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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Caiu a máscara no Parlamento

Ao decidir que o primeiro-ministro não é obrigado a comparecer na primeira comissão para dar esclarecimentos sobre o funcionamento dos serviços de informações, depois do agendamento potestativo do PCP, a presidente da Assembleia da República matou dois coelhos com apenas uma cajadada: o controlo dos serviços de informações e a fiscalização parlamentar do governo.
A partir de agora, passou a valer tudo: o responsável máximo da cúpula dos serviços de informações pode fazer o que mais lhe aprouver, pois enquanto primeiro-ministro passou a estar acima de qualquer escrutínio em sede de comissão parlamentar.

P.S. Só falta a maioria chumbar a constituição de uma comissão de inquérito parlamentar.

A mudança necessária

Quaresma económica e redenção política

sábado, fevereiro 04, 2012

A ideia de António Costa

«O Dr. António Costa está a fazer lobby por uma empresa brasileira potencialmente interessada na privatização da TAP».

Casa da democracia ou da indigência?

Nas mãos das secretas? | iOnline


«Passos Coelho tem a indeclinável responsabilidade política de esclarecer definitivamente que nem ele, nem o partido, nem o governo estão nas mãos das secretas».

Ana Gomes assistente nos submarinos

A eurodeputada socialista continua a marcar a sua actividade política com uma extraordinária capacidade de intervenção em nome da transparência e da luta contra a corrupção.

A Sucessão na CGTP

Carta a Miguel Relvas

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Secretas: PCP chama Passos Coelho

O deputado comunista António Filipe, seguramente o parlamentar no activo que melhor conhece a legislação que regula o SIRP, anunciou que o PCP decidiu chamar o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho à Comissão de Assuntos Constitucionais para dar esclarecimentos sobre o funcionamento do serviços de informações.
A iniciativa potestativa de convocar o primeiro-ministro, inédita em democracia, é amplamente justificada pela estranha forma como Pedro Passos Coelho continua a encarar as suspeitas sobre ilegalidade cometidas pelos serviços de informações.
Os comunistas prestam um inegável serviço à democracia ao levarem a sério a neccessidade de escrutinar o que se passou nas secretas antes, durante e depois de Pedro Passos Coelho chegar ao poder.

P.S. Mais uma vez, o Bloco de Esquerda foi ultrapassado pelos comunistas.

Políticos a salvo do MP

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Como vai reagir a esquerda?

Nicolas Sarkozy anunciou a taxa "Robin Hood".
A criação de uma taxa de 0,1% sobre as transações financeiras, aplicável a partir de Agosto, em França, é avançada por um presidente de direita, e que direita, deixando para trás muitos anos de promessas de sucessivos governos de esquerda, daquela esquerda que fala, fala, e continua no bolso do grande capital.

Cimeira Europeia: o problema alemão

«A tragédia que tem paralisado a Europa não é, de facto, grega».

Acordar os monstros desbragadamente

«A degenerescência europeia atingiu o seu ponto de não retorno. Tudo é possível».

Tribunal não é fábrica

terça-feira, janeiro 24, 2012

Mais censura no grupo RTP

Pedro Rosa Mendes, que assina o espaço de opinião "Este Tempo", vai ser afastado da antena da RDP por causa de uma crónica em que retrata o branqueamento do regime angolano a propósito de um suposto reencontro em directo entre Portugal e Angola. Independentemente da pessoa em causa, que, aliás, aprecio pouco como jornalista, aqui fica o registo da crónica em causa em nome da liberdade de expressão e opinião.

Politica externa à medida

A União Europeia impôs mais sanções contra o Irão por causa da aventura nuclear de Mahmoud Ahmadinejad. De imediato, Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros, faz uma declaração de apoio ás novas sanções da União Europeia, quiçá com uma nova visita a Angola na agenda. Mais hilariante do que o tom de Estado do governante, só mesmo a geometria variável dos critérios e dos interesses.

Isaltino

É urgente calar os rascas do regime

sábado, janeiro 21, 2012

terça-feira, janeiro 17, 2012

Álvaro Santos Pereira: a primeira vitória

O super ministro da Economia conseguiu um acordo em sede de concertação social quando a maioria já dava a ruptura como quase inevitável. O pára-raios de Pedro Passos Coelho (até quando?) conseguiu isolar a CGTP e ultrapassar as diferenças, ignorando a pressão da corte sentada à mesa do orçamento que não lhe perdoa ter estancado mais e mais projectos faraónicos.

