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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quarta-feira, maio 04, 2011

Repetir 2009?

O ministro Silva Pereira recebeu os partidos que recusaram falat com a Troika. Eis um bom momento da governação, cumprindo a promessa de informar os partidos das negociações (?) com os representantes de quem tem possibilidades para emprestar dinheiro ao país.
Agora, só falta mesmo dizer a todos os partidos qual é a verdadeira situação das contas públicas. É que a execução orçamental não acaba em 5 de Junho. E já não temos por cá Vítor Constâncio. Ou seja, as medidas que podem ter que ser tomadas depois das eleições legislativas antecipadas fazem toda a diferença. Afinal, já basta o que aconteceu em 2009, não é?

Boa notícia: Ditadores africanos congelados

As autoridades suiças anunciaram que congelaram as fortunas de ditadores africanos, entre os quais estão Mubarak, Kadhafi e Ben Ali. Só na Suiça, os três tinham valores superiores a 600 milhões de euros.

O PS tem opinião sobre o acordo com o FMI?

Até ao momento, o PS não teve uma palavra sobre o acordo com a troika. Será que foi consultado? Será que tem opinião? Ou será que nem tem direito a opinião porque basta a palavra do chefe?

Dramatização falhada

A vitimização deixou de fazer sentido. E continua, a haver boas razões para responsabilizar o governo pelo actual Estado a que o país chegou. Esta é a primeira conclusão após a divulgação do acordo com a Troika, apesar de não serem conhecidos os seus contornos precisos. Ou seja, a estratégia dramatização de José Sócrates não resultou. Afinal, o cataclismo anunciado, na sequência da crise política que resultou na sua demissão, parece estar afastado. Aliás, a queda do governo contribuiu para uma clarificação das contas públicas e, muito importante, permitiu dar a palavra aos eleitores.

terça-feira, maio 03, 2011

Até tu, Joana Amaral Dias?

Uma das principais mensagens que estão a passar diz muito da propaganda governamental que, pasme-se, até consegue colher junto de quem tem mantido uma intervenção pública credível, como Joana Amaral Dias. A tese é simples (e falsa): seja qual for a escolha do eleitorado para governar Portugal nos próximos quatro anos, a política já está decidida pelo FMI. Ou seja, de uma forma subliminar, tenta-se assim diminuir o valor da alternância, a capacidade de mudança e a possibilidade de corrigir os erros dos últimos seis anos. Só falta mesmo dizer que não vale a pena votar, nem no seu próprio partido (Bloco de Esquerda). Afinal, já está tudo decidido, não é?

O grau zero da propaganda política

O tema das inaugurações à beira das eleições voltou à ribalta, através da TSF. E muito oportunamente. Todos sabem (pelo menos os que querem saber) quanto tem custado ao país, em derrapagens financeiras, a aceleração de obras para serem inauguradas em tempo pré-eleitoral. Aliás, o mais cómico, neste ambiente surrealista, é assistir às inaugurações de José Sócrates, exibindo um enorme sorriso de auto-satisfacção, enquanto o resto do governo e afins, na calada dos corredores do poder, andam de mão esticada para caçar uns trocos a mais ao FMI.

P.S. Falar em «sobriedade do governo» nas inaugurações é de um descaramento intolerável, sobretudo quando tiradas deste calibre ficam sem enquadramento jornalistico, como por exemplo: o primeiro-ministro demitiu-se. Aliás, nem é preciso ter muita memória. Bastaria recordar os milhões, repito, os milhões de euros gastos em inaugurações de vias rodoviárias (PPP's), com banquetes para mais de 100 pessoas, entre outras mordomias.

P.P.S. A propósito, vai haver cerimónia pública, com pompa e circunstância, da assinatura do acordo com o FMI?

Notícias do Estado Social

Não tarda nada

Apesar de toda a a situação já conhecida e da troika instalada em Portugal, chamando ministros e ajudantes como se de subalternos se tratasse, o governo continua a esconder informação sobre as contas públicas. É a governação socialista em todo o esplendor, mantendo o padrão de opacidade até ao fim. E, ainda para cúmulo, quem pede a informação e denuncia a ausência de resposta ainda é criticado. Não tarda nada, José Sócrates, ou um dos afins, vai aparecer na televisão a afirmar que quem critica o governo neste momento é mau português.

P.S. Desengane-se quem julga que pode estar contra a transparência às segundas e a favor da transparência o resto da semana.

segunda-feira, maio 02, 2011

Os socialistas vão votar Portas?

Não vi a entrevista de Paulo Portas na RTP1, mas quem viu gostou. Sobretudo, os socialistas. Será que a grande surpresa das próximas eleições é a transferência de votos do PS para o CDS/PP?

Luís Amado: declaração ambígua em tempo pré-eleitoral

O ministro dos Negócios Estrangeiros felicitou as autoridades norte-americanas pela morte de Bin Laden. Não se sabe se foi durante mais um pequeno-almoço, mas é sabido que, posteriormente, fez uma declaração suficientemente ambígua para merecer toda a atenção e escrutínio: «Portugal não tem sido identificado como um alvo de prioridade desta organização, felizmente, até ao momento, mas as nossas precauções têm que ser tomadas».

