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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

sexta-feira, maio 21, 2010

O regresso de Marcelo

O anúncio não surpreendeu. Marcelo Rebelo de Sousa regressa à TVI. É uma boa notícia. A estação volta a estar presente, em termos mediáticos, na primeira linha do panorama do comentário político.

Os carrascos da esquerda

O debate da moção de censura apresentada pelo PCP revelou uma realidade política diferente. Com José Sócrates incapaz de disfarçar o cansaço e a derrota, exposto a críticas nunca vistas – desde irresponsável a mentiroso –, a bancada parlamentar socialista consubstanciou uma transformação assinalável. Não surpreendeu o apoio político da maioria ao governo. O que realmente impressionou foram os termos desse apoio. Os discursos de Afonso Candal e Francisco Assis disseram tudo. Com o partido no bolso pequeno do casaco, José Sócrates só chegou ao actual desplante porque sempre contou com a cobertura ao mais alto nível do PS. O ilusionismo político a que chegámos não seria possível sem a amanuência seguidista e politicamente acéfala das principais referências do aparelho socialista. Quando começa a cheirar cada vez mais a fim de ciclo, importa sublinhar que a desgovernação não é apenas da responsabilidade do primeiro-ministro. Tem de ser partilhada com quem o tem sustentado de uma forma politicamente obscena, a roçar o insulto, o insólito e o ridiculo. A curto prazo, a responsabilidade da inevitável condenação do PS a uma longa cura de oposição não poderá ser suportada apenas por José Sócrates. Tem de ser partilhada com os oportunistas, os aparatchics, a bancada parlamentar e os barões do PS.

Condições políticas

O argumentário em favor de um entendimento entre PS e PSD para promover condições políticas de governação é de um cinismo político ultrajante. Foi precisamente a maioria do PS, alcançada, em 2005, que conduziu o país ao abismo. As eleições de 2009, que deram a maioria relativa ao PS, foi o passo em frente. Não houve falta de condições políticas para governar, lembram-se?

Já batemos no fundo?

A desgovernação é de tal forma evidente que o status quo político passou a ser a crise dentro da crise. A possibilidade da queda do governo é cada vez mais o único sinal de esperança no curto prazo.

quinta-feira, maio 20, 2010

De Mota Amaral ao intelectualmente grotesco

A posição de Mota Amaral, que preside à comissão de inquérito ao negócio PT/TVI, a propósito da recusa de utilização das escutas que estão no processo "Face Oculta", então solicitadas pela própria comissão, é um fermento para o antiparlamentarismo. Ora, é tarde para lágrimas de crocodilo de conveniência. Se a comissão as pediu, então os deputados têm o direito a utilizá-las.
Infelizmente, enquanto a corte do costume protege os seus interesses, nem que seja ao jeito mafioso – Al Capone também gritou que não tinham provas contra ele, enquanto as tentava eliminar ou ocultar –, este tipo de situações intelectualmente grotescas facilitam a confusão entre a instituição da comissão parlamentar de inquérito e o seu funcionamento, em Portugal, pautado por este ou aquele aparatchic.

Proposta (in)decente

A decisão política de esconder o défice já não é segredo de Estado. Hoje, ninguém tem dúvidas que José Sócrates mentiu ao país para poder ganhar as últimas legislativas. A questão é tão óbvia e grave que Abel Mateus, ex-presidente da Autoridade da Concorrência, teve a lucidez de defender a constituição de uma comissão de inquérito para apurar a (in)decência da quase duplicação do défice no espaço de semanas. Obviamente, a corte do costume, que considera que as contas do défice apenas são conhecidas no último dia do exercício, vai varrer o assunto para debaixo do tapete ou do Mundial do futebol. Até será capaz de avançar com os tontos do costume para justificar o inustificável e zurzir nas comissões de inquérito. Aliás, Vítor Constâncio até já está no Banco Central Europeu.

quarta-feira, maio 19, 2010

O verdadeiro repórter

Nani deu uma entrevista à SIC, enquadrada numa espécie de reportagem sobre o dia-a-dia da estrela do Manchester United, a que vulgarmente chamam "24 horas com". O tom imbecilizante do repórter de serviço para este tipo de trabalhos com o jogadores de futebol não surpreendeu. O que mais chocou foi a ausência de uma referência, ou até de uma imagem, a um livro ou até a uma qualquer leitura da vedeta. Porventura, o infotainment rende, tal e qual como as referências à Nintendo Wi-Fi, sabonetes ou bruxos, mas depois ninguém se pode queixar de um povo ignorante e incapaz de distinguir a ficção da realidade, um líder de um mentiroso, uma política de um truque.

O principal problema

A entrevista de José Sócrates foi mais do mesmo. O mesmo discurso delirante, as mesmas perguntas pertinentes sem continuidade consequente em função das respostas. Enfim, foi mais do mesmo quando não há eleições à vista. Ainda assim, valeu a pena: ficou ainda mais claro que a contunuidade da liderança de Sócrates é ainda mais grave do que a crise e o desemprego.

