaram ainda mais fundo a corrupção na Rússia. O resultado está à vista.

DE DEMISSÃO EM COMISSÃO

O caos instalado não se resume a uma demissão de um membro do governo. Nem a mais uma estratégia que ficou no papel. Nem a um cadáver encontrado à porta de um Hospital. Nem tão-pouco a comissões que nada fazem, e nem sequer reúnem uma vez por ano: nem os deficientes escapam às mentiras oficiais de prometer e nada fazer,

A GOVERNAMENTALIZAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

«Permitir a um órgão dependente do Governo tomar conhecimento de investigações criminais e ingerir-se no âmbito da competência do Ministério Público corresponde a uma clara governamentalização da investigação criminal».

BLOCO DE ESQUERDA RENDIDO?

Com uma ministra da Saúde que se demitiu mas ainda está em funções, com cidadãos a morrer à porta e entre hospitais, o Bloco de Esquerda não recorda, com  assertividade, que chumbou um orçamento para evitar o caos no SNS a que estamos a assistir ao vivo e a cores todos os dias.

P. S. E depois das promessas fantasiosas e incumpridas de António Costa, é tempo de começar a pagar a factura do presidente que temos.

PSD: ENTRE A VERDADE E O BRANQUEAMENTO

Não há tecnicidade nem complexidade que valham: Ana Rita Cavaco colocou o dedo na ferida que explica a demissão de Marta Temido e mais uma morte de uma grávida em Portugal. 

P. S. Miguel Pinto Luz, do ponto de vista político, só não fez xeque-mate a António Costa porque o PSD insiste em branquear Marcelo Rebelo de Sousa no apoio obsceno ao governo, sobretudo quando está em causa a vida dos portugueses. Enquanto assim for não admira que os portugueses não levem a sério o PSD.

COSTA COM SCHOLZ

A última "aventura" de Scholz, para acabar com o veto no seio da União Europeia, anunciada desde de 1 de Maio passado, voltou à baila. E já deve ter o apoio de António Costa, a avaliar pela posição do governo em relação à revogação do Decreto-Lei n.º 186/2007 que atribuiu o direito de veto aos municípios.

DEMISSÃO DE MADRUGADA

Marta Temido escolheu a madrugada, hoje, para consumar a demissão traçada há muito tempo, depois da morte de mais uma grávida portuguesa.

P. S. A coesão do XXIII governo constitucional não resistiu ao caos instalado no país.

DARK MONEY

A política financiada pelo dinheiro sujo, no The Guardian.

ANGOLA E OS CÚMPLICES

«Sujo de sangue e beneficiando do fluxo de dinheiro roubado, Portugal persiste atulhado de cúmplices da corrupção, da miséria e da fome em Angola».

O PERIGO DE UMA MULHER CULTA

«Sob o título "Fenómeno de educação cor-de-rosa na Hungria?", o relatório conclui que o número elevado de mulheres com formação universitária pode, pasme-se, colocar em perigo a economia, baixar a taxa de natalidade e a taxa de casamentos e, claro, prejudicar os homens. (...) Esta alegada investigação realizada por um organismo próximo de Viktor Orbán - o mesmo que não quer "raças mistas", proíbe informação sobre temas LGBTQI+ e não convive bem com a democracia e a liberdade de imprensa e se senta no Conselho Europeu».

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

«Já quando era ministro da Administração Interna, 

António Costa queria retirar a cooperação internacional à Polícia Judiciária.

Qual é a intenção de fazer esta mudança agora?»

Paulo Rangel

«Não vale a pena fingir que não existem,

mas polarizar e fazer deles [Chega] o centro da oposição não».

Alexandra Leitão

Sanna Marin, a primeira-ministra finlandesa, é imolada nas fogueiras digitais 

por se estar a divertir numa festa e, pecado maior, a dançar. (...) 

[Mas] o pecado maior de Sanna Marin não foi ter dançado, 

o seu pecado maior é ser mulher. 

Essa condição sempre maldita por puritanos machistas 

e agora também por progressistas pós-modernos».

Pedro Gomes Sanches