A morte de Bin Laden e o terrorismo

É uma grande notícia para Barack Obama, que lhe garante um segundo mandato. Mas a morte do terrorista mais procurado do mundo é muito mais do que a reeleição de um presidente norte-americano e o fim do terrorismo. É a criação de um mártir, cuja imagem vai ser usada para continuar a alimentar a violência, enquanto não forem erradicadas as causas que sempre alimentaram os fundamentalistas, entre as quais se destacam a pobreza, a miséria e o analfabetismo.

domingo, maio 01, 2011

Entretanto, viva a união nacional!

Tem sido particularmente interessante assistir à cobertura da imprensa deste período de pré-campanha eleitoral. Escrutínio? Balanço? Síntese? Não! Aparentemente, o que continua a interessar é o escrutínio, o balanço e a síntese da actividade do maior partido da oposição. Os seis anos de governação socialista continuam a estar fora do centro das atenções mediáticas. Para os mais distraídos a coisa pode ser difícil de entender, mas a explicação pode ser bem mais simples: na imprensa ainda muitos se lembram o que acontece a quem escrutina este governo. Assim, cautelas e caldos de galinha .... Mais vale ir transmitindo as conclusões que vão sendo largadas pela troika.

O desespero e a careca à mostra

Há declarações políticas que matam. Não tanto quando são repetidas por incompetentes e oportunistas, mas quando são proferidas pelos próprios líderes. Há semanas que os socialistas (e os tais papagaios ao serviço) repetem, até à exaustão, que o PSD tem de apresentar propostas e o programa de governo (curiosamente o CDS/PP é poupado). Vale a pena reflectir sobre este compasso de espera. Será que é possível fazê-lo, com seriedade, sem saber o estado das contas públicas e/ou as receitas draconianas impostas pela Troika? Será que antes do disparate, ao serviço do poder, é assim tão difícil perceber que os tempos mudaram? É que já chegou de programas e de anúncios de medidas que nunca saíram do papel. Os tempos mudaram, mas para alguns ainda não.

Ganhar eleições com a verdade

A última carta de Eduardo Catroga ao governo será uma das peças essenciais para os historiadores no futuro. De facto, o «fartar vilanagem de Sócrates foi uma tragédia nacional (...) e as gerações mais jovens deviam pôr este governo em tribunal».Eis um momento de verdade que já faltava. Só assim o PSD pode ganhar as eleições. É preciso falar sem medo da Troika porque eles sabem muito bem o Estado a que o país chegou, como todos poderão ver muito em breve com o anúncio das medidas impostas para ir apanhar o dinheirinho. Quanto ao resto, vale o que vale, pois é mais do mesmo: falta de transparência e silêncios para esconder a actual situação. Aliás, sem qualquer surpresa: há políticos  assim, que não gostam de cartas escritas, que nem podem desmentir, nem são susceptíveis de truques.

William e kate: cobertura sem crise

A cobertura televisiva do casamento real não olhou a meios. A obscena quantidade de horas de emissão (de fraca qualidade) e os comentários saloios chegaram a ofuscar a dimensão noticiosa do acontecimento. Obviamente, não é possível ignorar tal evento, mas será que num tempo de tantos apertos é justificável tantos jornalistas e tantas horas de emissão?

Submarino, Arpão e silêncio

A entrega do segundo submarino, comprado aos alemães da Man Ferrostaal, foi rodeada de um estranho silêncio. Até o caceteiro político de serviço esteve calado. Curiosamente, o equipamento militar foi baptizado com o nome de "Arpão". Eis um nome adequado para uma pescaria de peixe graúdo. Corrupção nos submarinos, pagamento de comissões, críticas a Paulo Portas... ora, ora, isso já lá vai! A hora é de sublinhar o brilhantismo estratégico do líder do CDS/PP. Esta espécie de PS nunca enganou.

quarta-feira, abril 27, 2011

O enésimo José

No meio da tragédia, seja nacional ou outra, não é recomendável perder o sentido de humor. Aliás, só assim é possível ter coragem para assistir a mais uma entrevista de uma nova versão (enésima) do José. Na entrevista a Judite de Sousa, na TVI, foram tantas as afirmações que mais pareceram mentirolas políticas (novas e velhas) que os portugueses tiveram uma oportunidade única para esquecer, momentaneamente, os problemas. Afinal, umas boas gargalhadas também podem ser um ponto de partida para começar a resolver a crise.

terça-feira, abril 26, 2011

Diálogo é diferente de união nacional

A treta de uma falsa unidade para tentar enganar o pagode, quiçá a troika, é mais um sinal da infantilidade de um regime em decomposição que tem sido usado e abusado pelos políticos. Aliás, foi de diálogo em diálogo, de Bloco Central em Bloco Central, de presidentes em presidentes, de governos em governos ( maioritários e minoritários) que o país chegou a este Estado.
É o eleitor que tem de decidir. E quem escolhe se o governo é maioritário ou minoritário é o povo, não é uma nomenclatura que, entre umas discursatas e uns acordes de piano, decide tocar a rebate para defender interesses que vão muito além dos problemas do povo.

