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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quarta-feira, outubro 27, 2010

Já começou o fim do mundo?

O governo e o PSD romperam as negociações para a viabilização do Orçamento de Estado para 2011.

Por que não voto Aníbal Cavaco Silva

O presidente da República é um dos responsáveis pela situação a que o país chegou. Não basta o discurso pomposo e o auto-elogio. Nem tão pouco tentar fazer das presidenciais um combate entre a esquerda e a direita. Para mais do mesmo, chegou a hora de dizer basta.

terça-feira, outubro 26, 2010

A grande dúvida do dia

Quantas bandeiras serão colocadas no palco de Aníbal Cavaco Silva?

Mentiras, mentiras e mais mentiras

Pedro Passos Coelho avisa

«Se o entendimento não for atingido, não se pode exigir do PSD que diga que vale a pena tudo de qualquer maneira». As palavras do líder do PSD ganham uma nova dimensão no dia em que Aníbal Cavaco Silva fala ao país às 20 horas para dizer o óbvio.

segunda-feira, outubro 25, 2010

Ninguém agarra Ricardo Salgado?

Já meio Portugal sabe que Ricardo Salgado ganhou muitos e muitos milhões com a governação socialista. E que o líder do BES manda muito mais do que parece. Mas será que o banqueiro ainda não percebeu que anda a misturar a rosa com a roseira, isto é, anda a meter a foice em seara alheia?

Bolsa indiferente a nova ronda negocial

A Bolsa abriu em alta no dia em que o PS e o PSD reúnem pela terceira vez.

sábado, outubro 23, 2010

Portas à Portas

Ainda antes de saber qual o resultado das negociações entre o governo e o PSD, o líder do CDS/PP confirmou o chumbo do orçamento para 2011, numa declaração de grande nível político e de uma enorme utilidade pedagógica.

Cavaco mais parecido com Sócrates

À beira do anúncio da recandidatura, a entrevista do presidente da República ao Expresso é o primeiro acto falhado de campanha. Será que alguém acredita num presidente que se limita a manifestar tristeza pela actual situação? Seguramente, tristes estão os portugueses com a crise e com o ainda presidente. No meio de uma crise sem precedentes, que não conseguiu prevenir para não prejudicar a reeleição, Aníbal Cavaco Silva está cada vez mais fora de jogo. Tal como José Sócrates.

sexta-feira, outubro 22, 2010

Boa viagem Branquinho

O deputado do PSD, Agostinho Branquinho, uma das referências políticas de Rui Rio, anunciou a transferência para a Ongoing.

Manuela Ferreira Leite sobre o orçamento

"Quem fez esta vigarice devia ir preso".
Manuela Ferreira Leite.

Medidas para o novo orçamento

O fim do escandaloso e encapotado subsídio à RTP, através da factura da EDP.

Em estado prontidão

Pedro Passos Coelho vai receber a Associação Sindical dos Juízes Portugueses. No meio do caos que está instalado na Justiça, esta reunião com Francisco Martins é mais um sinal de que o maior partido da oposição está a preparar-se para qualquer cenário, mesmo para a eventualidade de ter de assumir a governação.

Escolha do passado

A escolha de Eduardo Catroga, para liderar a equipa do PSD, não é muito feliz. Mas será que existem muitos candidatos dispostos a aceitar a tarefa de negociar com os socialistas?

quarta-feira, outubro 20, 2010

A arrogância dos muito pequenininhos

Pedro Silva Pereira acabou de dar uma conferência de imprensa lamentável, ao nível de um servidor fiel, quicá ao jeito de um seguidor politicamente canino de José Sócrates. A interposta opinião de S. Exª. o ministro da Presidência resume quase seis anos de governação socialista.

Serenidade versus nervosismo

A conferência de imprensa de Pedro Passos Coelho foi um exercício como há muito tempo não acontecia em Portugal. A explicação das medidas apresentadas pelo PSD, com serenidade, transparência e razoabilidade, constituiu uma prova de que há um inquívoco sentido de prestação de contas aos portugueses.
P.S. As reacções nervosas (à excepção de Vitalino Canas — pasme-se!) revelam até que ponto o líder do maior partido da oposição continua a ter as rédeas na mão, evitando um desastre maior do que aquele que a actual governação já provocou. Afinal, as favas contadas, que a corte do costume arrogantemente antecipou, não corresponderam à realidade dos factos.

