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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

sábado, abril 29, 2006

Espectacular

O enigma da sentença sobre Dan Brown foi descoberto. Três semanas depois do autor ter sido absolvido da acusação de plágio. O juiz Smith esteve à altura do caso que apaixonou o Reino Unido. O magistrado usou o método Fibonacci, o mesmo do Código Da Vinci, para também deixar deixar uma mensagem criptada no texto da decisão judicial: Quem é Jackie Fisher? Muito simples. Afinal, o magistrado, um fã da Royal Navy, quis homenagear um almirante britânico, usando o mesmo método e, porventura, uma criatividade que seria impensável registar na Justiça codificada, rotineira e emproada (ai, o que seria se não houvesse o ALT+C) que ainda se continua a fazer em Portugal.

Começou

O folhetim sobre Scolari abriu os principais jornais televisivos. É a prova que o mundial de futebol já começou em Portugal. Os media estão ávidos de tudo o que diz respeito ao campeonato que só começa na Alemenha daqui a um pouco mais de um mês. O governo agradece a folga.

sexta-feira, abril 28, 2006

Eleições no Sporting

O bloco central e os grandes interesses estão instalados há demasiados anos na liderança do maior clube de Portugal. Os sportinguistas vão ter de escolher entre um um clube que aposta na manutenção das actividades amadoras e na formação de grandes campeões e um clube que concentra de todos os meios financeiros nas contratações sonantes e no futebol profissional.
O resto é cantiga.

quinta-feira, abril 27, 2006

Debate mensal: desplante

A sustentabilidade da Segurança Social é uma escolha acertada. De facto, o desastre que se vive na Justiça, o desnorte na Saúde, o caos das Finanças Públicas, a morte lenta da Economia, a catástofre do desemprego, a grave crise energética e a desesperante divergência com os países da Zona Euro são matérias que estão ao mesmo nível da (in)sustentabilidade da Segurança Social.
Tantas palavras e cálculos provisórios para dizer o óbvio: o governo vai dar mais uma cacetada nas pensões dos portugueses.
Tantas desculpas para assumir o que todos os portugueses já perceberam: o Estado não vai cumprir o que prometeu a quem trabalhou uma vida inteira na expectativa de ter uma velhice tranquila.
Tanta transparência para justificar a anexação de um estudo sobre a Segurança Social no Orçamento de Estado, enquanto outros estudos e projectos continuam na gaveta.
Salve-se uma promessa eleitoral: o governo não vai aumentar a idade da reforma.
Marques Mendes, o líder do maior partido da oposição, esteve bem. Foi directo ao assunto: José Sócrates devia ter pedido desculpas por um início de mandato falhado. Só lhe faltou dizer que não se restaura a confiança com a propaganda e a ficção.

O dinheiro é assim

É estranho o interesse que os clubes de futebol continuam a alimentar. Apesar de serem estruturas financeiras à beira do limite, não faltam interessados para a liderança. Executivos como José Roquete e Soares Franco, por exemplo, continuam disponíveis para gastar o seu tempo em grandes projectos, cuja qualidade o tempo se encarrega de desmistificar.
Tal como a OPA do BCP sobre o BPI, que já está a provocar o estalar do verniz entre os respectivos presidentes das duas instituições, a luta pela presidência do Sporting já permitiu levantar uma parte do véu que rodeia o futebol. Comissões e bancos sõo as palavras malditas que já se começaram a ouvir. A propósito, por simples curiosidade, ainda náo há sondagens da empresa de Rui Oliveira e Costa?

quarta-feira, abril 26, 2006

Excelente

Nota muito positiva para esta medida do governo de José Sócrates. Os ministros das Finanças e da Defesa assinaram um protocolo importante sem a encenação bacoca de uma plateia de centenas de convidados (normalmente são sempre os mesmos), que, aliás, deve custar uma fortuna e deve servir apenas para alimentar algumas agências de comunicação.
A notícia do dia merece toda a atenção. É ainda preciso saber quanto tempo vai ser preciso para apresentar a lista dos imóveis para vender e em que termos vai ser lançado o concurso público internacional. Uma sugestão: não se pode introduzir uma fase final em que as propostas sejam sujeitas a um método de leilão?

P.S. Esta é uma ideia que o Bloco de Esquerda abraçou há muitos anos e que deu origem a um relatório elaborado por Miguel Portas.

Alívio

Barril do petróleo desce ligeiramente, cotando-se um pouco acima dos 72 dólares. Uma descida mais acentuada continua a registar-se nas sondagens de popularidade do Presidente Bush.

Um mundo sem medo


Baltasar Garzón na primeira pessoa. Um livro a não perder. Sobretudo para juízes, jornalistas e políticos.

20 anos depois de Tchernobyl

56 mortos (um número que pode atingir os 4000)
350.000 pessoas realojadas
5 milhões pessoas a viver em zonas contaminadas,
12 reactores semelhantes continuam a funcionar na Europa

terça-feira, abril 25, 2006

As palavras do Presidente

O discurso politico tem uma componente institucional, mas também de afirmação do ego. Da obsessão do défice público, eis que o Presidente da República, no trigésimo segundo aniversário da Revolução, reafirmou a sua obsesssão por um pacto dos pactos. O Presidente afirmou o seu lado utópico, apelando à inclusão social. Cavaco Silva pôs o seu ego ao serviço de uma causa justa: os pobres e os excluídos. Até pode soar a falso, a hipocrisia e a estratégia política. Mas haverá dia mais adequado para o sonho do que o 25 de Abril?

25 de Abril

Mais uma

A PSP volta a manifestar-se nas ruas no próximo dia 7 de Junho. Já é tempo de cumprir a promessa de pagamento do subsídio de risco. Com ou sem gravata.

segunda-feira, abril 24, 2006

Tanto barulho para mais um arquivamento

A notícia da Lusa não deixa dúvidas. A justiça funcionou. Mesmo no fim da Liga. O processo relativo a Pinto da Costa e Jacinto Paixão, entre outros, que decorreu do célebre jogo Estrela da Amadora-Porto, não deu origem a acusação do Ministério Público, que ainda é uma coisa muito séria. Mas será que alguém estava à espera do contrário?

Já não se aguenta

A polémica sobre se Cavaco Silva vai usar um cravo na lapela.

Um exemplo

El Pais.

Alto risco

Há sinais muito preocupantes que não são devidamente avaliados. Um miúdo aos tiros no meio da rua, um crime por causa de uma discussão de trânsito e a morte de um homem na sequência de uma queda do sétimo piso de um prédio de um dos bairros mais problemáticos de Vila Nova de Gaia constituem alertas mais do que evidentes de algo vai mal na sociedade portuguesa. Até podem ser actos isolados, mas em tempo de crise económica e social não se podem ignorar tantas coincidências.