P.S. A resposta de Pedro Passos Coelho, a quem insiste em apelar à liquidação do pluralismo democrático, foi arriscada, mas valeu a pena. Tem de ser assim. Claro, frontal e sem medo desta classe política que já mostrou o que vale. E vale muito pouco.

segunda-feira, abril 25, 2011

25 Abril: Presidentes e mais Presidentes

A ideia era excelente. A iniciativa até era oportuna. O momento justificava o simbolismo. O resultado foi uma desilusão. Palavras e mais palavras. O mesmo discurso de sempre. Nem uma ideia. Nem uma proposta concreta. Apenas a estafada mensagem da união nacional, quiçá nostalgia de um passado que não sai do subconsciente.

domingo, abril 24, 2011

Síria: o que vão fazer os países do Ocidente?

Depois do ataque brutal contra os líderes da oposição ao regime de  Bashar al-Assad, perpetrado durante a calada da noite, como convém a qualquer operação cobarde, vai ser interessante assistir à reacção de norte-americanos, franceses e ingleses. Afinal, a Síria é uma coisa e a Líbia é outra, não é?

Mário Soares: aviso à navegação socialista

O elogio público de Mário Soares a Pedro Passos Coelho é um aviso à navegação para dentro do próprio PS. E sobretudo um puxão de orelhas a todos aqueles que ainda julgam que estar ao lado do chefe é um passaporte para poder ocupar as primeiras filas da sucessão.

Maldito défice de 2010: a revisão da revisão

Com este governo, há números assim que nunca estão certo. Agora, o défice de 2010, que já fora revisto em alta para 8,6 por cento do PIB, passou a ser de 9,1 por cento. A culpa é de três contratos de Parcerias Público Privadas, quiçá da troika (FMI, FEEF e BCE).

P.S. O anúncio oficial do INE a um sábado é algo de extraordinário. Tão extraordinário que até parece normal. Tal e qual como as declarações de Vieira da Silva, ministro da Economia, que quase conseguiu alcançar a desfaçatez do chefe.

P.P.S. Definitivamente, o ministro das Finanças está politicamente enterrado vivo. 

sábado, abril 23, 2011

Há estrelas e estrelas

O filme dos polícias bons e polícias maus não se resume aos casos de polícia. Na política também há mais do mesmo. E até há quem (ao melhor estilo dos vermes) se preste ao jogo de espelhos para tentar salvar o chefe, convencidos que as suas jogadas merecem qualquer credibilidade. Nem mesmo o marketing é capaz de  disfarçar tanta desfaçatez.

O próximo Governo tem de restaurar a confiança na Justiça

Os factos que condenam Sócrates

sexta-feira, abril 22, 2011

Teixeira dos Santos: o coveiro de Sócrates?

O afastamento do (ainda) ministro das Finanças das listas do PS é uma enorme surpresa. E das duas uma: Ou Fernando Teixeira dos Santos foi incompetente e arrastou José Sócrates para uma governação tresloucada, o que explicaria o seu afastamento das listas de deputados socialistas, ou então ainda vamos assistir a uma espécie de última ceia à portuguesa na próxima campanha eleitoral.

P.S. O Expresso já começou a dar um cheirinho.

Paulo Portas: a muleta de Sócrates?

A posicão de charneira do CDS/PS pode tornar-se uma dor de cabeça para Paulo Portas. Sobretudo se os eleitores começarem a acreditar que o CDS/PP tem um entendimento secreto com os socialistas para formar governo no caso de não haver uma maioria absoluta do PSD. A recusa de Portas em esclarecer se está disponível para levar Sócrates para São Bento ainda adensa mais os rumores.

Wael Ghonim: o reconhecimento da revista Time

O egípcio foi considerado a pessoa mais influente do mundo, lado a lado com os principais dirigentes mundiais. A actividade do blogger em prol da revolução no Egipto é assim reconhecida por uma das mais prestigiadas revistas mundiais.

Como coelhinho de Páscoa, a Marktest trouxe-nos ao circo

A doer

quinta-feira, abril 21, 2011

O português chico-esperto

Pedro Passos Coelho: o primeiro abanão

Bastou uma espécie de sondagem, cuja credibilidade está demonstrada por exemplos passados, para o líder do PSD ser posto à prova. E ainda bem! Reagiu com humildade democrática, mas não basta. Faltam alternativas claras, com nome e com rosto, como aconteceu com Fernando Nobre,  Por exemplo: quando é que Passos Coelho apresenta um nome credível para procurador-geral da República?

Tolerância de ponto: o fantasma de Cavaco

Depois da suspensão do pagamento das SCUT's, que tem passado claramente em branco (por que será?), chegou a vez de mais um exemplo gritante do oportunismo e demagogia do governo: a tolerãncia de ponto no momento em que José Sócrates pede desesperadamente dinheiro ao FMI.

