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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

terça-feira, março 31, 2009

Boal de coincidências

Enquanto se aguarda pelo comunicado de Fernando Pinto Monteiro, surgiu a notícia do assalto ao escritório de Ana Santinho, advogada de Zeferino Boal, que se constituiu como Assistente no caso Freeport. Em Portugal, começa a ser rotina: processo sensível, logo assalto enigmático.

segunda-feira, março 30, 2009

Exigência

As denúncias de João Palma, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, têm de ser levadas a sério pelo Presidente da República. Tal e qual como se esperam palavras claras de Fernando Pinto Monteiro, procurador-geral da República, que prometeu para hoje um comunicado sobre o caso Freeport.
É preciso garantir condições para os Magistrados investigarem, mas também é preciso que eles estejam à altura da investigação. Seja o caso Freeport, seja o caso dos voos da Cia, cujo resultado do inquérito, aliás, continua a ser anunciado, anunciado, anunciado, anunciado...

Magistrados em Belém

João Palma, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, pediu uma audiência ao Presidente da República.

domingo, março 29, 2009

Temos Magistrado



João Palma, que sucedeu a António Cluny na liderança do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, começou bem ao denunciar as pressões sobre magistrados, nomeadamente os que estão a investigar o caso Freeport. E também começou com estrondo ao desmentir, categoricamente, Fernando Pinto Monteiro, procurador-geral da República, que ainda há dias afirmou que os magistrados têm condições para fazer o seu trabalho. Mais tarde ou mais cedo, João Palma vai ter que concretizar as denuncias, pois é indispensável saber a verdade sobre o outro lado da Justiça.

Correio da Manha – Magistrados pressionados para arquivar
Público – Pressões sobre magistrados atingem níveis incomportáveis

sexta-feira, março 27, 2009

«É corrupto»

Foi assim que abriu o Jornal Nacional da TVI, a propósito de José Sócrates no caso Freeport.
De acordo com a nota à Comunicação Social, José Sócrates anunciou um processo «contra os autores desta difamação».
Desde já, declaro estar disponível para dar o meu contributo para o apuramento da verdade dos factos, seja qual for o local, a data , a hora, o meio e o suporte, incluindo a revista da Ordem dos Advogados.

Cabala sem arguido?

Marinho Pinto assinou um artigo de opinião excelente sobre o Freeport. O Bastonário da Ordem dos Advogados escreveu: «esse 'caldo político-jornalístico' fez e faz recair as piores suspeitas sobre a génese daquela investigação, sobretudo por se tratar de um ano de eleições legislativas[2005]». Todavia, não referiu um aspecto essencial: se houve uma cabala do PSD, então por que razão Miguel Almeida (então chefe de gabinete do primeiro-ministro Pedro Santana Lopes] não foi constituído arguido no processo, que culminou na condenação de um inspector da PJ?

quinta-feira, março 26, 2009

Manuel Monteiro: um exemplo na política


O líder do Movimento Missão Minho apresentou, hoje, em Braga, as suas declarações fiscais de 1991 a 2007. Eis um exemplo de quem esteve na política, ao mais alto nível, e não tem receio de divulgar os seus rendimentos. Nem Francisco Louçã foi tão longe em termos de transparência. É assim, há uns que os podem apresentar, publicamente, e há outros que os guardam bem guardados, não vá fazerem parte daqueles que ganham «5 mil euros por mês e ao fim de um ano têm dois ou três milhões», como referiu, aliás, descontraidamente, Cândida Almeida.

Desemprego: governo em pânico

Na recta final do mandato, com maioria absoluta, o primeiro-ministro deu mais um sinal de desnorte em relação à crise. Fazendo jus à política de 'faz-de-conta', tirou da cartola mais uma medida para as estatísticas: «os 25.000 estágios profissionais para jovens, existentes em 2008, serão aumentados para 40.000 em 2009». Haverá maior prova do esgotamento da actual governação?

segunda-feira, março 23, 2009

Desemprego: explosão no verão?

Os últimos números do desemprego (aumento de 17,7 por cento em Fevereiro, face ao mesmo mês de 2008), são a prova da insuficiência das medidas adoptadas e constituem um sério alerta na véspera do período de férias, tradicionalmente marcado pelos encerramentos selvagens.

A maioria e a prepotência

Em Setembro de 2008, escrevi aqui que o impasse na escolha do Provedor de Justiça é um ataque à Democracia. Hoje, o arrastar do impasse permite constatar a dimensão desse ataque sem precedentes. E permite caracterizar o tipo de maioria que governa o país desde 2005, que confunde a legitimidade eleitoral com o autoritarismo. É uma forma de exercer o poder que define a prepotência de José Sócrates.

sábado, março 21, 2009

Declaração de Ana Jorge

Referi anteriormente, aqui, o silêncio do governo português em relação às declarações papais sobre o uso do preservativo. Na verdade, posteriormente, a ministra da Saúde, Ana Jorge, fez uma declaração de inequívoca condenação. E em tempo oportuno, pelo que a referência é da mais elementar justiça. Aliás, de Vasco Pulido Valente a D. Januário Torgal Ferreira, as reacções não se fizeram esperar. Nada mal para um país que é maioritariamente católico, em que algumas das personalidades mais destacadas não aceitam um fundamentalismo a roçar o criminoso.

MJM no SOL

Maria José Morgado quebrou o silêncio para dar uma excelente entrevista ao semanário SOL. Está lá tudo, clarinho como água.

sexta-feira, março 20, 2009

Freeport: no caminho certo

A audição do ex-Presidente da Câmara de Alcochete, Miguel Boieiro, em relação a factos de 2001, constitui um passo em frente na investigação da PJ, que continua a ter José Sócrates na mira.

quarta-feira, março 18, 2009

A falibilidade papal

Bento XVI brindou o mundo com mais uma aleivosia sobre o preservativo no combate à propagação da SIDA, no momento que antecedeu a sua chegada ao continente africano. As reacções não se fizeram esperar em todo o mundo, mesmo ao nível de Estado. Por cá, infelizmente, apenas Machado Caetano reagiu. De José Sócrates e da ministra da Saúde nem um pio.

Primeiro-ministro sem credibilidade

As propostas avulsas para acudir às famílias, anunciadas durante o debate quinzenal, revelaram um primeiro-ministro com falta de imaginação. Foi uma oportunidade perdida. Correndo contra o tempo eleitoral, – e sabendo que as medidas à boca das urnas são mal vistas pela generalidade do eleitorado –, José Sócrates foi ao parlamento com uns míseros 100 milhões de euros para oferecer aos que mais precisam. A confirmar-se, está em causa um valor que equivale a cerca de 5 por cento das ajudas colocadas à disposição da banca e de algumas grandes empresas.
P.S. Tratado como um vulgar mentiroso na rua e na praça pública, os debates parlamentares impressionam pela falta de credibilidade do primeiro-ministro junto dos deputados. A demagogia é tal e tão recorrente que também já lhe perderam o respeito. Creio que a situação não tem paralelo em trinta e quatro anos de democracia.