O novo Orçamento de Estado

Pedro Passos Coelho apresentou o contributo do PSD, cedendo e revelando disponibilidade para melhorar um orçamento desastroso. Vai ser interessante acompanhar a evolução dos acontecimentos e sobretudo a disponibilidade do governo para acolher as propostas dos outros partidos.

P.S. A viabilização do orçamento passou a estar dependente do governo. Será que tudo o que se disse até agora para o líder do PSD também vale para José Sócrates?

terça-feira, outubro 19, 2010

segunda-feira, outubro 18, 2010

A lógica dos economistas de Belém no OE

Cavaco Silva em pânico

Contrariando todas as declarações anteriores, o presidente da República permitiu uma fuga de informação para o espaço de opinião política de Marcelo Rebelo de Sousa. É o primeiro sinal de que o putativo recandidato à presidência da República já percebeu que a "bomba atómica", que meteu no bolso antes do passado dia 9 de Setembro, pode vir a rebentar nas suas mãos, com efeitos devastadores na reeleição.

domingo, outubro 17, 2010

Dia decisivo - 18 de Outubro de 2010

O dia 18 de Outubro vai clarificar o futuro próximo de Portugal.
Pedro Passos Coelho tem o dever de revelar a posição do PSD relativamente ao orçamento para 2011, se não estiverem em curso negociações com o governo para introduzir alterações à proposta apresentada.
Não há razão para mais adiamentos, nem espaço para piruetas. Já basta o que basta e a governação que nos conduziu ao mais do que previsível pedido de assistência à União Europeia e ao FMI, com ou sem orçamento para 2011. Capicce?
P.S. A dramatização dos cenários no caso de não haver orçamento tem atingido níveis patéticos. Será que alguém já viu os credores a liquidar os devedores para ficar sem o dinheirinho?

E a França aqui tão perto

Os franceses protestam nas ruas, os portugueses fazem fila para comprar o dispositivo electrónico para circular nas antigas SCUT´s.

Sócrates: o padrão de sempre

A proposta de Orçamento para 2011 é o maior ataque ao Estado Social desde o 25 de Abril. Agora, compreende-se ainda melhor por que razão o primeiro-ministro insistiu tanto, nas últimas semanas, em acusar o PSD de estar a preparar um ataque ao Estado Social.

PSD em silêncio no twitter

O canal do presidente do PSD no twitter (@passoscoelho) está sem actividade desde dia 14.

sábado, outubro 16, 2010

O jogo da corte do costume

Contributo para a confiança

A declaração de Fernando Teixeira dos Santos, após a entrega tardia da proposta de orçamento para 2011, que culminou com o dramático apelo "se quiserem, telefonem a partir de agora", omitiu a falta do relatório que contém os principais indicadores — valor do défice e evolução das despesas e receitas da Administração Pública.

sexta-feira, outubro 15, 2010

PS afunda com Sócrates?

Depois de toda a evidência, continua a ser tumular o silêncio no seio do PS. Vítor Constâncio à parte, obviamente.

Debate quinzenal (11)

Nem uma palavra de desculpa aos portugueses (11h45).

Debate quinzenal (10)

Gargalhada no plenário quando o primeiro-ministro fala da promessa de revisão dos benefícios fiscais (11h39)

Debate quinzenal (9)

"Um primeiro-ministro tem que ter palavra" (11h35)
Francisco Louçã

Debate quinzenal (8)

"A palavra do governo não conta e 2011 será pior" (11h30)
Francisco Louçã.

Debate quinzenal (7)

Sócrates continua a sorrir (11h25).

Debate quinzenal (6)

Nem uma palavra de desculpa aos portugueses (11h17).

Debate quinzenal (5)

"o custo de não ter reconhecido a realidade mos últimos três meses é de 1528 milhões de euros"(11h12).
Paulo Portas

Debate quinzenal (4)

"O tabu é a falta de explicação para o que aconteceu desde Maio" (11h)
Miguel Macedo responde directamente ao primeiro-ministro

Debate quinzenal (3)

Antes de apresentar a proposta de orçamento, José Sócrates pede para o PSD terminar com o tabu (10h58).

Debate quinzenal (2)

"O senhor não se sente mal em enganar os portugueses?" (10h52)
Questão de Miguel Macedo ao primeiro-ministro.