P.S. A decisão de Fernando Ulrich abandonar o sindicato que vai financiar o troço Poceirão-Caia do TGV é inédita e assume contornos políticos. De facto, é uma decisão que ultrapassa a dimensão do vulgar banqueiro.

terça-feira, maio 18, 2010

BP: Desastre esquecido?


Até parece que já estamos habituados aos desastres ecológicos. E que o derrame de petróleo no golfo do México é mais do mesmo e já não é notícia.

segunda-feira, maio 17, 2010

Casamento gay: socialistas de parabéns

É um dia histórico. Por duas razões: José Sócrates cumpriu uma promessa eleitoral; E Portugal transformou-se num país em que o sonho da igualdade de direitos passou a estar mais próximo da realidade com a promulgação do diploma que permite o casamento entre homossexuais.
P.S. Aníbal Cavaco Silva deu o passo que faltava para a reeleição.

domingo, maio 16, 2010

Será Seguro?

É preciso não esquecer que, nas últimas legislativas, nenhum dos 'barões' do PS teve a coragem política de demarcar-se de José Sócrates. Agora, na hora da sucessão, quando António José Seguro, ou outro qualquer, considerar que chegou o momento em que «pode ser útil» provavelmente será tarde. A actual governação está a obrigar a profundas mudanças na consciência política colectiva. O tempo em que as lideranças estavam escritas nas estrelas pode ter acabado.

sábado, maio 15, 2010

Os papa-reformas

Saldanha Sanches, na última crónica publicada no Expresso depois da sua morte, deixa-nos uma reflexão importante: as obras públicas desnecessárias, que acabam por anular o efeito benéfico de qualquer reforma, e os papa-reformas propriamente ditos, que começam a acumular reformas desde tenra idade.

sexta-feira, maio 14, 2010

Saldanha Sanches: uma referência



A inteligência, a simplicidade e o exemplo estiveram sempre presentes nas suas intervenções públicas. A sua última crónica, no caderno de Economia do semanário Expresso, no passado dia 10 de Abril, foi uma das mais brilhantes. Fica o excerto da opinião de quem foi sempre livre até ao fim:
«O PEC é a factura que vamos pagar por anos e anos de saque organizado e contínuo dos recursos públicos, por uma vasta quadrilha pluripartidária que vive de comissões, subornos e tráfico de influências. As derrapagens, sempre as derrapagens...».

quinta-feira, maio 13, 2010

Manuel Alegre: embaraço ou ponderação?

O candidato presidencial lá vai ter que falar outra vez. Mas está a custar, apesar do aumento de impostos ser um tema favorável para mais um par de tiradas patrióticas. De qualquer maneira, todo o cuidado é pouco. Não vá uma palavra fora do sítio fazer adiar ainda mais o anúncio oficial do apoio do PS.

Impostos: Para ver duas ou três vezes

Candidato a Sócrates B?

Nem todos podem ter a queda de Sócrates para o ilusionismo. O truque do pedido de desculpas está tão gasto como a mais velha profissão do mundo. Aliás, assistimos, pela primeira vez, a um líder da oposição que já começou a enganar os eleitores ainda antes de começar a governar. O rídiculo político não tem limites?

Debate para recordar


José Sócrates: Os restos políticos do PM

A verdade vem sempre à tona. Em directo, José Sócrates começou a anunciar o que há duas semanas negou. Aliás, é a comprovação da mentira ao serviço da política, tal e qual como nos últimos anos, apesar de todos os alertas, avisos e recomendações dos "inimigos" – todos os que divergem e criticam o PM são "inimigos". É o regresso à realidade, tarde, muito tarde, tragicamente tarde.

Marcelo Rebelo de Sousa faz falta

É nestes momentos de total desfaçatez política que faz falta o comentário político em prime time.

M-E-N-T-I-R-A-S

A governação não permite tudo. E a política também não. Não vale tudo para manter o poder ou para lá chegar. O acordo entre José Sócrates e Pedro Passos Coelho para aumentar os impostos, designadamente o IVA, é a prova da desgovernação e de falta de alternativa credível.
Como referi, no post "Não salvem a espécie", não será com piruetas destas que Pedro Passos Coelho chegará poder. Infelizmente, também já ficou claro que não será com este tipo de mentira que José Sócrates o perderá.

quarta-feira, maio 12, 2010

Memória e oportunidade

«Um contraste chocante».
Pedro Correia, in Delito de Opinião

Bento XVI: a primeira confirmação

Ainda é cedo para poder fazer um balanço da mensagem deixada por Bento XVI. Para já, confirmam-se as vergonhosas reportagens laudatórias da RTP, em directo. À excepção de Márcia Rodrigues, com intervenções documentadas, hoje, de manhã, o nível foi de tal forma confrangedor que chegou a constranger. Vamos ver em Fátima. Pode ser que haja um milagre.
P.S. Seria interessante que a estação publica divulgasse os custos da cobertura da visita de Bento XVI. Seria mais fácil perceber que a crise é só para alguns sectores.

