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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

terça-feira, novembro 30, 2010

Tuvalu Telecom e Sonae Maldivas

Francisco Louçã está em grande. A propósito da crise e da justiça fiscal, em Portugal, o líder do Bloco de Esquerda recordou os grandes Estados de Tuvalu e das Maldivas. Tudo a propósito da "Tuvalu Telecom", perdão, a Portugal Telecom, e da "Sonae Maldivas", perdão, o grupo Sonae Maia. Enfim, detalhes de milhões e milhões de euros que certamente não envergonham a dupla Granadeiro/Bava ou até Belmiro de Azevedo. É a vida!
P.S. Eu ouvi a declaração de Francisco Louçã na TSF. Fiquei com uma súbita curiosidade de saber mais sobre Tuvalu, pois já estive nas Maldivas há muitos anos. Infelizmente já não consegui recuperar o som na íntegra no webSite da TSF, nem tão pouco encontrar um relato fiel daquela declaração nos mais diferentes órfãos de comunicação social. E até tentei, sem sucesso, o portal do Bloco de Esquerda.... mas vou continuar a tentar. É uma peça hilariante mas fundamental para perceber a situação actual.

Justiça a ruir

José António Rodrigues da Cunha, director-geral da Administração da Justiça, apresentou a demissão. Com ele saem também Ana Onofre Maia, Teresa Morais Sarmento e Fernando Marques (sub-directores). A vaga de demissões surge na sequência da saída de João Correia, que ocupava a pasta da secretária de Estado da Justiça e Modernização Judiciária.
P.S. Num país em que Fernando Pinto Monteiro, procurador-geral da República, está de baixa há mais de um mês, sem provocar a mínima interrogação pública de governantes, classe política, agentes judiciários e comunicação social, só falta mesmo mais um assalto ao cofre.

Agenda do crescimento (mini)

Com as previsões do Orçamento de Estado para 2011 arrasadas pela Comissão Europeia, a resposta governamental vai passar pela reunião de uma dúzia de empresas exportadoras para arrancar com a agenda do crescimento. Se já não tivéssemos habituados a este tipo de encenações, ainda seriamos tentados a acreditar que este governo ainda está politicamente vivo e activo.

Real goleada

A estrondosa derrota do Real Madrid em Barcelona revela duas questões: 1) Não há treinadores e equipas invencíveis; 2) o comentário desportivo bateu o nível do comentário político.

segunda-feira, novembro 29, 2010

Só lhe falta a mala de cartão

José Sócrates já passeia o resto do seu estatuto de primeiro-ministro pelo pior das capitais mundiais. A vergonhosa presença do primeiro-ministro português na cimeira UE/África, , em Tripoli, mereceu o brilho das ausências de Sarkozy, Merkel e Cameron. E assim vai a União Europeia.
P.S. O papa cimeiras, José Manuel Durão Barroso. ficou na fotografia da III cimeira UE/África. E até terá manifestado a disposição de proximamente visitar Angola. De Tripoli a Luanda é um saltinho.

Ana Gomes faz a diferença

A eurodeputada Ana Gomes já ofereceu os seus serviços para redigir uma simples lei de forma a evitar que a antecipação dos pagamentos de dividendos das grandes empresas cotadas escape ao aumento de impostos.
Basta de choradinhos hipócritas e mentirosos. A responsabilidade de governar é fazer escolhas, não é abrir alçapões para os poderosos poderem contornar os sacrifícios.

P.S. O candidato Aníbal Cavaco Silva, um tão profundo conhecedor da Economia e das Finanças, quiçá com o atrevimento de até saber qual deve ser o rumo do país em tempos de crise, continua mudo e calado sobre a matéria.

domingo, novembro 28, 2010

Remodelação forçada

João Correia, o ex-candidato a bastonário da Ordem dos Advogados, saiu do Governo pelo seu próprio pé, sem hipotecar a credibilidade que acumulou ao longo de uma longa carreira. É um péssimo sinal para a política e para o que ainda resta da actual governação. É, sobretudo, uma desilusão para quem pensou que era possível mudar a Justiça

Marinho Pinto reeleito

O bastonário da Ordem dos Advogados voltou a merecer a confiança dos seus pares. Após sucessivas acusações de estar isolado, Marinho Pinto voltou a ganhar com maioria absoluta. Colagem ao governo à parte, a verdade é que os grandes escritórios de advogados voltaram a perder. Ou será que não?