O melhor de Sócrates: há lixo e lixo

Teixeira dos Santos e Luís Amado estão fora das listas para as legislativas antecipadas de 5 de Junho. Ou seja, passaram para o nível do lixo desta espécie de PS, com novas cores de uma ala esquerda rendida, ou melhor, quase completamente rendida. Felizmente, com mais ou menos verniz, nem tudo é lixo. Num dos maiores partidos da democracia ainda há quem tenha qualidade e um pingo de lucidez.

Sondagens e sondagens

Vamos viver um período alucinante em que as sondagens (ou coisas parecidas) vão surgir que nem cogumelos.

quarta-feira, abril 20, 2011

Estado de falência: militares não recebem o ordenado

A ruptura nas finanças públicas tem sido até agora uma questão abstrata. Muitas vezes, até parece que há algumas pessoas que ainda não perceberam as consequências da governação Sócrates, e o que está a acontecer (e o que ainda vai acontecer!). Hoje, os sargentos já começaram a sentir o verdadeiro significado da palavra ruprtura nas finanças públicas. O ordenado ainda não chegou!

Síntese da governação socialista

Paulo Portas estica a corda com o PSD

A entrevista a Judite de Sousa, na TVI, revelou um líder concentrado em obter um resultado histórico para o CDS/PP. Contudo, o discurso de distanciamento crescente em relação ao PSD, com ataques cirúrgicos, pode colocar em risco uma maioria de direita. Aliás, não é por acaso que esta estratégia tem merecido crescentes elogios da parte dos socialistas, ou seja, Portas está a jogar um jogo difícil e demasiado ambicioso. Valerá a pena?

terça-feira, abril 19, 2011

Pedro Passos Coelho: cada vez mais seguro

A prestação do líder do PSD, em resposta aos ouvintes da TSF, revelou um candidato a primeiro-ministro seguro, com um discurso verdadeiro e revelando bom senso. Depois dos truques e das aventuras dos últimos dois governos socialistas, eis uma palavra-chave que Portugal precisa como pão para a boca: bom senso.

Choque de vida

Freitas do Amaral: «Sócrates começou a viver num mundo irreal»

A entrevista do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de maioria socialista foi um dos raros momentos de lucidez política dos últimos tempos.  Aliás, não é todos os dias que se pode ouvir, na RTP, uma tão clara síntese sobre as gravíssimas responsabilidade do primeiro-ministro, do ministro das Finanças e de afins na actual situação de Portugal.

O amigo Basílio

O descaramento da designação de Basílio Horta para cabeça de lista do PS por Leiria não surpreende. E até é justa, tais foram os serviços prestados pelo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal em prol da propaganda governamental. Está à vista! Tudo por Portugal, obviamente.

segunda-feira, abril 18, 2011

Listas de Deputados: a diferença entre PS e PSD

As listas apresentadas pelo PS e PSD para as próximas eleições antecipadas de 5 de Junho de 2011 têm merecido uma análise enviesada, que apenas revela que há muito boa gente que tem medo da mudança. A comparação entre as listas dos dois maiores partidos revela uma realidade inequívoca: no PS, continua mais do mesmo; no PSD, acontece uma verdadeira renovação, a começar pelos ex-líderes do próprio partido que, sabiamente, deram o lugar aos mais novos.

P.S. Ana Gomes conseguiu ser eleita para a Comissão Política do PS. Não foi por indicação de José Sócrates, mas sim por um dos candidatos derrotados, Fonseca Ferreira, que assim prestou um bom serviço aos socialistas.

A mal e à força

«É impossível manter a ordem com os indígenas à solta, os políticos a comerem à tripa forra da gamela do Estado e os empresários a viverem à pala dos dinheiros públicos».

FMI: um texto para recordar

Saldanha Sanches, 24 de Dezembro de 2009

Fernando Nobre: esclarecimento ao vivo na RTP

Fernando Nobre esclareceu, em directo, na RTP, a bondade da declaração feita ao Expresso. Aliás, o episódio deve ter servido de lição ao cabeça de lista por Lisboa do PSD. Chega de entrevistas do outro lado do mundo pelo telefone. Apesar de se ter colocado a jeito, o ataque cerrado que lhe foi feito serviu para amplificar ainda mais o seu objectivo de levar mais cidadania à política, tanto mais que alguma da gente que o invectivou não tem credibilidade para o avaliar pessoal e politicamente.

domingo, abril 17, 2011

Os negócios militares

Vem aí ainda mais corrupção?

No âmbito da homenagem a José Luís Saldanha Sanches, que se realizou na Eirceira, no âmbito do Ciclo "Questões de Cidadania", promovido pelo Instituto de Cultura Europeia e Atlântica, Maria José Morgado e Luís de Sousa (dois dos autores do livro Transparência Justiça e Liberdade - Em Memória de Saldanha Sanches) alertaram para os riscos da ajuda externa poderem provocar mais cortes na Justiça, podendo dar origem a riscos acrescidos do aumento da corrupção, como noticiam o DN e o Sol.

