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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

sexta-feira, dezembro 18, 2009


Paulo Rangel é a solução para tirar o maior partido da oposição da letargia política. É uma espécie de sintese entre Marcelo Rebelo de Sousa e Manuela Ferreira Leite, tem discurso e projecto e (aparentemente) ainda não passou pelos jantares de Ricardo Salgado. Tem ainda um factor simbólico a seu favor para o partido: é do Porto.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Bad feeling

Ao sentir a terra a tremer, ontem, ainda julguei que era o princípio de mais uma crise institucional por causa da decisão escandalosa do Conselho Superior do Ministério Público de suspender Lopes da Mota por apenas três meses. As pressões sobre magistrados não abalam as consciências deste país minoritariamente socialista.
P.S. Afinal, era a terra a tremer.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Direito ao pessimismo

Depois de tudo o que passou nos últimos cinco anos, de todas as promessas eleitorais falhadas, das imensas ilusões afirmadas com total descaramento e impunidade e dos casos pessoais e políticos que envolveram o primeiro-ministro, será que os portugueses, agora que estão a descobrir o estado das finanças públicas, ainda têm fazer de conta que está tudo lindamente, porventura cantando e rindo?

terça-feira, dezembro 15, 2009

Berlusconização: a prova final

Se um dia acordarmos com algum louco a dar uns sopapos ao primeiro-ministro, então sim poderemos falar em total Berlosconização da democracia portuguesa. De facto, só falta mesmo este tipo de desastre/encenação.

domingo, dezembro 13, 2009

De Ponte de Lima à Madeira


Depois de ter mediado o orçamento do 'queijo limiano', no governo de António Guterres, José Sócrates tem o seu verdadeiro momento de glória: o orçamento 'jardiniano'. O resto é conversa fiada para tentar escapar a assumir o estado em que deixou o país depois de uma longa maioria absoluta.

sábado, dezembro 12, 2009

Igreja com futuro

Manuel Clemente, bispo do Porto, foi escolhido para receber o prémio Pessoa 2009. É uma distinção oportuna que indicia que entre os mais altos dignitários da Igreja portuguesas existe um discurso ao nível dos tempos.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Armando Vara em performance

Armando Vara foi à RTP fazer a sua defesa. Fica a oportunidade da entrevista, ainda que não saiba se é pelas boas razões. Até aqui nada de extraordinário. Até a forma vaga e teatral como o fez, perante a complacência de Judite de Sousa, não surpreendeu. A pressão desmedida sobre a Justiça também não foi surpresa, atendendo à estratégia de vitimização e intimidação que tem sido seguida pelos socialistas. Investigadores e magistrados têm de estar preparados para aguentar a pressão jogada na praça pública.
P.S. A transparência e a clareza dos termos da Acusação dos CTT é um bom exemplo para a Justiça.
P.P.S. Sócrates e Portas mostraram a verdadeira face no Parlamento. Sujeitos à pressão dos acontecimentos e da opinião pública, lá tiveram que dar ordens às respectivas bancadas parlamentares para ceder parcialmente na aprovação de novas medidas para combater a corrupção.

A desilusão chama-se Barack Obama

O presidente dos Estados Unidos da América garantiu a continuidade ao pesadelo legado por Bush. No momento em que a comunidade reconheceu os seus esforços no sentido de criar uma nova ordem mundial, conferindo-lhe o prémio Nobel da Paz, eis que surgiu um presidente (vulgar) vergado aos grandes lobbies do armamento.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Vitorinarite aguda

Enquanto a corte do costume se esforça por fazer esquecer que José Sócrates foi indiciado por um crime grave e o PS continua de cabeça perdida, António Vitorino continua a dar uma no cravo, outra na rosa, leia-se, uma em favor dos seus interesses (como opinion maker, obviamente), outra em favor dos interesses socialistas. O ex-ministro de António Guterres apelou a uma intervenção do presidente da República para garantir a governabilidade, um pedido dramático tanto mais estranho que contrasta com a sua reserva em fazer igual apelo depois de ter sido revelado que José Sócrates estava sob suspeita. Ele há apelos, reservas e objectivos ... E ainda quem não se tenha habituado!

Tertúlia 125 minutos com

Um espaço de referência, com convidados oportunos e de excelência, que está a marcar a agenda mediática. Medina Carreira foi o último convidado. E deixou mais um recado certeiro.

Propaganda terrrorista em marcha

Depois de se tentar consolidar a ideia que o escrutínio dos media corresponde a uma perseguição pessoal ao primeiro-ministro, depois de se acusar a Justiça de «espionagem política» por ter indiciado o primeiro-ministro, eis que agora se está a tentar passar a imagem que o escrutínio parlamentar da actividade governamental constitui uma tentativa de paralisar a governação. Será que o descaramento político não tem limites?

terça-feira, dezembro 08, 2009

Reeleição do presidente boliviano

Cimeira de Copenhaga

Um dos maiores desafios da administração de Barack Obama.