Santa ignorância

«Ao almoço, no rodapé da televisão, leio que "Bento XVI foi recebido pelo primeiro-ministro". Santa ignorância».
João Gonçalves, in Portugal dos Pequeninos

Bloco Central a funcionar

A palavra consenso tomou de assalto a governação. Depois de anos de arrogância, José Sócrates e Fernando Teixeira dos Santos pedem consenso na hora de aflição para tomar medidas que agravam a vida dos portugueses.

Será milagre?

O alerta provisório do INE, que aponta um crescimento de 1,7%, surpreendeu. Ou o alerta tem inspiração divina ou então alguém carregou no botão errado. Em Julho, saberemos.

terça-feira, maio 11, 2010

Protesto oco ou fúria anticlerical?

Fúria laica e enviesada

O coro contra a visita do Papa a Portugal é espantoso. Apesar de ser uma indignação legítima, é de registar que não teve paralelo, por exemplo, durante a passagem dos maiores ditadores do mundo por Lisboa e por mais uma cimeira inconsequente que só serviu para alimentar o défice... democrático e público.

segunda-feira, maio 10, 2010

Discurso Seguro

«Considero, por isso, uma enorme irresponsabilidade confundir o nosso principal problema (fraco crescimento económico) com os recentes ataques que os especuladores estão a dirigir contra Portugal».
António José Seguro, in Expresso

RTP 2: Uma espécie de serviço público

«O governo prepara-se para fazer um esforço maior para cortar no défice».
Mesmo vendo e ouvindo, custa a acreditar neste tipo de telejornal. Sobretudo, num segundo canal, espaço que já foi de referência.

Olh'ós tótós

Com o poder no papo, e depois de todas as promessas eleitoriais, o aumento dos impostos já está na calha.
P.S. Um grupo de economistas e ex-ministros das Finanças são recebidos, hoje, em Belém. Em música de fundo, Alberto João Jardim culpa os antigos governantes pela actual crise.

Dia B

As condições políticas estão criadas para as Bolsas de Valores dispararem. E ainda vamos assistir (novamente) a grandes elogios às agências de rating.

sábado, maio 08, 2010

Em grande velocidade

Governo adjudica (mini)TGV ao mesmo tempo que faz o anúncio do enterro das grandes obras públicas (terceira travessia do Tejo, aeroporto, etc). Curiosamente, o anúncio é levado a cabo com dois anos de atraso. E, obviamente, depois de ter garantido a vitórias nas últimas eleições com as promessas de modernização do país...

sexta-feira, maio 07, 2010

"Estado de Segredos" no You Tube

O livro visto pelo Autor, Frederico Duarte de Carvalho.

Nuvens carregadas na Europa

David Cameron ganhou. É a viragem à direita no Reino Unido, que marca o tombo dos socialistas. Mais importante ainda é a ausência de uma maioria no parlamento britânico, situação rara por causa do sistema eleitoral que favorece as maiorias. Mais importante ainda é o facto do novo primeiro-ministro ser um adversário do projecto europeu. Tudo num momento em que a União Europeia vive um dos seus momentos mais graves de sempre, com uma liderança fraca e impotente face à actual situação.

quinta-feira, maio 06, 2010

De Carmona à Sábado com os olhos na Grécia

Uma acusação e uma pronúncia a ex-autarcas da Câmara de Lisboa caem na primeira audiência de julgamento. Um deputado rouba os gravadores a dois jornalistas da revista Sábado. O paradoxo instalou-se em portugal. O que se seguirá?

P.S. O povo grego não pactua com mentirosos, irresponsáveis e ladrões. E veio para a rua protestar. A violência e as mortes são um sério aviso para todos os governantes europeus.

A diferença entre 117 e 74

A comissão de inquérito ao negócio PT/TVI decidiu enviar 74 perguntas a José Sócrates. A corte do costume indignou-se, beneficiando da reinante falta de memória. Lembram-se de Paulo Portas e do caso "Moderna". O então ministro de Estado e da Defesa, sob os holofotes das notícias e a pressão da oposição, sim, da oposição parlamentar, teve que responder mais do que uma vez. E da primeira vez, por escrito, o tribunal enviou logo 117 questões. Ora, 117 menos 74... é igual aos novos tempos.
P.S. A audição de Pedro Silva Pereira ficará para a história como um dos exemplos mais flagrantes da forma e do estilo de governação dos últimos cinco anos.

quarta-feira, maio 05, 2010

Mais grave do que a mentira

José Sócrates declarou, hoje, que está confiante na evolução da economia. De facto, depois de tudo o que disse, não é preciso dizer mais nada, basta querer ver a realidade. Por sua vez, a agência de notação Moody’s colocou o rating da República Portuguesa sob avaliação, hoje, admitindo uma revisão em baixa, isto depois de outras revisões e de outros falhanços no alerta em relação à crise finceira que assolou o mundo em 2009.
Em ambos os casos, mais grave do que saber quem mente, ou até imaginar quem mente mais, é a constatação da falta de credibilidade. E sem confiança não há crescimento, nem mercado.