Justiça: o descalabro na informatização

Como já foi referido, aqui, o estado de caos na informatização da Justiça atingiu um nível extraordinário. Incompetência? Tentativa de limitar o trabalho de juízes, procuradores e investigadores criminais? Para quem continua a ignorar os sucessivos alertas, desde 2005, aqui fica uma circular do Conselho Superior de Magistratura, de 12 de Abril passado, que deveria fazer corar de vergonha o governo de José Sócrates e quem tutela a pasta da Justiça ( ministro, secretário de estado e director-geral).

Circular n.º 8/2011 - Supressão de dados ou actos processuais do Citius
Proc. n.º 99-1253/D - Gabinete de Apoio

Na sequência de participação recepcionada no CSM e tendo por base a Informação que sobre a mesma incidiu, foi por despacho de 31.03.2011, de S.ª Ex.ª o Senhor Vice-Presidente do CSM, determinado que se circule por todos os Exmos. Senhores Juízes, no sentido de, ocorrendo situações anómalas graves na plataforma informática Citius, designadamente a supressão ou ocultação de actos processuais praticados pelos Exmos. Senhores Juízes e que não sejam imediatamente resolvidas pelos técnicos informáticos que prestam apoio nos Tribunais, devem tais situações ser participadas com a maior brevidade possível, quer ao Conselho Superior da Magistratura, quer ao ITIJ, evitando-se a prática de actos processuais no terminal informático no qual tenha ocorrido a aludida situação anómala até aferição da ocorrência.

Crime e lixo informático

«Gastaram-se milhões em sistemas informáticos paralelos, isolados, que obrigam à repetição do registo de dados cada vez que o processo circula para um serviço distinto».
Maria José Morgado, in Expresso

Os truques e Pacheco Pereira

O (ainda) deputado Pacheco Pereira, o mesmo que esteve de acordo como veto ao nome de Pedro Passos Coelho, entre outros, para as listas das eleições legislativas de 2009, revelou uma mensagem de SMS, agora, que recebeu no passado dia 11 de Março de 2011. Cheira a requentado, não cheira? Tal como cheirou a requentado a campanha que visou co-responsabilizar o líder do PSD na apresentação do PEC4 em Bruxelas. Ele há cada uma: então já não se distingue o que são conversas privadas e confidenciais, tipo comunicação de facto consumado, com a responsabilidade de um governo apresentar medidas de austeridade, depois de  um dia antes mentir descarada e impunemente ao Parlamento?
Já não há mesmo quaisquer limites?

P.S. Pacheco Pereira não fará parte das listas do PSD nas eleições legislativas de 2011. Também era só o que faltava!

E viva o futebol

No meio de um mar de tristezas (e dívidas), o futebol português continua a dar alegrias. É uma boa notícia, entre muitas más notícias. Braga, Benfica e Porto estão de parabéns.

sexta-feira, abril 15, 2011

O melhor de Sócrates: Lá no fundo

Marques Mendes não é imune ao disparate, nem um ou outro disparate têm impedido excelentes comentários políticos na TVI 24. Mas há limites, se não, vejamos: O ex-líder social-democrata considera que a estratégia política dos socialistas (os truques?) revelam profissionalismo, em contraponto com o amadorismo dos social-democratas. Só falta perceber se Marques Mendes está sugerir a Pedro Passos Coelho que passe a usar as mesmas omissões e mentiras que José Sócrates tem usado com total impunidade e descaramento políticos. Seja como for, não é possível afirmar que o governo socialista é pouco rigoroso e ao mesmo tempo elogiá-lo pelo seu profissionalismo. A não ser que, lá no fundo...

Comemoração do 25 de Abril de 2011: branqueamento em marcha?

O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, convidou os seus três antecessores para discursarem na cerimónia de comemoração do 25 de Abril. O gesto é  oportuno. Esperemos que o convite não sirva para o alijar de gravíssimas responsabilidades no endividamento público. Para ser ainda mais claro: há vida para além do défice, mas não há branqueamento possível para quem ignorou todos os sinais de alarme do endividamento público, com a direita ou a esquerda no poder.

A execução orçamental e a propaganda

Hoje, os jornais anunciaram um novo país. Foi quase um momento de alívio. Mas será real? Então depois do ministro das Finanças ter alertado que o dinheiro só chega até ao fim de Maio, as contas do primeiro trimestre apontam para uma melhoria 1.750 milhões de euros?  Das duas uma: ou o FMI adopta a estratégia do Eurostat, fazendo de conta que acredita nas contas dos organismos públicos portugueses, ou então ainda há mais gato escondido com rabo de fora.

quarta-feira, abril 13, 2011

Um ponto de viragem na crise

A cada dia que passa, é cada vez mais evidente um fosso abissal entre duas formas de encarar a vida e a política: por um lado, os que estão fartos das mentiras, dos truques e da pornográfica vitimização; por outro, os que acreditam que vale tudo para manter o poder.