Pedro Passos Coelho mais perto

Pedro Passos Coelho assume estar preparado para assumir o poder, em entrevista ao Expresso. E, muito bem, alerta para a impossibilidade de manter a actual situação: «ou cortamos cegamente empurrados pela extrema necessidade ou cortamos com lógica de modo a defender os que têm menos recursos e a integridade e qualidade do serviço prestado».

P.S. Só faltou o anúncio do governo sombra do PSD. Com tanta canalha já a esfregar as mãos, começa a ser imperioso separar as águas e esclarecer os portugueses.

P.P.S. A reacção nervosa de Santos Silva diz tudo. De atoarda em atoarda, ao jeito de o «golpe de estado constitucional» e de as «nossas tropas não estão no Afeganistão por dinheiro», entre outras, assim vai o que resta da governação Lusa.

sábado, novembro 27, 2010

Sporting Porto já mexe

Um resultado de 3-1 seria razoável.
Entre os dislates de José Eduardo Bettencourt (envergonham os sportinguistas), a linguagem de guerra de André Villas Boas (simplesmente hilariante) e a serenidade e bom senso de Paulo Sérgio, os jogadores do Sporting têm a última oportunidade da época 2010.

A estética de Cavaco e Portas

A imagem da vassalagem que Paulo Portas foi prestar a Cavaco Silva diz muito do que ambos pensam dos rituais da política. Basta atentar no plano superior em que Cavaco esta sentado, olhando para baixo para Paulo Portas enfiado num sofá.

P.S. Neste caso era difícil encaixar dez bandeirinhas.

Pirueta governamental

José Sócrates escancarou a porta do diálogo social. Ainda que seja preciso ouvir e ler duas vezes, tendo em conta o passado recente, que marcou o maior ataque aos sindicatos de que há memória, a verdade é que não há uma greve geral bem sucedida que não tenha efeitos práticos.

sexta-feira, novembro 26, 2010

RTP a bater no fundo

A notícia do fim do Contra-Informação não surpreende. A brincar a brincar, o retrato do governo e do primeiro-ministro José Sócrates era cada vez mais fiel ao que pensa o cidadão comum. Ora, o sentido de humor tem limites, não é?

PS. Aquela coisa virtual, espampanante e parola em que transformamaram o Jornal da 2 também não surpreende. Mais um exemplo da informação em que a forma conta mais do que o conteúdo.

O sinal que faltava

O semanário "Sol" dá como iminente uma remodelação governamental. Nunca um primeiro-ministro durou muito tempo depois de remodelar a reboque dos acontecimentos e das exigências da oposição. Eis o sinal que faltava para começar o countdown da governação socialista.
P.S. No dia em que o orçamento para 2011 é viabilizado a bolsa de valores continua a descer.

Fuga em frente

A aprovação do Orçamento para 2011 na especialidade, mais truque menos truque de última hora, não trouxe quaisquer novidades. Nem o acordo do governo com o PSD foi violado, nem a aprovação garantida trouxe qualquer acalmia nos mercados. Resta saber se o prolongamento da vida de um governo esgotado e se a aprovação de um mau orçamento foram as melhores soluções para os portugueses.

quinta-feira, novembro 25, 2010

O Brasil de Lula

O Rio de Janeiro a ferro e fogo, por causa dos traficantes de droga, revela a fragilidade da propaganda política. Não é preciso ter assistido ao vivo e a cores a este guerrilha urbana para perceber que a "revolução" económica de Lula da Silva começa e acaba nas favelas.

E depois da greve geral

«A dimensão do protesto teve a bondade de mostrar que há um país real que não está vencido».

E se a crise interna...

Começasse a rebentar pelo futebol? A derrota do Benfica frente ao Hapoel, ontem, em Israel, não foi nada normal. As contas das SAD's dos principais clubes e a vulnerabilidade dos bancos podem ser uma verdadeira bomba relógio para o desporto português.

Mais do que um aviso

A gigantesca greve geral que paralisou o país deveria obrigar o primeiro-ministro a reflectir sobre a dimensão da crise, do descontentamento e do falhanço da governação. E mais. Ter a noção de que não é a estratégia da trincheira que confere a legitimidade há muito perdida.

terça-feira, novembro 23, 2010

Greve geral histórica

A greve geral é uma excelente oportunidade para mostrar o descontentamento generalizado, à esquerda e à direita, em relação à governação. Apesar de todas as pressões, que violam a lei da greve, o dia 24 vai ficar na história da Democracia. E até pode ser que o governo perceba a mensagem.