Comissão de inquérito PT/TVI: testemunha-chave

Pedro Silva Pereira, hoje, é inquirido na comissão que está a investigar o negócio PT/TVI. É uma boa oportunidade para responder com verdade e para dignificar o trabalho dos deputados. Seria pena se qualquer manobra de diversão prejudicasse o trabalho da comissão.

PGR do lado errado

Fernando Pinto Monteiro continua na lógica da rolha em relação ao apuramento da verdade política no caso "Face Oculta". É o mínimo que se pode afirmar depois de recusar aceder ao pedido dos deputados da comissão de inquérito ao negócio PT/TVI.

Nova estrela na política europeia

Nick Clegg, líder dos liberais ingleses, pode ser a grande nova estrela após as eleições de 6 de Maio. É a consagração de uma espécie de evolução política aguardada na Europa há muito tempo, sobretudo por causa do esgotamento dos partidos de direita e de esquerda tradicionais. Será a solução?

terça-feira, maio 04, 2010

Taguspark: a limpeza

Américo Tomati e João Carlos Silva, respectivamente presidente da comissão executiva e administrador da Taguspark, foram corridos em assembleia geral. E ainda dizem que as comissões de inquérito parlamentar não produzem efeitos.

O primeiro candidato

Manuel Alegre avança, hoje, para as presidenciais de 2011. Depois do frete ao PS sobre o TGV. É pena. Passou a ser o candidato de José Sócrates quando podia ser o candidato de muito mais do que os socialistas.

TGV: um debate parlamentar útil?

A pressa com que o governo quer aprovar o que resta do projecto TGV, uma das marcas essenciais da (des)governação de José Sócrates, é o espelho do fim do regime. Nem uma iniciativa parlamentar de Paulo Portas, que pode embaraçar a esquerda, parece ser suficiente para travar o projecto. Será que é só a modernização do país que está em causa?

segunda-feira, maio 03, 2010

Maria Lourdes Afuni Mora

Petição
Libertem a juiza venezuelana Maria Lourdes Afuni Mora" no seguinte link:
http://www.peticaopublica.com/?pi=ASJP

Comissão de inquérito PT/TVI: os anjinhos

De anjinho em anjinho, uns mais anjinhos do que outros, o trabalho da comissão parlamentar continua em bom andamento. E contra ventos e marés, os resultados começam a bater a várias portas, designadamente à porta do Ministério da Presidência. Está quente, quente, cada vez mais quente...

Passar a onda positiva

A Grécia, a ferro e fogo, já tem luz verde para receber os milhões da União Europeia para pagar os milhões que o pacto de estabilidade da União Europeia obriga.

domingo, maio 02, 2010

Porto Benfica: violência e crise

O jogo decisivo do campeonato de futebol é muito mais do que um fenómeno desportivo. Vai ser necessário analisar a violência crescente à luz da crise de da elevada taxa de desemprego.

sábado, maio 01, 2010

Manuel Alegre sem máscara

«Alegre diz que Cavaco não deve interferir nas opções do Governo».
É uma declaração importante por três razões:
1. Cristalina em relação ao estado de desespero por ainda não ter o apoio oficial do PS, o que manifestamente não se compreende politicamente;
2. Reveladora da perspectiva das funções presidenciais, seguramente mais próxima do patrioteirismo folclórico, com tiradas ocas do tipo das de Charles De Gaulle e ao melhor estilo da rainha de Inglaterra;
3. Contraditória com o que já disse no passado recente, designadamente em relação à passividade do actual presidente da República.

Curto, directo e verdadeiro

«Corrupção já é legal em Portugal»
Ricardo Sá Fernandes, in SOL

sexta-feira, abril 30, 2010

Debate nivelado por cima

Há governantes que continuam a sorrir, apesar da actual situação. Ainda que admita, em tese, que cada um deles deu o seu melhor, não favoreceu o amigalhaço para garantir um tacho futuro, não desperdiçou criminosamente o dinheiro público, será que conseguem conviver pacificamente com o sofrimento provocado por uma governação marcada por erros colossais de previsão e opções desastrosas? Ou será que o rigor só "ataca" depois da vitória nas eleições?
Esta dúvida vem a propósito das viagens de Inês Medeiros. Será que a deputada socialista consegue viajar, tranquilamente, para Paris, no momento em que aqueles que a convidaram se preparam para cortar ainda mais nos subsídios de desemprego? A questão ultrapassa qualquer tipo de raciocínio moralista. Noutros tempos, porventura de vacas mais gordas, houve outro tipo de exemplos, como recorda Joana Amaral Dias. De facto, a política não tem que ser sempre nivelada por baixo, muito baixo. Felizmente, também pode ser nivelada por cima.