Sem desculpa

Pedro Passos Coelho está a aprender com os erros

O líder do PSD pediu, formalmente, o acesso a «todas as análises intermédias ao longo do processo» de negociação entre o governo e a missão que está em Portugal a decidir o programa de assistência financeira.
Eis uma atitude prudente e pertinente para evitar novos truques ... e novas cenas tristes e patéticas de vitimização. Aliás, a reacção do inefável ministro da Presidência diz tudo sobre a pertinência desta condição legítima do principal partido da oposição.

P.S. Enquanto Durão Barroso garante que não há apoios intercalares (os portugueses não esquecem!), Paulo Portas lembrou que só o novo governo pode tomar opções para o futuro. Ou será que a Comissão Europeia já nem disfarça que os portugueses deixaram de contar para o totobola no estado em que José Sócrates colocou o país.

Governo e oposição reunidos

Está criada a ideia, por mais paradoxal que possa parecer, que a governação minoritária depende mais da oposição do que de próprio governo. Talvez por isso, a reunião entre o governo e os partidos da oposição, hoje, em São Bento, tenha uma importância tão dramática.
É preciso menos emoção e mais razão. E que o governo tenha a capacidade de conseguir chegar a um acordo que permita salvar o país de mais e mais sacrifícios.

Joaquim Letria ganha no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem

O Estado português foi condenado a indemnizar o jornalista Joaquim Letria em cinco mil euros.
Mais uma vez, foi preciso recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem para defender a Liberdade de Imprensa em Portugal.

Portugal ajoelhou

Carrilho diz que congresso do PS foi a cassete de Sócrates

terça-feira, abril 12, 2011

Sócrates: ou ganha ou vai à vida

A entrevista de Pedro Passos Coelho a Judite de Sousa, na TVI, teve o mérito de clarificar a próxima solução governativa: se o povo der a vitória ao PSD é porque não quer José Sócrates no governo. A mensagem é clara: Ou sócrates ganha, ou então vai ter que ficar como Deputado na Assembleia da República (obvimente, não deve desejar o regresso à Câmara da Covilhã para ocupar o seu posto de trabalho no licenciamento de obras municpais.

segunda-feira, abril 11, 2011

Basta de crise e mais crise

Já não se aguenta! Nem a crise, nem a irresponsabilidade.
Há outras alternativas!

Manchester 1, Sócrates 0

Fernando Nobre: ás de trunfo do PSD

A escolha de Fernando Nobre para cabeça de lista do PSD por Lisboa é uma excelente notícias para os social-democratas. É um sinal de credibilidade e de abertura de Pedro Passos Coelho a uma nova forma de fazer política. Fernando Nobre é uma garantia que valeu 14% dos votos nas últimas eleições presidenciais. O PSD nunca mais vai ser o mesmo.

P.S. A decisão de Nobre aceitar integrar as listas do PSD é uma enorme surpresa. E das duas uma: ou consegue mudar algo no sistema político, ou então defraudará os milhares de cidadãos que votaram nele.


domingo, abril 10, 2011

Encerramento congresso PS: Descalabro à vista

Normalmente, em tempos de crise, os cidadãos são assistidos nas dificuldades pelo Estado. O que tem acontecido, nos últimos seis anos, é precisamente o contrário: na hora da aflição, por uma governação irresponsável, os cidadãos ainda têm de salvar o Estado da bancarrota e salvar o país de um primeiro-ministro que já mostrou que é perigoso, que é capaz de sacrificar uma nação inteira aos seus truques e mentiras só para manter o poder. O discurso  de José Sócrates, no encerramento do congresso do PS, revelou o pior: o descalabro à vista, com o inexplicável entusiasmo do aparelho socialista.

Segunda-feira negra

Os trabalhos do congresso do PS permitem concluir que o partido está refém do secretário-geral e que não percebeu nada com a crise que o primeiro-ministro despoletou com o truque de apresentar o PEC4 à socapa e à revelia do presidente da República, da Assembleia da República e dos partidos da oposição. O tom e a estratégia da reunião dos socialistas tem sido mais do mesmo: a irresponsabilidade de atirar o país para o abismo por uma questão de orgulho (infantil) e de mercearia eleitoral. Amanhã, segunda-feira (11), o primeiro-ministro em funções vai ter a resposta dos mercados. E os portugueses vão continuar a pagar a factura.

Uma crise de nervos

Nem sempre a rosa cheirou muito bem

sábado, abril 09, 2011

Quanto mais a luta aquece

Carrilho: o ausente mais presente do congresso do PS

O ex-ministro da Cultura arrisca a ser o militante socialista mais independente do presente momento. Sem medo de denunciar a rábula da vitimização, que mais parece uma história infantil de embalar, o comentador da TVI voltou a dar uma lição de isenção e de lucidez política no comentário televisivo da TVI, no jornal das 20H. Como o povo diz, mais vale estar só que mal acompanhado.