O mais americano dos portugueses

Luís Amado quase que surpreendeu. As críticas à subalternidade da União Europeia em relação à NATO, no âmbito da participação na guerra do Afeganistão, chegaram a parecer uma espécie de grito do Ipiranga da diplomacia portuguesa em relação aos Estados Unidos da América. Foi alarme falso, obviamente. Afinal, o ministros dos Negócios Estrangeiros queria ainda mais submissão dos europeus em relação aos americanos, via NATO, obviamente. E os voos da CIA já tão longe...

domingo, dezembro 06, 2009

Magalhães revisitado

A confirmar-se o anúncio da constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à Fundação das Comunicações Móveis, proposta pelo PSD, estamos perante a primeira iniciativa coerente e consequente de um partido da oposição parlamentar.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Escutas aquecem debate político

As fugas do regime estão a dar, como escrevi há muito tempo. Agora o PS aponta o dedo a Manuela Ferreira Leite. Mas alguém acredita, a confirmar-se a mais flagrante violação do segredo de justiça que há memória em Portugal, que Manuela Ferreira Leite tenha sido a única a ter acesso às escutas do processo Face Oculta depois de uma reunião de alto nível do Ministério Público?
P.S. Finalmnete, houve notícia que o Ministério Público está a investigar as fugas do regime. É assim, com transparência e critérios limpos, que Fernando Pinto Monteiro ainda pode tentar recuperar a credibilidade perdida.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Tratado de Lisboa: a vitória dos grandes

A entrada em vigor do Tratado de Lisboa consagra o princípio do domínio dos grandes países. É o fim do espírito dos fundadores. Só mesmo dois portugueses teriam a capacidade de o impulsionar.

O padrão governamental

José Sócrates continua a usar a receita de sempre: quando estão para chegar más notícias sobre a economia, antecipa-se com loas à governação. A tradição cumpriu-se. Depois de um inflamado discurso sobre o virtuosismo da intervenção estatal, no discurso da cimeira Ibero-Americana, eis que o Eurostat anuncia que Portugal ultrapassou a barreira psicológica dos 10% de desemprego.

segunda-feira, novembro 30, 2009

Henrique Neto: na mouche


Entretanto, no programa do Governo, cheio de medidas para todos os gostos, no capítulo da corrupção não há nenhuma medida proposta. Mais palavras para quê?

Segredo de Justiça: a reviravolta

Muito ciosa do segredo de justiça, sobretudo quando estão em causa os poderosos e governantes, a corte do costume remeteu-se a um silêncio espúrio depois de ter sido noticiado que os arguidos do processo Face Oculta foram avisados que estavam sobre escuta.
Vale a pena recordar as datas:
24 de Junho - Primeiro-ministro garante que não conhece o negócio PT/TVI;
24 de Junho - Manuela Ferreira Leite diz que José Sócrates mentiu ao parlamento;
25 de Junho - Aníbal Cavaco Silva pede transparência no negócio PT/TVI;
25 de Junho - Primeiro-ministro chumba o negócio PT/TVI;
25 de Junho - Suspeitos do processo Face Oculta mudam de telemóveis.
P.S. As escutas dos arguidos não terão sido meras conversas privadas?

Inverno político

sábado, novembro 28, 2009

Post angolano

Sócrates à beira da saída

O silêncio do primeiro-ministro está a provocar as reacções mais óbvias, entre as quais é de sublinhar a de Octávio Teixeira. De facto, numa democracia ocidental é impossível sustentar politicamente a actual situação pantanosa. E já não basta uma deslocação à RTP, com mais ou menos ameaças e subtilezas semânticas, para tentar alijar o facto de ter sido indiciado por dois magistrados.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Saneamento cada vez mais incómodo

À medida que são conhecidos mais detalhes sobre as conversas de José Sócrates com pelo menos um amigo, Manuela Moura Guedes vai consolidando o estatuto de um dos símbolos das interferências do governo nos órgãos de comunicação social. Já não é possível varrer este saneamento para debaixo do tapete, por muito que a corte do costume se esforce. Muito menos depois da declaração de José António Saraiva, não pela novidade, mas sim pelo desassombro e oportunidade. Só falta mesmo a confirmação preto no branco, ou seja, a revelação da parte do conteúdo daquelas conversas com inegável interesse político e público.

quinta-feira, novembro 26, 2009

À beira do desastre

Há silêncios que são ensurdecedores, sobretudo quando está em curso uma batalha importante contra a corrupção e o tráfico de influências ao mais alto nível do Estado. Não é o caso da Associação Sindical dos Juízes que divulgou um comunicado da maior relevância. Aliás, e a exemplo do que tem sucedido com o Sindicatos dos Magistrados do Ministério Público, cada vez mais procuradores e juízes não estão disponíveis para varrer o lixo para debaixo do tapete. Certamente, não é por acaso que a corte do costume se tem insurgido contra ambas as instituições.