Debate quinzenal (1)

Nem uma palavra de desculpa aos portugueses (10h45).

quinta-feira, outubro 14, 2010

Amanhem-se

Hoje, há 2.077.695 portugueses que merecem a proposta de orçamento para 2011.

Fernando Ulrich ensandeceu?

O banqueiro não ensandeceu, não senhor.
O líder do BPI deitou por terra o choradinho que por aí vai ao declarar que a aprovação de um orçamento mau, só por aprovar, não vale a pena.
Neste momento, é preciso ter coragem para falar verdade. E são cada vez mais precisas as palavras descomprometidas que não dependem do poder político e do Estado. É nos momentos difíceis que se percebe quem é quem em Portugal.

terça-feira, outubro 12, 2010

Liu Xiaobo

A atribuição do Nobel da Paz não é um perigo para China, mas é uma prova de esperança no futuro dos chineses.

P.S. A declaração do PCP está ao mesmo nível da recepção que José Sócrates prepara ao "amigo" venezuelano (o dele, obviamente!).

Inimputabilidade política e criminal?

O Estado terá de desembolsar 48 mil milhões de euros até 2039 no quadro das Parcerias Público Privado(PPP). Quem o afirma é Carlos Moreno, juiz jubilado do Tribunal de Contas, como refere o Cortex Frontal. Não começa a ser tempo do Ministério Público investigar verdadeiramente se estamos perante desleixo, incompetência e esbanjamento ou se a corrupção tomou conta, definitivamente, das PPP - Parcerias Público Privado?

Ao ritmo do choradinho dos senadores

A intervenção de Pedro Passos Coelho, em Rio Maior, confirmou que o líder do PSD fez muito bem em estar afastado da política e do poder nos últimos anos. A mensagem coerente e responsável começa a contrariar o choradinho de José Sócrates e dos senadores da República, que tentam desesperadamente partilhar com terceiros a irresponsabilidade da governação.

segunda-feira, outubro 11, 2010

A nova casa das 'secretas'

De acordo com o Público, a "Crise pode levar a cortes drásticos na actividade das 'secretas' em 2011". Mas, em tempo de crise, não terá chegado a hora de revelar o luxo operacional proporcionado pelas novas instalações do Forte da Ameixoeira? Ou será que também é secreto e inescrutável?

Semana decisiva

O governo deve apresentar até sexta-feira, 15, a proposta de orçamento para 2011. Com ou sem viabilização do PSD, ou de qualquer outro partido da oposição parlamentar, um mau orçamento não vai alterar a desconfiança dos mercados internacionais e a pressão sobre o crédito a Portugal. Ou será que existe alguém tão ingénuo que julga que a aprovação de um qualquer orçamento vai resolver por si só a crise de confiança?

domingo, outubro 10, 2010

Justiça de pantanas

Medina Carreira: de louco à "Gente que conta"

Medina Carreira deu uma notável entrevista à TSF, confirmando o seu estatuto de novo guru da economia até para a corte do costume que sempre o olhou como um louco pessimista à solta.
O ex-ministro das Finanças deixou uma mensagem cristalina: com um primeiro-ministro politicamente inimputável, Pedro Passos Coelho tem razão para não viabilizar o Orçamento de Estado para 2011. E, com o bom senso que sempre o caracterizou, acrescentou que o líder do PSD tem de ponderar os riscos de tal decisão.

sábado, outubro 09, 2010

Nova oportunidade

O outro lado da crise

Miguel Relvas é uma das grandes surpresas do actual panorama partidário. Não por ser desconhecido, pois anda nas lides há muito tempo. O que tem surpreendendido é a segurança e a solidez com que tem desempenhado um papel de pivot na comunicação da liderança de Pedro Passos Coelho. E até a lucidez revelada para recordar a alguns jornalistas que uma entrevista não é um interrogatório.

sexta-feira, outubro 08, 2010

ANACOM bem alimentada

A notícia tem que ser lida duas vezes: "PSD questiona Sócrates sobre cerca de 150 mil euros gastos pela Anacom num jantar". À primeira, parece chocante; à segunda, tudo pode parecer diferente. Se calhar, a exemplo de outros gastos sumptuários do governo em anúncios, consultores e cerimónias pomposas, um jantar de 150 mil euros até nem é muito dinheiro. Afinal, os convivas comeram, não foi?

PM vai citar o SOL?