P.S. Carrilho deixou claro que é ao governo que compete negociar com Bruxelas e com o FMI, apesar das promessas do primeiro-ministro que nunca governaria com ajuda externa. De facto, só faltava, novamente, o número da chantagem governamental que levou o país do estado de bancarrota à crise política.

Congresso PS: O regresso de Ferro Rodrigues

É uma notícia de monta: Eduardo Ferro Rodrigues vai ser o cabeça de lista do PS por Lisboa. A ala esquerda do PS cedeu ao pragmatismo que sempre combateu. Com medo de perder, definitivamente, o comboio do poder, algumas das reservas do PS, entre as quais se inclui António Costa, colocaram o seu futuro político nas mãos de José Sócrates. Para já, sem seguro à vista.

Portugal tratado como lixo

É espantoso como o país passou a ser tratado internacionalmente. A República, os maiores bancos e algumas das maiores empresas públicas estão ao nível do lixo. E Olli Rehn, comissário europeu dos assuntos económicos e financeiros, faz advertências e dá conselhos aos portugueses, em público, do alto da arrogância burocrática do que resta da União Europeia. Entretanto, o primeiro-ministro continua a exibir, com uma impunidade incompreensível, o Estado a que chegámos, fazendo lembrar alguns líderes que passeiam as suas comitivas pelas capitais do mundo enquanto os seus concidadãos morrem à fome.

Congresso PS: a irresponsabilidade gratuita

O ataque despropositado de José Sócrates a Pedro Passos Coelho, no discurso de abertura do congresso do PS, revela até que ponto pode chegar a irresponsabilidade política e partidária num dos momentos mais graves da história do país.

O primeiro-ministro/secretário-geral do PS, que não merece qualquer credibilidade interna e externa, ainda a liderar um governo moribundo, apenas consegue fazer um ataque gratuito ao líder do maior partido da oposição, apesar de afirmar que está aberto ao diálogo em nome do interesse nacional.

O mais grave é que centenas de congressistas, recrutados sabe Deus como, limitam-se a aplaudir entusiasticamente um dirigente partidário sem um pingo de vergonha que compromteu o país e que está à beira de liquidar um dos partidos mais relevantes da Democracia.

sexta-feira, abril 08, 2011

IGFSS em manobras?

O Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS), que gere o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, tem andado nas bocas do mundo por uma eventual intervenção no mercado de capitais. Será que andam a especular com o dinheiro das pensões para salvar a banca portuguesa?

quinta-feira, abril 07, 2011

Pedido era "inevitável" e só por "casmurrice" não foi mais cedo e menos grave

À espera da verdadeira história

Enquanto José Sócrates garantia na televisão, em entrevista à RTP, que não pediria ajuda externa, os banqueiros tiravam o tapete a José Sócrates (o clone), depois de sugarem a ajuda suficiente do Estado para atravessar a crise que começou em 2008. E liquidaram o que restava da credibilidade do primeiro-ministro (outro clone) num ápice. Fica por contar a verdadeira história da pirueta de uns e dos outros. Resta o terrível saldo: o atraso no recurso à ajuda externa vai obrigar os portugueses a sofrer uma austeridade muito maior do que aquela que teria sido necessária se o governo fosse forte e responsável.

RTP: Portugal que futuro?

Manuel da Costa, o novo director que lidera a área dos meios, entrou com o pé direito. A escolha do espectacular cenário [Convento do Beato] foi perfeita para um debate plural, sempre antecedido por informação útil. Aliás, tal como aconteceu com a entrevista de José Sócrates, em São Bento, também é serviço público a transformação de uma entrevista ou de um debate político numa transmissão criativa, apelativa e envolvente.

P.S. João Adelino Faria é uma mais valia para a informação da estação pública.

Não há ensaio que resista

quarta-feira, abril 06, 2011

Sócrates: A derradeira declaração?

O pedido de ajuda externa constitui a derrota final do primeiro-ministro. Eis a oportunidade para sair sem ser derrotado nas urnas.

Conselho de Estado: Brincar com as palavras

O episódio que se passou no âmbito do Conselho de Estado, a propósito da questão do empréstimo intercalar, é paradigmático da governação dos últimos seis anos. Fica mais uma marca. E, mais uma vez, o primeiro-ministro a ser acusado de mentir.

P.S. O pedido do empréstimo intercalar vai ser adiado por causa do congresso do PS?

terça-feira, abril 05, 2011

O melhor de Sócrates - Em memória

Amnésia útil ou colectiva?


P.S. A propósito, niguém fala mais sobre o Tratado de Lisboa?

Bancos: Salgado ou meio-salgado?

Os banqueiros deixaram cair o primeiro-ministro. Depois de Carlos Santos Ferreira, chegou a vez de Ricardo Salgado tirar o tapete ao governo, pedidndo que seja pedido um empréstimo intercalar para salvar o país da bancarrota. Lá terá que ser, não é?

O fim de Sócrates

Precisamos de mentiras novas

Basílio Horta: a hora de saltar do barco

Um dos maiores defensores da governação socialista, que preside à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), já percebeu que chegou a hora de demarcação: «Acho que vem aí um grande sarilho».