A crise da crise

O protagonismo de Fernando Teixeira dos Santos vai acabar mal. Por esta, ou por qualquer outra razão, designadamente a de não querer ficar para a história como o "coveiro" do país, é cada vez mais previsível o divórcio entre o ainda primeiro-ministro e o ainda ministro de Estado e das Finanças. Alguém vai ficar mal na fotografia, com ou sem Pedro Passos Cooelho, obviamente.

O poder dos caça-níqueis

Quando todos esperavam um maior escrutínio nas benesses que o Estado concede aos bancos, às grandes empresas e aos mega negócios, eis que a fúria controladora de José Sócrates se virou para as vítimas da governação: os desempregados. Surpreendente? Não. Paulo Portas já tinha avançado para aqueles que recebem o rendimento mínimo. Só falta Pedro Passos Coelho atirar-se aos doentes e pensionistas.

quinta-feira, abril 29, 2010

Não salvem a espécie

Os últimos dias têm corrido a um ritmo vertiginoso. Portugal transformou-se numa trágico-comédia interpretada por estrelas e figurantes rascas. Da tentativa frustrada de convencer a malta que "estamos a ser atacados" à farsa da "união nacional", só faltava mesmo o coro da corte do costume a pedir ainda mais rigor para os que mais sofrem com a crise. Tem valido tudo para tentar desviar as atenções do essencial: a responsabilidade política de José Sócrates. E será que um "coelho", tirado de uma qualquer cartola, por bondade, simpatia, solidariedade, cinismo, calculismo, oportunismo ou pavor de ter de assumir o poder, é suficiente para mitigar a evidência? Agora, compreende-se melhor por que razão Manuela Ferreira Leite teve tanta maré, vento e energia negativa à sua volta. Será isto sentido de Estado?
P.S. Cavaco Silva já garantiu a passadeira vermelha. Vai ser penoso assistir ao ensanduichar de Manuel Alegre.

E viva o livro que resiste

Feira do Livro 2010 - 29 de Abril a 16 de Maio

136 inscrições de editoras e livreiros;
249 credenciais de representação;
57 representados da Tenda dos Pequenos Editores;
Biblioteca do Brasil;
Câmara Municipal de Lisboa;
236 pavilhões;
1 pavilhão especial do Brasil;
4 tendas + 1 quiosque + 1 autocarro (biblioteca itinerante) da CML;
5 tendas que compõem o pavilhão dos Pequenos Editores;
2 auditórios (Auditório APEL e Espaço EDP);
3 restaurantes (um junto ao Marquês e dois no outro extremo da Feira);
1 palco central e 4 palcos “secundários” em cada uma das Praças (Verde, Amarela, Azul e Laranja.

terça-feira, abril 27, 2010

A coligação para o desastre

O anúncio de um acordo de princípio ou até de um governo de coligação entre o PS e o PSD, após o encontro entre José Sócrates e Pedro Passos Coelho, não eliminaria o principal problema do país: a falta de credibilidade de José Sócrates e da governação. Diluir essa irresponsabilidade política, numa espécie de farsa de salvação nacional, seria o passo em direcção ao abismo.

Da arrogância à subserviência

As declarações de José Sócrates e de Fernando Teixeira dos Santos metem dó. O mais grave é que ambos parecem surpreendidos com a evolução dos acontecimentos, o que traduz desde logo a irresponsabilidade da actual governação. O nervosismo patente nas últimas declarações são um mau prenúncio. E não podendo calar, despedir ou comprar as agências de rating, só nos resta temer mais más notícias. Ao menos, podiam poupar-nos o espectáculo da transformação da arrogância em subserviência.
P.S. Quem acredita na recuperação de um país quando o próprio primeiro-ministro está a ser investigado por mentir aos seus concidadãos?

Medina Carreira em alta


Por várias vezes, nas mais diferentes circunstâncias, alertei para as teses de Medina Carreira. O discurso directo, lúcido e duro teve sempre o mérito de alertar para a realidade. Também por diversas vezes, tentei contrariar quem do alto da sua arrogância e ignorância, quicá, interesse pessoal, se atreveu a rotulá-lo como o "chato", o "tontinho", simplesmente por o ex-ministro das Finanças assumir uma linha de pensamento contrária ao mainstream socrático. A realidade económica e financeira está à vista. Só falta mesmo alguém vir dizer que Medina Carreira é grego e muito agressivo.