"Partidos já preparam eleições em Maio" é a manchete do SOL. Será que a vitimização do primeiro-ministro vai chegar ao ponto de, como não quer a coisa, citar o semanário dirigido por José António Saraiva?

Romper com o passado

Muito do desprestígio do PSD, entre o eleitorado, decorre da atitude leviana e simplista dos seus anteriores líderes que, em nome de um suposto "interesse nacional", viabilizaram sucessivos orçamentos socialistas caracterizados pela irresponsabilidade, despesismo e eleitoralismo. O resultado está à vista, e, agora, não podem alijar a respectiva quota de responsabilidade. A actual ruptura com esta prática, assumida por Pedro Passos Coelho, faz parte de uma mudança que há muito é reclamada em Portugal: o fim do bloco central dos interesses.

Greve geral

A situação chegou a um tal ponto que até a UGT, de João Proença, aceitou estar lado a lado de Carvalho da Silva, da CGTP, na próxima greve geral de 24 de Novembro. O país retrocede assim mais de 22 anos. Esta espécie de esquerda no poder vai ser responsável pela colocação da direita no poder e por muitos anos. Tal e qual como aconteceu com o cavaquismo, que permitiu a governação socialista que nos conduziu ao actual abismo.

quinta-feira, outubro 07, 2010

Credibilidade internacional de rastos

O rocambolesco episódio do chumbo de magistrados portugueses é revelador da falta de credibilidade internacional do país e da Justiça portuguesa. Eis mais um caso que permite avaliar a governação desta espécie de PS, depois do caso Lopes da Mota, do caso Mário Gomes Dias, do caso da demissão dos procuradores do caso Freeport, etc.

P.S. Manuel Alegre insurgiu-se contra as medidas de austeridade anunciadas por José Sócrates. Táctica? Estratégia? Oportunismo? Convicção? Traição? O ZigZag é de tal forma descarado que até confunde.

Um líder diferente

Apesar de todas as pressões possíveis e imaginárias, Pedro Passos Coelho está a revelar estofo de líder, mantendo a promessa e a palavra dada aos portugueses em tempo últil, em como não aprovará um orçamento com aumento de impostos.

quarta-feira, outubro 06, 2010

O que realmente importa

«Um homem com convicções que vive de acordo com elas e que não tem medo, é uma força da natureza, é um farol».
Ricardo Sá Fernandes
«Eu acho que ele tinha medo, acho que tinha medo, porque quem não tem medo não tem coragem».
Fernando Araújo

Debate - Saldanha Sanches from Emanuel Santos on Vimeo.

terça-feira, outubro 05, 2010

5 de Outubro

Os mesmos discursos.
O blá-blá-blá do costume.
E os actores de sempre, rodeados de pompa e circunstância.
P.S. Fernando Nobre, um dos candidatos presidenciais, foi o único a recordar que as palavras, leva-as o vento. Afinal, a responsabilidade e ética repúblicana também deviam ser assumidas antes dos dias de crise.

sexta-feira, outubro 01, 2010

Preço certo

Quanto custou ao país o último orçamento antes de eleições legislativas?
Quanto custou ao país o braço-de-ferro que o primeiro-ministro inventou a propósito das agências de rating?
Quanto custou ao país o delírio optimista de quem do alto da maior irresponsabilidade julgou ser possível enganar os portugueses e os mercados com tiradas fantasiosas?
Só falta a esquerda, ou o que ainda resta dela, tocar a reunir em torno de José Sócrates. Francamente, há limites para a cegueira mesmo para quem é verdadeiramente de esquerda.
P.S. O primeiro-ministro, em entrevista à RTP, disse que é preciso ter coragem para tomar medidas tão duras. Seguramente, muito mais coragem têm de ter os portugueses para pagar a factura e para aturar estas encenações. Aliás, e apertos de coração à parte, há um certo lixo marketeiro que nem merece uma palavra de comentário.

quinta-feira, setembro 30, 2010

Sócrates de fora

É triste o espectáculo de quem fala muito em servir o país, mas tem pouco para demonstrar que o serviu com verdade e lisura. No debate quinzenal, José Sócrates bem pode tentar vestir a pele de Estado, mas já todos os portugueses perceberam que já não pode continuar a liderar o Estado. As eleições antecipadas são uma inevitabilidade. Foi pena que José Sócrates não tenha tido a grandeza de sair antes de levar o país à actual situação de humilhação internacional e de assalto aos bolsos dos contribuintes.