sábado, novembro 21, 2009

sexta-feira, novembro 20, 2009

Escutas: Lembrar Costa Andrade

Autor: Manuel da Costa Andrade
Data: Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009
Pág.: 37
Temática: Espaço Público
As escutas podem configurar, no contexto do processo para o qual foram autorizadas, decisivo e insuprível meio de prova
Escutas: coisas simples duma coisa complexa

1.
0 país vem sendo sacudido por um terramoto jurídico-político, com epicentro nos problemas normativos e semânticos suscitados pelo regime das escutas telefónicas. Uma discussão em que se fez ouvir um coro incontável de vozes, vindas de todos os azimutes. E todas a oferecer vias hermenêuticas de superação dos problemas. E a reivindicar para si o fio de Ariana capaz de nos fazer sair do labirinto. Foi como se, de repente, Portugal se tivesse convertido numa imensa Escola de Direito.
Mas o lastro que as ondas vão deixando na praia está longe de ser gratificante. Mais do que uma experiência de academia, fica-nos a sensação de um regresso a Babel: se é certo que quase todos falam do mesmo, quase ninguém diz a mesma coisa. Não sendo possível referenciar uma gramática comum, capaz de emprestar racionalidade ao debate e sugerir pontes de convergência intersubjectiva.
Se bem vemos as coisas, uma das causas deste “desastre hermenêutico”, com réplicas tão profundas como perturbadoras no plano político, ter-se-á ficado a dever ao facto de se terem perdido de vista as coisas mais simples. Que, por serem as mais lineares e aproblemáticas, poderiam valer como apoios seguros, a partir dos quais se lograria a progressão nas áreas mais minadas pelas dificuldades e desencontros.
É um exercício neste sentido, feito sobre a margem das coisas simples, que valerá a pena ensaiar.
2.
Manda a verdade que se comece por sinalizar um primeiro dado: o problema ficou
em grande medida a dever-se a uma pequena intervenção no Código de Processo Penal, operada em 2007. Que introduziu no diploma um preceito, filho espúrio do caso “Casa Pia”. E, por sobre tudo, um preceito atrabiliário, obscuro, desnecessário e absurdo. Logo porquanto, a considerar-se merecida e adequada uma certa margem de prerrogativa processual para titulares de órgãos de soberania, então nada justificaria que ela se circunscrevesse às escutas. E se silenciassem outros meios, nomeadamente outros meios ocultos de investigação, reconhecidamente mais invasivos e com maior potencial de devassa (vg. gravações de conversas cara a cara, acções encobertas, etc.). A desnecessidade resulta do facto de, já antes de 2007, a lei portuguesa conter um equilibrado regime de privilégio para aquelas altas instâncias políticas. Já então se prescrevia que as funções de juiz de instrução fossem, em relação a elas, exercidas por um conselheiro do STJ. Assim, a Reforma de 2007 deixou atrás de si um exemplar quadro de complexidade. Nos processos instaurados contra aquelas altas figuras de Estado, há agora um normal juiz de instrução: um conselheiro que cumpre todas as funções de juiz de instrução, menos uma, precisamente a autorização e o controlo das escutas. Ao lado dele intervém um segundo e complementar juiz de instrução, o presidente do STJ, entrincheirado num círculo circunscrito de competência: só se ocupa das escutas. Isto não obstante os problemas das escutas serem, paradigmaticamente, actos de instrução; e, pior do que isso, não obstante aquele primeiro juiz de instrução ter competência para todos os demais actos de instrução, inclusivamente daqueles que contendem com os mais devastadores meios de devassa que podem atingir os mais eminentes representantes da soberania.
Manifestamente, o legislador (de 2007) não quis ajudar. Mesmo assim, nem tudo são sombras no quadro normativo ao nosso dispor. Importa, para tanto, tentar alcançar uma visão sistémica das coisas. E agarrar os tópicos mais consolidados e inquestionáveis, convertendo-os em premissas incontornáveis do discurso. E, por vias disso, fazer deles pontos de partida, lugares obrigatórios de passagem e de regresso, sempre que pareça que as sombras se adensam e as luzes se apagam.
3.
A começar, uma escuta, autorizada por um juiz de instrução no respeito dos pressupostos materiais e procedimentais prescritos na lei, é, em definitivo e para todos os efeitos, uma escuta válida. Não há no céu - no céu talvez haja! - nem na terra, qualquer possibilidade jurídica de a converter em escuta inválida ou nula. Pode, naturalmente, ser mandada destruir, já que sobra sempre o poder dos factos ou o facto de os poderes poderem avançar à margem da lei ou contra a lei. Mas ela persistirá, irreversível e “irritantemente”, válida!