P.S. José Gomes Ferreira e Mário Crespo apostaram em dar tempo de antena a Medina Carreira. E ganharam a aposta.

Título do dia

«Se "o país sabia", Sócrates poderia saber, mas só informalmente».

Negócios em aceleração

As notícias sobre negócios de Estado e/ou com o Estado são tão frequentes que a notícia do Sol, assinada por Luís Rosa, quase passou despercebida. A investigação sobre o autódromo do Algarve é mais uma confirmação do actual modelo de investimento e desenvolvimento. Os "corredores" são os do costume. Os pagantes também.

Face Oculta: a um passo da verdade

A audição do procurador Marques Vidal é cada vez mais incontornável para o bom desenvolvimento dos trabalhos da comissão de inquérito parlamentar ao negócio PT/TVI. Aliás, o exemplo que este procurador tem dado, a par de outros magistrados da comarca do Baixo Vouga (Aveiro), merece visibilidade pelo silêncio e serenidade que demonstraram ao longo de todo o processo de investigação. A Justiça bem preciso deste tipo de exemplos.

segunda-feira, abril 26, 2010

O "verniz" da propaganda estalou

Quem pudesse ter dúvidas, sobre a gravidade da situação económica e financeira, ficou esclarecido com o primeiro-ministro mais agressivo de sempre a fazer queixinhas públicas da agressividade da oposição.

sábado, abril 24, 2010

A verdade de Mário Soares

Mário Soares defende que um primeiro-ministro não deve estar à disposição de uma qualquer comissão de inquérito parlamentar. É uma declaração típica de quem se sente a cima da lei e, porventura, habilitado a transmitir esse estatuto de divindade num regime republicano. Aliás, ao nível da transparência da democracia que ajudaram a construir.

Pacotinho anti-corrupção

Vera Jardim falhou, como já era previsível. Com este PS, não é possível desenhar uma estratégia de combate à corrupção. Como já todos perceberam, ao longo dos últimos cinco anos, esta prioridade ficou na gaveta, como outras propostas muito concretas e definidas que poderiam ter evitado o actual espectáculo de degradação da vida pública.

Comissão de inquérito PT/TVI: táctica da cadeira vazia

A pressão no sentido de desvalorizar as comissões de inquérito parlamentares está a aumentar ao mesmo ritmo do nervosismo dos deputados do PS, quicá, do "chefe". A estratégia de desespero ficou consagrada com a ameaça dos socialistas de disistirem do apuramento da verdade na comissão de inquérito PT/TVI.

quinta-feira, abril 22, 2010

Relação para a posteridade

O acórdão que absolveu o empresário Domingos Névoa é um dos mais extraordinários dos últimos tempos. Esperemos pela publicitação da douta decisão para conhecer na íntegra a fundamentação e, sobretudo, nunca mais esquecer os nomes dos seus autores.

A primeira banhada no governo?

Os relatos atestam que o governo levou uma tareia da bancada parlamentar do PSD. Aparentemente, só Viera da Silva é que ainda não percebeu por que razão lhe deram a pasta da Economia...

Chá e scones?

Será que o problema na Justiça vai ao sítio com reuniões... reuniões...e mais reuniões?
O que falta é trabalho... trabalho... e mais trabalho. E, já agora, transparência e mais respeito pelos cidadãos.

terça-feira, abril 20, 2010

Digam comigo: BPP

A investigação judicial ao escândalo do Banco Privado Português pode estar em risco, de acordo com as declarações de Maria José Morgado no último "Expresso". Um alerta, em tempo útil, faz toda a diferença.
P.S. As posições claras e transparentes do Ministério Público são um bem cada vez mais escasso. Mas existem, como também comprova o pedido de anulação judicial do negócio dos contentores de Alcântara.

Paulo Sérgio?

É uma piada?
O 1 de Abril já passou.
Qualquer treinador merece o benefício da dúvida, mas qual é a diferença entre Carvalhal e o ainda treinador do Guimarães.
Será que a resposta é Costinha? E uma invasão de jogadores brasileiros?

segunda-feira, abril 19, 2010

Manuel Alegre: a janela de oportunidade

Com os sucessivos alertas em relação à situação de ruptura nas finanças públicas, emanados dos mais diversos quadrantes, Cavaco Silva e José Sócrates estão cada mais mais reféns um do outro.

sábado, abril 17, 2010

Cavaco por terra

O presidente da República vem de carro para Portugal, depois de ter estado refém, durante 24 horas, na República Checa, a ouvir algumas verdades que ele próprio já deveria ter denunciado em Portugal. Na impossibilidade de recorrer aos aviões, por causa de uma nuvem provocada por um vulcão com nome irritante, e até aos submarinos (não dá muito jeito a partir do centro do continente europeu), o presidente meteu-se ao caminho de carro, presume-se com a Maria. Vai ser lindo! Só falta mesmo um piquenique, numa bomba de gasolina, longe de Valença...

sexta-feira, abril 16, 2010

O triste espectáculo

Num dia negro para o Supremo Tribunal de Justiça, Procuradoria Geral da República, credibilidade internacional e comunicação social, só faltava mais uma prova do actual baixo nível. Feroz, manso, a tia, whatever it takes?