O desastre anunciado

O primeiro-ministro que anunciou recentemente que o Portugal era o campeão do crescimento é o mesmo primeiro-ministro que tem de anunciar novas medidas draconianas para evitar que o país caia no abismo que tem ajudado a criar com a política aventureira, incompetente e arrogante.

domingo, setembro 26, 2010

Justiça Fiscal

A fiscalidade não tem que ser um tema denso e impenetrável. A prova é a edição de "Justiça Fiscal", de José Luís Saldanha Sanches. Palavras reflectidas e simples que merecem ser lidas e relidas.
P.S. A edição é impecável. Estão de parabéns a Fundação Francisco Manuel dos Santos e Relógio d'Água Editores.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Sócrates a falar sozinho

A dimensão da corte do costume

João Duque, um dos mais credíveis comentadores de assunto económicos, revelou, na SIC, a dimensão da corte que vive à custa do Estado. De sublinhar dois exemplos gritantes: mais de 13 mil instituições dependen do Estado; e mais de 600 fundações beneficiam de todo o tipo de isenções. Com estes números, talvez seja mais fácil compreender a influência asfixiante da corte do costume, bem como a dimensão da mistificação em curso que tenta a todo o custo repartir a responsabilidade do actual estado do país entre José Sócrates e o líder do maior partido da oposição.

Começou a fuga de Sócrates

A declaração do primeiro-ministro, em Nova Iorque, para anunciar a intenção de apresentar a demissão no caso do Orçamento de Estado para 2011 não ser aprovado, é duplamente infeliz. Por um lado, é a constatação da fuga às responsabilidades; por outro, parece esquecer que o governo pode ser obrigado a ficar em funções durante longos meses. Afinal, não teria tudo sido mais simples se a clarificação tivesse ocorrido antes de 9 de Setembro?

quinta-feira, setembro 23, 2010

Falta de sentido de responsabilidade

Enquanto no parlamento os deputados discutiam as finanças públicas, num debate da maior importância, o primeiro-ministro voava para Nova Iorque. Vem aí mais uma subida de impostos, não é?

O primeiro-ministro vai falar

Paulo Portas já deve estar à espera que o telefone toque: — O primeiro-ministro vai falar! Depois de Pedro Passos Coelho ter colocado José Sócrates no devido lugar, obrigando-o a apresentar um Orçamento de Estado credível e rigoroso, de acordo com as duas exigências que o PSD manifestou frontal, responsável e atempadamente. O que será que poderia haver para negociar? Mais um truque?

FMI muito mais perto

Quando o ex-presidente da República, Mário Soares, vem a terreiro dizer que a entrada do FMI em Portugal não é uma tragédia, então estamos realmente face à iminente intervenção do FMI para obrigar José Sócrates a meter as contas públicas em ordem.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Paulo Bento: prémio merecido

A selecção nacional de futebol necessita mais de um treinador sério do que competente. A escolha de Paulo Bento é uma decisão acertada. Pode não ser o melhor treinador do mundo, mas será, seguramente, um treinador dedicado.

terça-feira, setembro 21, 2010

Demitam-se

Laurentino Dias e Luís Horta não têm quaisquer condições para permanecer nos respectivos cargos depois de Carlos Queiroz ter apresentado uma queixa-crime por indícios de fraude processual.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Bem-vindo Manuel Maria Carrilho

Manuel Maria Carrilho foi corrido por pensar e escrever com liberdade. É claro que a corte do costume vai apresentar mil e uma maneiras de justificar o afastamento da UNESCO. E até é capaz de insinuar que o silêncio é devido por quem ocupa tão altas funções. Enfim, o rosário triste a que temos assistido. O que conta, é o pensamento e a obra. Por isso, aqui fica a referência ao último livro: "E agora?".

domingo, setembro 19, 2010

A velha fórmula do medo

Depois do papão comunista, encenado por Mário Soares e António Guterres, chegou a vez de José Sócrates regressar à formula do fantasma neoliberal, como se algum dia tivesse recusado a companhia dos novos e velhos donos do capital.. Entretanto, o país afunda, cada vez mais, arrastando o regime democrático para o abismo.

sexta-feira, setembro 17, 2010

TIAC de pé

Luís de Sousa e Paulo Morais estão de parabéns. Conseguiram erguer a TIAC ( Transparência e Integridade Associação Cívica), cuja cerimónia de constituição decorreu no Instituto de Ciências Sociais, em Lisboa. O feito tem um significado especial, tanto mais que surge no momento em que o poder político manifesta ausência de vontade política para enfrentar o fenómeno da corrupção e a liderança do Ministério Público atravessa a maior crise dos últimos 30 anos.