Sendo válida, o que pode e deve questionar-se é - coisa radicalmente distinta - o respectivo âmbito de valoração ou utilização. Aqui assoma uma outra e irredutível evidência: para além do processo de origem, ela pode ser utilizada em todos os demais processos, instaurados ou a instaurar e relativos aos factos que ela permitiu pôr a descoberto, embora não directamente procurados (”conhecimentos fortuitos”). Isto se - e só se - estes conhecimentos fortuitos se reportarem a crimes em relação aos quais também se poderiam empreender escutas. Sejam, noutros termos, “crimes do catálogo”.
De qualquer forma, e com isto se assinala uma outra evidência, a utilização/valoração das escutas no contexto e a título de conhecimentos fortuitos não depende da prévia autorização do juiz de instrução: nem do comum juiz de instrução que a lei oferece ao cidadão comum, nem do qualificado juiz de instrução que a mesma lei dispensa - em condições de total igualdade, descontada esta diferença no plano orgânico-institucional - aos titulares de órgãos de soberania. De forma sincopada: em matéria de conhecimentos fortuitos, cidadão comum e órgãos de soberania estão, rigorosamente, na mesma situação. Nem um, nem outro gozam do potencial de garantia própria da intervenção prévia de um juiz de instrução, a autorizar as escutas.
4.
Uma outra e complementar evidência soa assim: as escutas podem configurar, no contexto do processo para o qual foram autorizadas e levadas a cabo, um decisivo e insuprível meio de prova. E só por isso é que elas foram tempestivamente autorizadas e realizadas. Mas elas podem também configurar um poderoso e definitivo meio de defesa. Por isso é que, sem prejuízo de algumas situações aqui negligenciáveis, a lei impõe a sua conservação até ao trânsito em julgado. Nesta precisa medida e neste preciso campo, o domínio sobre as escutas pertence, por inteiro e em exclusivo, ao juiz de instrução do localizado processo de origem. Que, naturalmente, continua a correr os seus termos algures numa qualquer Pasárgada, mais ou menos distante de Lisboa. Um domínio que não é minimamente posto em causa pelas vicissitudes que, em Lisboa, venham a ocorrer ao nível de processos, instaurados ou não, aos titulares da sobrasnia. Não se imagina - horribile dictum - ver as autoridades superiores da organização judiciária a decretar a destruição de meios de prova que podem ser essenciais para a descoberta da verdade. Pior ainda se a destruição tiver também o efeito perverso de privar a defesa de decisivos meios de defesa. Por ser assim, uma vez recebidas as certidões ou cópias, falece àquelas superiores autoridades judiciárias, e nomeadamente ao presidente do STJ, legitimidade e competência para questionar a validade de escutas que, a seu tempo, foram validamente concebidas, geradas e dadas à luz. Não podem decretar retrospectivamente a sua nulidade. O que lhes cabe é tão-só sindicar se elas sustentam ou reforçam a consistência da suspeita de um eventual crime do catálogo imputável a um titular de órgão de soberania. E, nesse sentido e para esse efeito, questionar o seu âmbito de valoração ou utilização legítimas. E agir em conformidade. 0 que não podem é decretar a nulidade das escutas: porque nem as escutas são nulas, nem eles são taumaturgos. O que, no limite e em definitivo, não podem é tomar decisões (sobre as escutas) que projectem os seus efeitos sobre o processo originário, sediado, por hipótese, em Pasárgada, e sobre o qual não detêm competência.
5.
É o que, de forma muito concentrada, nos propomos, por ora, sublinhar. Quisemos fazê-lo com distanciação e objectividade, sine ira et studio. Mantendo a linha, o tom e a atitude de anos de investigação e ensino votados à matéria. E sem outro interesse que não o de um contributo, seguramente modesto, para a reafirmação e o triunfo da lei. Pela qual devemos bater-nos “como pelas muralhas da cidade” (Heraclito). E certos de que, também por esta via, se pode contribuir para o triunfo das instituições. E, reflexamente, para salvaguardar e reforçar o prestígio e a confiança nos titulares dos órgãos de soberania cujos caminhos possam, em qualquer lugar, cruzar-se com os da marcha da Justiça.
Manuel da Costa Andrade
Professor de Direito Penal na Universidade de Coimbra