Face Oculta: A novela instalada

A destruição das escutas relativas às conversas do primeiro-ministro de Portugal virou novela. Eis a prova que faltava para poder dar razão a Pedro Passos Coelho. Fernando Pinto Monteiro, procurador-geral do PS, perdão, da República, deixou de ter condições para permanecer no topo do Ministério Público.
P.S. A reacção indignada de Ricardo Sá Fernandes merece atenção, pois está em causa a defesa de um arguido.

Acordar com milhões a voar

A crescente indignação que se sente na rua, a cada história revelada pelo processo "Face Oculta", tem toda a razão de ser. É demais para os cidadãos, acordar com as notícias de milhões e milhões a voar sobre a suas cabeças, num momento em que a crise aperta. Pode ser que nas próximas eleições se lembrem da «quadrilha pluripartidária que vive de comissões, subornos e tráfico de influências», como escreveu José Luís Saldanha Sanches, na última edição do "Expresso".

quarta-feira, abril 14, 2010

Já lá vão 26

A diferença pontual entre o Sporting e o Benfica é tão grande como a falta de vergonha do actual presidente do Sporting. Compreende-se que esteja calado que nem um rato, mas dificilmente é aceitável que não tire consequências de resultados tão desastrosos. Chegou o tempo do Sporting ser gerido por profissionais. Já chega de pequenos Roquetes...

Digestão socialista

O apoio oficial do PS a Manuel Alegre chegou. Ainda não está formalizado, mas já foi anunciado pela agência oficial de informação (governamental). O intervalo de tempo estimado entre o anúncio e a cerimónia deverá servir para José Sócrates e mais alguns "lelos" tratarem da azia.

Duas medidas positivas

A entrada em vigor do novo código de execução de penas e a promessa de implementação da tributação das mais-valias bolsistas são duas medidas que merecem aplauso. Se a primeira honra a civilização, ainda que obrigue a uma aplicação ponderada, a segunda é da mais elementar justiça fiscal e social. Eureka, o governo recomeçou a governar.

MP: processo limpinho

O caso José Sócrates/PS/Figo/Taguspark já tem acusação. Em tempo útil e sem qualquer alarido folclórico É assim que se faz Justiça. Agora, chega a vez dos acusados – Rui Pedro Soares, João Carlos Silva e Américo Thomati, administradores do Tagusparkpassarem a defender-se em sede de instrução.
P.S. Figo foi poupado, mas os portugueses passaram a poder conhecer melhor um dos seus ídolos.

segunda-feira, abril 12, 2010

Além de Cidinha Dantas

«O PEC é a factura que vamos pagar por anos e anos de saque organizado e contínuo dos recursos públicos, por uma vasta quadrilha pluripartidária que vive de comissões, subornos e tráfico de influências. As derrapagens, sempre as derrapagens...».
A afirmação não é de Cidinha Dantas, a deputada brasileira que fez as delicias da RTP e da generalidade dos internautas que a vêem no You Tube. O excerto pertence a uma das mais brilhantes crónicas de José Luís Saldanha Sanches, no "Expresso", intitulada "Os equívocos de Alegre". Em Portugal, não nos podemos queixar de falta de vozes claras – e, felizmente, sem folclore – contra a corrupção.
E, já agora, fica o fim do texto: «(...) Por isso, para Alegre a opção é clara: ou procura o apoio das quadrilhas que nos roubam impunemente, ou guarda um silêncio cúmplice e envergonhado a troco de meia dúzia de votos, ou toma sobre a corrupção uma posição digna e inequívoca».

Pedro Passos Coelho: a hora do escrutínio

O exemplo de Nascimento Rodrigues

A morte do ex-Provedor de Justiça deixa o país mais pobre, mas fica a memória e o trabalho que realizou numa das mais nobres instituições da democracia.

domingo, abril 11, 2010

Pedro Passos Coelho: um começo brilhante

Independentemente das opções ideológicas e das propostas apresentadas, que carecem de concretização, Pedro Passos Coelho foi capaz de falar claro – sem recurso ao teleponto – para todos aqueles que sofrem com a crise, o desemprego, o nepotismo, a corrupção e a injustiça. Foi ainda mais ambicioso, ao revelar um caminho afirmativo e diferente da actual governação. Por fim, e talvez o mais importante objectivo, conseguiu passar convicção, esperança e uma imagem de união no partido. A fotografia final do congresso resume-se à partilha do palco com os dois candidatos à liderança derrotados.
P.S. O comentário político, feito por quem pensa como a generalidade dos políticos, saiu claramente derrotado.