E agora, segue-se o pânico

Depois de todas as promessas, mentirolas, truques, cafés da manhã e cerimónias pomposas à tarde, acompanhadas de um esbanjamento extraordinário, eis a realidade a surgir em todo o esplendor.
P.S. O site do SOL está com mais brilho.

O requinte do sofisma

A corte do costume tem multiplicado esforços para convencer os papalvos que vem aí o caos se não houver acordo entre o PS e o PSD para fazer aprovar o Orçamento de Estado para 2011. Curiosamente, esquecem que há outros partidos à esquerda do PS. E mais, até esquecem que, se o Orçamento for chumbado, o país não está condenado a viver em regime de duodécimos, pois o governo pode apresentar um novo orçamento. Se não passar à primeira pode sempre passar à segunda. Qual é o drama!? O governo até tem um seguro de vida por mais seis meses.

quarta-feira, setembro 15, 2010

SAÚDE À PORTUGUESA

Ana Jorge disse que o «Serviço Nacional de Saúde (SNS) ainda não está como gostaria, mas lembrou que está cada vez mais forte». Não está como gostaria? Mais forte? Há quantos anos é que os portugueses ouvem estas tretas? Na realidade, os fornecedores ficam a arder anos a fio, os privados ganham cada vez mais espaço, à custa dos contribuintes, e os doentes do serviço público continuam a esperar meses por uma cirurgia ou por uma consulta. Mas há que manter a fé. Aliás, à boa maneira portuguesa, uma cunha tendencialmente partidária ainda tem muito valor no SNS, não é?

A receita do costume

A falta de imaginação desta espécie de PS dá sempre em insulto ou em mentirola. Mais uma! A reacção de Francisco Assis ao anúncio do projecto de revisão constitucional do PSD é disso um flagrante exemplo. Tenta-se esconder que este é o governo que mais tem atacado o Estado Social, acusando o adversário de ter a intenção de... atacar o Estado Social.

segunda-feira, setembro 13, 2010

Pedro Passos Coelho a falar claro

As declarações de Pedro Passos Coelho, à SIC, revelam que o líder do maior partido da Oposição está cada vez mais seguro e com força para resistir às pressões de dentro e fora do PSD. De facto, já basta de ilusionismo político e desprezo pelas promessas feitas aos portugueses. Quem não consegue cumprir o que prometeu em Portugal e em Bruxelas não tem credibilidade. E se não tem credibilidade não pode continuar a governar, como muito bem sublinhou Pedro Passos Coelho.
P.S. Apesar de estar cada vez mais dependente do humor de José Sócrates, até Alberto João Jardim é capaz de compreender que o líder do PSD tem razão.

sábado, setembro 11, 2010

Estrela de Alegre

É triste assistir a Manuel Alegre de braço dado com o pior do PS. Mas não é surpresa. Com a aproximação das presidenciais, Francisco Louçã vai passar um mau bocado, lá isso vai.

PGR de rastos


O último comunicado do Conselho Superior do Ministério Público traduz a dimensão da crise em que a Justiça está mergulhada. «Todos os agentes do Ministério Público devem usar sempre de rigorosa ponderação, por forma a que dos actos processuais que praticam ou das declarações que produzem não resulte a mínima suposição de que actuam fora de um quadro estritamente jurídico»

No país dos amigalhaços

Nos últimos tempos, assistimos a polémicas que envolveram três figuras públicas: Rui Pedro Soares, Armando Vara e Carlos Queiroz. Os primeiros, amigos pessoais de José Sócrates, foram afastados com indemnizações chorudas; o último foi despedido com justa causa.