À espera do PGR

Apesar de nunca visto, o país não parou com a promessa de Fernando Pinto Monteiro decidir, até amanhã, o destino das novas certidões relativas às conversas de José Sócrates com pelo menos um amigo.

quinta-feira, novembro 19, 2009

Corrupção e grupos de trabalho

Os casos mediáticos de corrupção envolvendo governantes e poderosos dão sempre origem à constituição de inúmeros grupos de trabalho para estudar e reflectir sobre o que está mal. Mas o diagnóstico não está feito há mais de vinte anos?

Portugal no Mundial

Eis um grande contributo para estabilidade política.

quarta-feira, novembro 18, 2009

O futebol e a estabilidade

Os portugueses vão estar colados aos televisores para assistir ao jogo que pode garantir o passaporte para o Mundial de futebol de África do Sul. Em São Bento, já devem ter sido colocadas umas velinhas acesas para que tudo corra bem no Bósnia/Portugal. É que se os portugueses começam a olhar em volta, com olhos de ver, tudo se pode alterar.
P.S. A data e a hora para ouvir Armando Vara são meras coincidências.

domingo, novembro 15, 2009

José Socrates protegido?

A notícia do Correio da Manhã é uma das mais importantes dos últimos dias, tendo em conta as informações publicadas desde 28 de Outubro. A ser verdade – e não há razões para não creditar –, eis o escândalo dentro do escândalo:
«Eleições atrasaram caso
A proximidade das eleições legislativas, no passado dia 27 de Setembro, dominou a reunião que em Junho juntou o procurador-geral da República, o procurador distrital de Coimbra e um magistrado de Aveiro. Pinto Monteiro, Braga Temido e João Marques Vidal falaram do processo ‘Face Oculta’, e os dois últimos deram conta ao responsável máximo do Ministério Público de que José Sócrates aparecia nas escutas telefónicas, em conversas validamente interceptadas com Armando Vara, ex-ministro socialista e amigo pessoal do primeiro-ministro».

«Passar das marcas»

Helena Matos, no Blasfémias.

Fernando Pinto Monteiro a mais

sábado, novembro 14, 2009

Mais um processo judicial?

Uma das curiosidades dos próximos dias, a seguir atentamente, é saber se o cidadão José Sócrates vai apresentar mais uma queixa-crime por causa da notícia do semanário Sol, que classificou como um «insulto». Ou até saber se vai haver despedimentos e mudanças na estrutura accionista da empresa proprietária do jornal.
P.S. Aceitam-se palpites. Eu aposto que para já a 'coisa' vai ficar pelo desabafo.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Arrogante, mal educado e incompetente



Ao fim de cinco meses de mandato, como presidente do Sporting, José Eduardo Bettencourt já conseguiu mostrar arrogância ao mandar calar adeptos descontentes; revelar má educação ao chamar «anormais» a quem também contribui para lhe pagar o milionário salário; e incompetência, pois agora está a negociar à pressa a contratação de um treinador, com graves custos para o clube, quando há muito se sabia que Paulo Bento não aguentaria a pressão dos maus resultados. Enfim, temos de ajudar o senhor presidente do Sporting a terminar o mandato com dignidade, garantindo que no nosso clube – que não é só dele – nenhum sócio pode ser expulso por delito de opinião. Era só o que faltava!

Direito ao abuso

A declaração de José sócrates sobre o envolvimento do seu nome na "Face Oculta", bem patente na notícia do semanário Sol, constitui o mais flagrante exemplo de pressão sobre a Justiça. Basta ler: «Outra coisa muito, diferente - e esse é o ponto e importa não confundir as coisas - é saber se durante meses a fio eu fui escutado porque isto está a passar todas as marcas -, se essas escutas foram legais e se é possível fazê-las num Estado de Direito. Eu tenho o maior interesse em ser esclarecido sobre isso».
O direito à indignação não permite tudo, ou melhor, com o desgaste do presidente da República (amedrontado por um par de sondagens ou qualquer coisa do género) e com as autoridades judiciárias divididas em lutas de alecrim e manjerona porventura valeu e vai continuar a valer tudo. Isto está a passar todas as marcas, sim senhor.

Sol e Expresso

Os semanários continuam a dar cartas: no mesmo dia em que o semanário Sol afirma que José Sócrates mentiu ao parlamento a propósito da TVI, o semanário expresso anuncia o arquivamento do caso Freeport no Reino Unido, antecipando uma manchete há muito esperada.

quinta-feira, novembro 12, 2009

António Mendonça: perfeitamente sinalizado

É a primeira grande revelação do XVIII governo constitucional. O novo ministro das Obras Públicas anunciou a criação de um «grupo de trabalho no âmbito da Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, com vista ao combate à corrupção».

Aos bochechos e na volta

Noronha do Nascimento falou de certidões de escutas realizadas há meses (antes das eleições) que chegam aos «bochechos». Por sua vez, um advogado de um arguido do 'sucatagate' afirmou que «na volta» há pessoas que foram implicadas sem razões válidas. A utilização de expressões tão populares só pode resultar, indiscutivelmente, numa melhor compreensão do funcionamento da justiça. Pelo andamento da carruagem ainda vamos ter cegada antes do próximo Entrudo.

O primeiro salto mortal de Francisco Assis

O líder da bancada parlamentar do PS revelou o desnorte que grassa na maioria (relativa) e no governo. Depois de criticar as propostas anti-corrupção de João Cravinho, agora veio a público admitir que os deputados socialistas se devem debruçar sobre a matéria.
P.S. Alberto Martins, ministro da Justiça, continua em silêncio.
P.P.S. O Presidente da República falou para afirmar que está preocupado!