Cerca eléctrica

O ajudante Magalhães

«O ex-secretário de Estado José Magalhães nunca foi conhecido pela modéstia. E com razão!».

Com este Estado ninguém resiste

terça-feira, janeiro 10, 2012

Uma boa notícia

Poder & Associados

«As grandes sociedades de advogados transformaram-se em autênticos ministérios-sombra».

Regime de part-time

Pôr na ordem os higieno-fascistas

sexta-feira, janeiro 06, 2012

As janeiras em directo

A transmissão em directo das janeiras em Belém é algo extraordinário. Bem sei que a RTP Informação existe para este tipo de fretes que garantem um palco excepcional para os discursos presidenciais da treta. Mas será que não vai sendo tempo, ainda por cima em tempos de crise, de acabar com este tipo de directos salazarentos?

Pobre gente, pobre país de indignados

O real e o acessório

A Irmandade

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Pingo... amargo

Alexandre Soares dos Santos está a colher a paga de um discurso livre e frontal. Afinal, o que interessa que ele tenha feito os que já fizeram 17 das principais cotadas portuguesas?

segunda-feira, novembro 28, 2011

Crime, castigo e confisco

A explosão da nova criminalidade organizada, nela incluindo o tráfico de pessoas e de armas, o narcotráfico, a cibercriminalidade, o terrorismo, o crime económico, a corrupção e o branqueamento de capitais, têm exigido novos métodos de repressão e de prevenção.
É um combate que vai muito para lá do jogo do gato e do rato entre polícias e ladrões.
Os grupos organizados multiplicam os negócios criminosos, estendem os tentáculos no interior das instituições através dos mais variados esquemas. Apresentam como características comuns a internacionalização, os fabulosos proventos, a gangsterização e o uso da corrupção.
É uma criminalidade altamente perigosa dada a elevada porosidade com a corrupção na gestão pública e nos negócios do Estado. A sua estratégia criminosa obedece a dois objetivos principais: o lucro ilícito e o poder.
Segundo Baltazar Garzón, em Espanha, estas organizações faturam mais de 750.000 milhões de dólares por ano, cujas redes branqueiam mais de meio bilião de dólares através dos paraísos fiscais.
A questão está, pois, em encontrar a fórmula para que toda esta atividade criminosa não seja rentável. Dever-se-á apontar ao núcleo económico de cada organização criminosa, como método de prevenção e de combate.
Não o fazer é como esvaziar o mar com um balde.
Perante este falhanço, muitos países criaram novos instrumentos legais de recuperação dos ativos do crime.
Nos Estados Unidos da América, em 1970, foi aprovada uma lei que permite o confisco dos bens próprios ou registados em nome de testas de ferro, dos implicados no crime organizado.
A lei italiana antimáfia, aprovada em 1965, consagra a presunção de origem ilícita de todo o património do condenado pela prática de crimes graves.
Na Holanda, quando uma pessoa singular ou coletiva é condenada por crime grave, todos os seus proventos podem ser confiscados com base na razoável presunção da origem criminosa.
O ordenamento irlandês prevê o confisco penal dos proventos do crime desde 1996 e o confisco civil desde 2005.
No Reino Unido, foi consagrado o princípio da apreensão e perda ampliada de bens e ativos do crime sem necessidade de acusação mas apenas com a prova de um comportamento que caiba na figura legal do “estilo de vida criminoso”.
Nos países anglo-saxónicos, afloram-se fórmulas de perdimento dos ativos do crime através do processo civil ou administrativo, não dependentes da prova da culpabilidade.
Em Portugal, têm falhado todos os instrumentos legais. A previsão da perda ampliada de bens na Lei 5/2002 não tem funcionado devidamente.
As razões são demasiado simples: uma investigação criminal sem coleta de informação, sem intelligence, sem organização ou formação. Resultado da política criminal acéfala dos últimos vinte anos.
Está em curso um projeto de candidatura na PGR, tendo como parceiros a PJ, a Fiscalia de Espanha e a Holanda, para a criação de um gabinete de perda ampliada dos ativos do crime com ulterior afetação aos meios da investigação criminal.
Só assim será possível atacar as estruturas financeiras do crime organizado.

O criador e as criaturas