11 de Setembro de 2010

A memória do 11 de Setembro continua na mente de todos aqueles que presenciaram as imagens do horror. Dez anos depois, o mundo está mais seguro? A paz ganhou terreno? Os direitos civilizacionais estão assegurados? Não. A realidade revela outro tipo de guerra fria, tão criminosa, paranoica e impune como a original. Hoje, em nome da segurança, os direitos individuais dos cidadãos são esmagados às mãos de poderes inescrutáveis com força para vergar os pilares da Democracia.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Acima da lei e dos tribunais

O rocambolesco episódio a propósito da disponibilização do acórdão do processo "Casa Pia" ainda não deu origem, estranhamente, a qualquer tomada de posição governamental. Nem tão pouco a um inquérito, que urge abrir para saber, exactamente, o que se passou. Para já, apenas uma explicação extraordinária do Conselho Superior de Magistratura. Vale o que vale, tal e qual como as palavras de Noronha Nascimento na véspera da leitura do acórdão "fantasma". Se é assim que a Casa Pia pode ajudar a credibilizar a Justiça ...

quinta-feira, setembro 09, 2010

Justiça no país das novas tecnologias

O atraso na disponibilização do acórdão do processo "Casa Pia" é o retrato fiel de uma Justiça esmagada pela incompetência, arrogância e impunidade. Aliás, bastou um pequeno incidente informático irrelevante para deitar por terra a ilusão de que vivemos no país da novas tecnologias.

terça-feira, setembro 07, 2010

Há alguma coisa para festejar?

A rentrée partidária trouxe um estranho clima de festa, com bandeiras a esvoaçar sobre uns rostos com um ar bronzeado e aparentemente feliz. Quando vejo aquelas imagens, fico sempre com a mesma dúvida: aquelas criaturas são pagas ou são simplesmente acéfalas?

segunda-feira, setembro 06, 2010

Faz-de-conta e acerto de contas

Aníbal Cavaco Silva apelou à união dos portugueses. E até afirmou que não lhe passa pela cabeça que os partidos com repreentação parlamentar não cheguem a acordo para viabilizar o Orçamento de Estado, leia-se qualquer Orçamento de Estado.
A "coerência" formal do presidente da República é inatacável, tanto mais que tem permitido a José Sócrates a governação que nos colocou na actual situação. Eis um faz-de-conta que merece ser debatido no momento eleitoral das presidencias para acertar as contas.

sábado, setembro 04, 2010

Ricardo Cardoso: um juiz sereno

O juiz desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa fez comentários responsáveis e pertinentes na SIC Notícias após o acórdão do processo "Casa Pia". E nunca escamoteou a dimensão humana da Justiça. A Justiça ficou a ganhar.
P.S. O magistrado só surpreendeu por ter aparecido, publicamente, despido do habitual "papillion".

sexta-feira, setembro 03, 2010

Casa Pia: Do erro ao crime

Passados oito anos, realizadas milhares e milhares de inquirições, interpostos dezenas e dezenas de recursos e produzida a prova em tribunal, em que as defesas puderam fazer uso de todas as garantias, o acórdão do processo "Casa Pia" determinou a condenação de seis dos sete arguidos. Ninguém razoável pode invocar a possibilidade de um erro judiciário. A existir um qualquer atropelo, a justificação teria de ser bem mais grave. Teria de ter existido uma associação criminosa a funcionar ao mais alto nível do Estado e da Justiça.

quinta-feira, setembro 02, 2010

A rentrée

«Nunca percebi por que razão leio notícias na imprensa que resultam daquilo que os políticos dizem e não daquilo que fazem ou não fazem. A tendência da imprensa para repetir a linguagem do poder sem a sujeitar a um teste de verdade encontra-se frequentemente num tipo de notícias construídas a partir de declarações de personagens públicas».
Pedro Lomba, in Público

Quando o ruído parte da magistratura

A leitura do acórdão do processo "Casa Pia" não vai fazer milagres. Nem apagar os problemas de uma Justiça implacável com o cidadão e reverenda com o poder. Para quem pudesse ter dúvidas, basta atentar no timing desastroso das declarações de Noronha Nascimento e Bravo Serra.

quarta-feira, setembro 01, 2010

PGR: tiro ao lado

As declarações de Fernando Pinto Monteiro, após a audiência com o presidente da República, tiveram o mérito de tornar mais claro que é necessário ajudar o PGR a terminar o mandato com dignidade. De facto, e contrariamente ao declarado, não cabe só ao poder político decidir que espécie de Ministério Público quer ter. Não há lei, nem tão pouco qualquer tipo de reforço de poderes, que seja capaz de credibilizar uma magistratura cuja principal vulnerabilidade reside na forma como tem sido liderada.