Face Oculta: Corrupção na judicatura?

quarta-feira, novembro 11, 2009

PSD com posição clara

Manuela Ferreira Leite foi por momentos uma verdadeira líder da oposição ao exigir explicações públicas a José Sócrates no âmbito do processo "Face Oculta".

ERC também critica RTP

A actual direcção de informação da RTP tem mais uma medalha: Até a ERC não poupa críticas em relação ao favorecimento do governo e do PS.

As fugas do regime

A tentativa da PT comprar a TVI está cada vez mais actual. Lembram-se que foi através de uma fuga de informação que se soube da operação? E também se lembram que Manuela Ferreira Leite, em Junho passado, disse taxativamente que José Sócrates estava a mentir quando afirmou nada saber sobre a negociata?

Os fantasmas do regime

As habituais e monumentais trapalhadas da Justiça quando o nome de José Sócrates está envolvido em casos mediáticos de corrupção já fazem parte do quotidiano (do que resta) da Justiça. Entretanto, Aníbal Cavaco Silva e Alberto Martins, ministro da Justiça,continuam em silêncio.

terça-feira, novembro 10, 2009

"Governo oculto"

Miguel Gaspar assina um excelente artigo de opinião no Público:«Desapareceram a exigência ética e a convicção de que a corrupção possa ser o extraordinário e não o banal». Será que vai dar mais um processo?

Face Oculta Noronha Pinto Monteiro Sócrates Vara Justiça

Noronha do Nascimento, presidente do Supremo Tribunal de Justiça, e Fernando Pinto Monteiro, procurador-geral da República, em acesa disputa sobre a melhor explicação a dar a propósito do destino final para as escutas das conversas telefónicas de José Sócrates com pelo menos um amigo.

P.S. Filme recomendado: "E la nave va", de Federico Felini

Manuel Alegre e a relatividade

Manuel Alegre está incomodado com a operação "Face Oculta". Será que é o mesmo Manuel Alegre que esteve na campanha eleitoral? Será que é o mesmo Manuel Alegre que esteve ao lado do Bloco de Esquerda por mais e melhor esquerda e medidas para combater a corrupção?

sábado, novembro 07, 2009

Informações na gaveta

A serem verdade as notícias publicadas sobre as conversas telefónicas de José Sócrates com pelo menos um 'amigo', relativamente`ao "DN" e à "TVI", entre outros temas, estamos perante um dos mais graves incidentes a envolver um primeiro-ministro de Portugal. Para já, o que importa é saber por que razão indícios desta gravidade estiveram na gaveta do procurador-geral da República durante alguns meses. Não teriam os portugueses o direito a uma decisão e a uma investigação em tempo útil antes de votarem nas últimas legislativas, bem como a saberem como são tratados os negócios ao mais alto nível do Estado? Seguramente, tudo será investigado, nem que seja para a próxima legislatura ou talvez até para outra data qualquer. Com Aníbal Cavaco Silva 'morto' politicamente, apenas se pode aguardar que Fernando Pinto Monteiro entenda conceder magnanimamente uma explicação ao país. Mais uma! Quando melhor lhe aprouver.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Paulo Bento bate com a porta

Começou a grande crise no Sporting.

Há sucata e sucata

"Itália faz justiça, Portugal arquiva...".

Debate do programa do governo

O governo não percebeu o resultado eleitoral e a Oposição continua a cair nas armadilhas retóricas de José Sócrates. Os portugueses continuam a pagar o preço das vaidades e ambições de políticos que só olham para o umbigo.

P.S. A intervenção de Pacheco Pereira marcou o primeiro grande debate parlamentar do XVIII governo constitucional.
P.P.S. As medidas governamentais para combater a corrupção são uma fraude política.
P.P.P.S. Alberto Martins, ministro da Justiça, continua calado.

terça-feira, novembro 03, 2009

O ziguezague marcelista



Os avanços e recuos de Marcelo Rebelo de Sousa em partir para a liderança do PSD são surpreendentes. É capaz de ser do nome, apesar da Primavera tardia. Mas custa assistir a um político inteligente e preparado para assumir qualquer cargo público a dançar ao som do pior que há na política portuguesa.

Melhor que a encomenda

José Sócrates deve estar a rebolar a rir com uma oposição parlamentar que tenta passar a imagem que está contra um programa de governo que vai ser obrigada a engolir, com um sorriso mais ou menos amarelo. Aliás, uma prática que encontra eco na linha do mainstream do comentário político que se esforça em criticar o acessório porque não tem coragem de escrutinar o essencial.

segunda-feira, novembro 02, 2009

A outra face oculta

Ao que parece, segundo os dados conhecidos da operação "Face Oculta", um empresário médio de Aveiro conseguiu a proeza de criar uma rede tentacular de influências e favores ao nível do Estado, empresas públicas e banca. Se assim foi com um sucateiro, alguém se deu ao trabalho de imaginar até que ponto poderia chegar um grande empresário, por exemplo como Américo Amorim?