A (não) agenda

A coisa está a ferver

Um dos primeiros sinais do fim de um ciclo político é a nomeação acelerada de boys à última da hora.

segunda-feira, abril 04, 2011

PM: barricado, isolado e ridículo

A entrevista de Sócrates, na RTP1, revelou um político barricado na própria teia de mentiras e isolado em relação aos demais actores e líderes políticos. Começou a era de Sócrates contra o presidente da República e contra todos os líderes dos partidos da oposição para salvar Portugal e a União Europeia. O ridículo tomou conta de Portugal?

Benfica: o futebol igual ao país

Os acontecimentos do estádio da Luz, após a vitória do F.C. Porto, revelam até que ponto a sociedade portuguesa está doente. E mais: revela a qualidade miserável dos dirigentes do futebol que, aliás, se limitam a imitar o poder político. Se o exemplo que vem de cima passa por truques e mais truques, por que razão o desporto deveria funcionar de uma forma diferente?

P.S. Os péssimos exemplos passados dos dirigentes da selecção de futebol, do Porto e do Sporting, para só falar nos casos mais recentes, não podem constituir uma desculpa para o corte selvagem da iluminação na Luz.

domingo, abril 03, 2011

Campeões da maioria ou maioria dos pseudo campeões?

Para alguns, as eleições antecipadas não são para julgar a governação socialista. Aparentemente, agora, as eleições antecipadas de 5 de Junho são para julgar os últimos 30 anos de Democracia. Se o rídiculo político matasse, a classe política ficaria a ganhar. Subitamente, e numa espécie de reinvenção da Democracia à portuguesa, eis o Bloco Central em todo o brilho (alargado ao CDS/PP) defendido até pelos mais insuspeitos críticos da governação do PS e do PSD. É espantoso como a tentativa de condicionamento pelo medo consegue mobilizar políticos à esquerda e à direita, os que se calaram caladinhos e até os que sempre denunciaram a situação. Como se os governos minoritários fossem o mal a eliminar para garantir o futuro. Já se esqueceram do preço, em arbítrio, corrupção, perseguição e tráfico de influências, das maiorias absolutas de Cavaco Silva e de José Sócrates?

Portugal está perdido?

O primeiro-ministro que liderou a governação mais aventureira, leviana e irresponsável da história da democracia acusa o líder do maior partido da oposição de ter uma agenda aventureira, leviana e irresponsável. Será que este presente tem futuro?

Liberdade de imprensa: a vitória de José Manuel Mestre

Os que consideram que os jornalistas continuam a ter demasiado poder e os que chutam a responsabilidade para as instâncias superiores averbaram mais uma enorme derrota. A Justiça portuguesa continua a levar lições de Justiça do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, sendo obrigada a andar a reboque de quem tem estado sempre do lado da liberdade de expressão, opinião e imprensa.

A próxima geração

Eleições antecipadas 2011: entre o medo e a confiança

O discurso dos principais candidatos a primeiro-ministro está a permitir consolidar a primeira grande diferença entre PS e o PSD. José Sócrates continua a insistir no PEC4 e na estratégia do medo; Pedro Passos Coelho está a apostar na verdade e na confiança no futuro. Ainda antes de começar a campanha eleitoral, é cada vez mais patente a agressividade dos socialistas e a serenidade dos social-democratas.

Nova crise à vista?

Pedro Santana Lopes, cada vez mais confortável no papel de comentador da TVI, deixou um aviso importante, que resulta de uma leitura política prospectiva. Se Sócrates ganhar, então Aníbal Cavaco Silva terá de demitir-se.

sábado, abril 02, 2011

Pedro Passos Coelho: alternativa passa pela verdade

Quanto mais o governo se refugia na mentira, no falso orgulho nacional e na estratégia da informação e da contra-informação, mais impacte tem o discurso de verdade de Pedro Passos Coelho. Afinal, à excepção de José Sócrates e de alguns amanuenses (em pânico por perderem o tacho), alguém acredita que Portugal tem possibilidade de sair da actual crise sem ajuda externa? O líder do PSD faz bem em assumir o óbvio, por muito que possa custar ao país, e por muitas críticas que que possam surgir do lado que colocou o país neste estado.

Nem vamos ao fundo, nem merecemos

Poucos poderiam prever que um dia o Expresso publicasse, como título da coluna de opinião do seu director [Ricardo Costa], a seguinte frase: «Um país louco, nas mãos de loucos». Está quase tudo dito sobre os seis anos de governação de José Sócrates & companhia. Só falta incluir a imprensa, dirigida por ainda mais loucos, que andou com José Sócrates ao colo, apesar de todas as tropelias e mentiras, demasiado ocupada em analisar o estilo e fazendo de conta que escrutinava a governação. A queda do governo pode fazer apagar a memória de muitos, e até daqueles que fervorosamente subiram na vida à boleia da falta de profissionalismo, mas é o primeiro passo para poder começar a ter esperança num futuro melhor. Afinal, nem todos merecemos que o país vá ao fundo.