sábado, abril 10, 2010

Presidenciável mais Alegre

À medida que o tempo passa, José Sócrates está cada mais refém do apoio a Manuel Alegre, que passou a agir, finalmente, como a única alternativa do PS.

sexta-feira, abril 09, 2010

Temos ministro

Augusto Santos Silva tem multiplicado declarações sobre a negociata dos submarinos. E gestos de disponibilidade, para aqui e para ali, de forma a contribuir, aparentemente, para o total esclarecimento. Pasme-se, o ministro da Defesa até está disponível para aceitar o funcionamento da comissão parlamentar de Defesa em regime de porta aberta. O mínimo que se pode fazer é estimular o mais possível este súbito ataque de transparência. Ainda que pontual, quiçá, à espera de uns empurrões, a verdade é que pode ser que pegue. Seria uma forma de contrariar a imagem, conquistada a pulso, de uma das maiores fraudes políticas do PS de José Sócrates.

As piadas tristes de José Sócrates

João Miguel Tavares, in Correio da Manhã

quinta-feira, abril 08, 2010

De mentiroso a charlatão

Carvalho da Silva não teve qualquer pejo em dar uma roda de charlatão a José Sócrates e ao ministro das Finanças. É mais um passo no sentido da degradação do combate político, mas também é um sinal de que algo vai ter de mudar. Enquanto é tempo...
P.S. Será que o cidadão José Sócrates se sentiu ofendido? E vai avançar com um processo, quiçá, uma queixa-crime?

Pedro Passos Coelho: by the book

O novo líder do PSD está a fazer um início de mandato com a observância de todas as regras elementares de prudência: falar o menos possível, passar mensagens cirúrgicas, designar um líder parlamentar experiente e credível (Miguel Macedo) e anunciar a renúncia a todos os cargos que desempenhou nas empresas de Ângelo Correia. Agora, é preciso não lhe faltar energia para o resto, que é o principal. No próximo fim-de-semana, uma declaração clara sobre a negociata dos submarinos poderia ser um bom ponto de partida para a marcar a diferença com o velho PSD.

quarta-feira, abril 07, 2010

Saber estar... do lado certo

Ana Gomes é do PS, mas não se confunde com a corte de José Sócrates. Tem opinião própria e não tem medo de a afirmar publicamente.

Comissão de Defesa à porta aberta

António Filipe, com a habitual sagacidade política, avançou com o repto de abrir a comissão parlamentar de Defesa à comunicação social. Eis uma proposta – só peca por ser tardia – que pode ajudar ao esclarecimento da negociata dos submarinos e colocar um ponto final ao "tradicional" manto de silêncio sobre as aquisições de equipamento militar. Tudo, obviamente, por razões de Estado e de interesse nacional.
O acordo dado pelos partidos da oposição parlamentar e a posição titubeante de Marques Júnior fazem prova da oportunidade da proposta do deputado comunista.

Zangam-se as comadres...

Muita coisa certeira tem sido dita na comissão de Ética. E verdadeiras revelações continuam a ser feitas a propósito das relações entre o poder político e a comunicação social. Eis a razão pela qual a sua constituição incomodou muita boa gente e mobilizou tantos e tantas a desvalorizar as audições das mais diferentes personalidades.
P.S. As atoardas e as declarações desiquilibradas não desclassificam a comissão nem o trabalho dos deputados, apenas caracterizam ainda mais cristalinamente os seus autores.

terça-feira, abril 06, 2010

domingo, abril 04, 2010

Do Vaticano ao negócio TVI

A desculpa do Vaticano em relação ao desastrado sermão do padre Raniero Cantalamessa – que comparou os ataques à Igreja a propósito da pedofilia com a perseguição aos judeus – faz recordar algumas das desculpas esfarrapadas de alguns dos principais interlocutores dos recentes escândalos portugueses. Por exemplo, o Vaticano alegar que desconhecia as palavras do pregador pessoal de Bento XVI é tão extraordinário como José Sócrates desconhecer a tentativa de compra da TVI.

sábado, abril 03, 2010

Submarinos... e a AutoEuropa

O almirante Vieira Matias prestou um péssimos serviço a todos aqueles que ainda continuam a defender o processo de aquisição de submarinos. Ao deixar no ar a eventual "ameaça" dos alemães poderem retaliar com os investimentos realizados em Portugal, o ex-chefe do Estado-Maior da Armada (1997-2002) apenas validou a investigação em curso, jornalística, judicial e política.
P.S. Agora, começa a ser perceptível a nomeação de Augusto Santos Silva para a pasta da Defesa. Força, senhor ministro!

Jornais e a internet

Os jornais nada têm a temer na competição com a internet. Muito pelo contrário. Ricardo Costa já o percebeu, beneficiando das sinergias com a SIC, como revela a home page do Expresso.