«Nada de excitações»

domingo, novembro 01, 2009

Público: Um novo patamar

A credibilidade do jornalismo não se afirma, não se decreta. Faz-se! Todos os dias, com nome próprio, sem traições, nem cobardias.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Alerta vermelho

Cândida Almeida já fez declarações sobre o 'caso do lixo e da sucata'. Será que o processo também vai ser avocado pelo DCIAP, com a benção de Fernando Pinto Monteiro?

P.S. Não dá para acreditar: «José Sócrates não comenta processos judiciais?».

Os adversários de Marcelo

A putativa candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à liderança do PSD tem dois obstáculos: José Sócrates e Paulo Portas. O primeiro percebeu que passaria a ter um adversário à altura; o segundo sabe que não voltaria a fazer uma nova AD. O resto é um déjá vu entediante.

As outras Face Oculta

Crónicas Modernas

«Como nunca no passado, o risco de instabilidade governativa depende da crescente tomada de consciência do estado a que chegou a República».

Face Oculta: Quem diria...

O regime voltou a tremer por causa do lixo das negociatas. Tudo sobre Mercedes, obviamente.

P.S Armando Vara e José Penedos já se demitiram?

quarta-feira, outubro 28, 2009

Angolagate: um exemplo

As condenações de personalidades francesas sonantes, algumas delas com ligações próximas em Portugal, revelam o abjecto mundo da venda de armas e das fabulosas comissões, que, aliás, até podem sempre ir parar a um qualquer banco próximo de si. Além das 30 personalidades de topo do poder de Angola, de destacar a condenação de Pierre Falcone, o tal empresário que passou por Portugal fazendo uso da sua imunidade diplomática que os tribunais franceses não lhe reconheceram.

terça-feira, outubro 27, 2009

E a corrupção?

Uma leitura mais atenta do discurso de tomada de posse do primeiro-ministro do XVIII governo constitucional revela que o combate à corrupção continua a não figurar na lista de prioridades. Também foi assim em 2005. Não é uma surpresa. Como ainda ninguém esqueceu as hesitações da bancada parlamentar do PS em relação às medidas anti-corrupção propostas por João Cravinho, a expectativa em relação ao novo ministro da Justiça, Alberto Martins, só pode ser muito fraca. Portanto, mais do mesmo, uma espécie de continuidade do consulado de Alberto Costa.

segunda-feira, outubro 26, 2009

E depois da tomada de posse...

Fernando Pinto Monteiro, procurador-geral da República, já colocou o lugar à disposição do primeiro-ministro do XVIII governo constitucional?

P.S. E Pedro Silva Pereira ainda vai ser ouvido durante esta legislatura no âmbito do 'caso Freeport' ou vai ficar 'congelado' na mesa do PGR durante uns meses?

domingo, outubro 25, 2009

Marcelo Rebelo de Sousa na TVI?

O mais famoso comentador político pode estar a um passo de regressar à origem. A forma como tem sido tratado pela RTP – por uma direcção de informação da estação pública cínica e alinhada – e as boas relações com o actual director da TVI, Júlio Magalhães, podem abrir uma janela de oportunidade. Se o "Jornal de Sexta" já pode regressar...

quinta-feira, outubro 22, 2009

Caim, de José Saramago

Eu estou a ler.

Começou uma nova era

O elenco do XVIII governo constitucional é desconcertante. Estamos face a um governo fraco, que indicia a existência de muitas recusas. E ainda por cima com a marca de forte hesitação: Augusto Santos Silva (Defesa), Isabel Alçada (Educação) e Alberto Martins (Justiça).

O fim de mais um jornal

Fiquei a saber que o Semanário acabou. É uma notícia triste, sobretudo para quem estava habituado a seguir a opinião de alguns colunistas, nomeadamente de Jorge Ferreira.

domingo, outubro 18, 2009

RTP: comemoração ou provocação?

Os 50 anos de telejornal deram origem a uma das maiores tentativas de branqueamento do situacionismo e colaboracionismo da estação pública de televisão com o regime de Salazar e Caetano. Um descaramento que não surpreende, tendo em conta o passado recente.

quinta-feira, outubro 15, 2009

Maité quê?

Anda para aí uma polémica por causa de umas 'bocas' sobre os portugueses. E não têm mais nada para fazer?

Recuperar à direita

Paulo Portas voltou a confirmar a capacidade de afirmação e de visão estratégica ao recusar, tranquilamente, qualquer coligação ou acordo de incidência parlamentar com os socialistas. O que resta do PSD e de Manuela Ferreira Leite também adoptaram a mesma posição, sem esconder algum azedume. Ao entregar o PS nas mãos do Bloco e do PCP, a direita dá o primeiro passo para se tentar endireitar.

quarta-feira, outubro 14, 2009

Rui Tavares: A diferença em política

«A derrota é uma coisa preciosa».

Futuro sombrio

Pedro Passos Coelho vai a jogo, num tempo em que o PSD se encontra tão esfrangalhado que já ninguém se interessa, a curto prazo, pelo seu destino. Mais uma vez, a arma secreta de José Sócrates revelou pressa, demasiada pressa, em conquista o partido. Mas será que alguém acredita que podemos ser governados por um político que ficou fora da Assembleia da República e cujo único activo é a distante liderança da JSD?

terça-feira, outubro 13, 2009

Novo governo, nova clarificação

Com a indigitação do PM e a formação do novo governo, é preciso recordar algumas das polémicas que marcaram os últimos quatro anos e meio: os submarinos, o "Portucale", a "Operação Furacão", a legalidade da actuação e contas dos serviços de informações, o esvaziamento da PJ, o caso "Freeport", o caso "Liscont", as suspeitas de escutas e vigilâncias ilegais, entre tantos e tantos outros casos, não podem ficar mais uns anos a marinar para depois se acordar na véspera das próximas eleições. Que não subsistam quaisquer dúvidas: se Alberto Costa (Justiça), Fernando Pinto Monteiro (PGR), e Júlio Pereira (SIRP) continuarem em funções, então é porque a sua actuação foi aprovada e validada.

Espectáculo fantástico.

O debate promovido, ontem, pela RTP, com quatro directores de jornais e o chefe da estação pública foi um dos raros momentos em que a opinião pública teve acesso a uma importante fracção dos bastidores do jornalismo. Os argumentos esgrimidos sobre as sondagens e as suspeitas de vigilância sobre Belém não mudaram a minha opinião, mas permitiram descortinar o enorme cinismo que esteve na origem de algumas decisões editoriais. E, ainda mais importante, e apesar da moderadora, foi possível separar algumas águas. Não todas, pois o silêncio de Joaquim Vieira, provedor do Público, foi incompreensível.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Olh'ó PM indigitado

«Governaremos com atenção às críticas». Não, não é uma declaração de José Sócrates depois de ter sido indigitado como primeiro-ministro pelo presidente da República, em 12 de Outubro de 2009. É uma declaração feita em 20 de Fevereiro de 2005.

O grande vencedor das autárquicas

A conquista da maioria absoluta na Câmara de Lisboa é um resultado histórico que confirma António Costa como um dos sucessores de José Sócrates na liderança do PS. Aliás, como ficou patente no discurso de vitória, franco e emocionado, sem referência ao nome do secretário-geral do PS, que teve de esperar para lhe dar os parabéns.

Os derrotados das autárquicas

As empresas de sondagens, nomeadamente a da Universidade Católica à cabeça. Uma vergonha repetida.

quinta-feira, outubro 08, 2009

Será mesmo verdade?

Que hesitações indesculpáveis de António Costa em relação a uns montes de lata, a que chamam contentores, decidam as eleições de Lisboa?

Jardim de Madeira

Os últimos incidentes com manifestatntes do PND deveriam relegar o PSD, que continua sem se demarcar das trapalhadas de Alberto João Jardim, para uma cura de oposição de muitos e longos anos. A prepotência e o descaramento do presidente do governo regional da Madeira, sem um sobressalto cívico de Manuela Ferreira Leite, dizem tudo. E o silêncio do procurador-geral da República também.

Berlusconi: a permanente surpresa

Ainda há esperança na política com dignidade e no reforço do estado de direito em Itália, depois da histórica decisão do tribunal constititucional daquele país que retirou a imunidade a Silvio Berlusconi. Será que ainda vamos assistir a algo semelhante em Portugal?

Sempre a subir

Portugal está a ficar um país mais corrupto!
Carlos Anjos, in "Correio da Manhã"

terça-feira, outubro 06, 2009

France Telecom: os crimes

A taxa de suicídios na empresa de telecomunicações francesa é muito mais do que um fenómeno para o estudo dos sociólogos. É uma prova evidente da canalha que assumiu o poder nas grandes empresas de um mundo esmagado por uma globalização selvagem. Há até quem lhe chame gestão. Eu chamo-lhe o crime hediondo do século XXI.

segunda-feira, outubro 05, 2009

5 de Outubro em silêncio

O Presidente da República, com mais um dos seus desastrados timings, entendeu não fazer a alocução habitual do dia da República

P.S. Afinal, já está a falar. Há qualquer coisa de muito estranho no ar, sem dúvida!

Finalmente, Marcelo

O ex-líder do PSD vai voltar ao local do 'crime', conferindo uma nova esperança ao PSD.

sexta-feira, outubro 02, 2009

E assim continua

Uma boa conversa entre Aníbal Cavaco Silva e José Sócrates, o fantástico lançamento do nome de Jorge Sampaio para as presidenciais e a burla e respectivo desaparecimento do contrato de compra dos dois submarinos são um sinal evidente que tudo voltou à (a)normalidade.