Utopia de desejos

«Numa tremenda demonstração de inocência da minha parte, certamente ainda influenciado pelo bom e fraterno espírito natalício, vou acreditar que 2016 será melhor. Talvez não seja inocência, talvez seja mesmo necessidade».

Os donos do jogo

«NOS e MEO são, por isso, os novos donos do jogo. Os consumidores que se preparem. No fim da linha, são sempre eles quem paga tudo».

2016 vai ser bem pior do que 2015, o ano do golpe

«A esquerda que assaltou o poder e entra em 2016 no governo não entendeu em quarenta anos de democracia e não entende agora que a presença do Estado na economia, nos negócios e nas empresas é o principal fermento da corrupção. Mas como a esquerda que assaltou o poder e entra em 2016 no governo não é estúpida, a sua defesa do Estado e da presença pública na economia, nos negócios e nas empressas só pode significar que a corrupção faz parte do seu ADN e que é boa quando está no poder e horrível quando está na oposição. É por isso que neste final de 2015 já se sente um cheiro nauseabundo que começa a impestar o ar português. Até para o ano».

Lusofobia

«Os pobres portugueses asseguraram a integridade desse chão que fará do Brasil uma das grandes potências mundiais do século XXI. Basta que o seu grande povo escolha líderes capazes de cultivar a história, em vez de a tratarem com os pés».

Fábulas de velhice

«O que têm Han Solo, Marine Le Pen e António Costa em comum?».

2015: mais um ano para não esquecer

O Natal de 2015 será marcado por mais uma "prendinha", chamada BANIF, que nos vai custar mais de 3 mil milhões de euros. Tal como no passado, em relação a outras "surpresas" de banqueiros que nunca passaram de bancários, muitos vão berrar e protestar, outros tentar branquear o mais de que evidente saque a céu aberto. Quanto tempo ainda vai durar a mitomania profissional ao serviço da política e o exibicionismo processual penal para tornar complexo o que é de uma simplicidade cristalina?

BANIF: Bloco Central dos negócios está vivo

Não foi preciso muito tempo para comprovar que o Bloco Central (dos negócios) está vivo e bem vivo, não obstante o folclore do governo da união das esquerdas. A resolução do BANIF, com encargos multimilionários para os contribuintes, não deixa quaisquer dúvidas. Tal e qual como como o anunciado voto contra do PCP ao orçamento rectificativo. Quanto ao Bloco de Esquerda, ou o que resta dele, vale a pena esperar...

Santander: entre swaps e saldos

O contencioso entre o Banco Santander e o estado português por causa dos famigerados swaps parece não ter atrapalhado a compra do BANIF. E até pode ser que não atrapalhe a compra do Novo banco. A anunciada comissão parlamentar de inquérito tem muito trabalho pela frente, desde logo chamando a depor os protagonistas do Banco de Portugal e do Bloco Central dos negócios. E amigos não faltam...  

Heranças

«Há dez ou vinte anos que uma grande parte da banca portuguesa, associada a uns punhados de políticos trapaceiros, tem vindo a escrever uma das mais negras páginas da história económica e financeira do nosso país. Quando terão os portugueses direito a saber tudo o que se passou nesta longa história bancária? Quando conhecerão, com os nomes, os políticos responsáveis por esta inacreditável sucessão de desastres? Quando saberão, nominalmente, quais foram os banqueiros, bancários e capitalistas que tiveram directa intervenção, com eventuais ganhos, nesta trapalhada? Quando será possível distinguir entre incompetentes e salafrários?».

Portuguese vão pagar caro a cegueira ideológica de Costa

«O mais do que relativo chefe do governo quer a TAP de volta ao Estado custe o que custar. A factura deste assalto a um empresa privada vem logo a seguir».

O "entertainer"

«Tenho saudades das animadas e divertidas prestações de Marcelo Rebelo de Sousa aos domingos, ao jantar».

A conta da banca

«O que talvez valesse a pena era fazer uma avaliação geral do sector, pensar numa reestruturação e de que forma, previsivelmente, tudo há-de pesar nas contas públicas. Ou seja, mais vale assumir que há um problema bancário estrutural que terá custos para o contribuinte do que estes bochechos de luxo com que vamos sendo surpreendidos: o Novo Banco já nos custará uma fortuna a todos e o mesmo se passará com o BANIF. E o que mais estiver no forno também. Se o fizermos de forma controlada, talvez custe um pouco menos». 

Lula, PT & Vivo

«Quando chegará a investigação ao escandaloso negócio que tirou a PT da Vivo e condenou esta grande empresa portuguesa a morrer estrangulada pelo polvo que domina a Oi?».

O novo normal

«O declínio bipartidário não é feito apenas à custa dos extremos, como o Podemos, mas por perdas ao centro, onde encaixa o Ciudadanos».

Os jogos não estão feitos

«A Espanha tem um problema idêntico a Portugal: queremos permanecer na zona euro, mas esta deve eliminar a pulsão de morte que a devora».

O homem que fala sempre sozinho

«No fim do solo televisivo desta terça-feira, José Alberto Carvalho teve o lapso de lembrar Nixon. Talvez haja algumas analogias entre Richard Nixon e José Sócrates, mas a classe política americana discutiu Nixon, o Congresso investigou-o, Nixon caiu por força das instituições e não por causa de uma aflição financeira, e os jornalistas entrevistaram-no (veja-se o seu confronto com David Frost). Nixon até foi perdoado pelo seu sucessor, mas não foi varrido para debaixo do tapete, como um simples caso de polícia ou de psiquiatria. Sócrates não pode continuar a falar sozinho».

O poder oculto

«A longa narração de Sócrates deixou um certo público comovido. É muito possível que ninguém ainda tenha avisado Sócrates que ele estava politicamente morto e que jamais tornaria a ser eleito para contínuo da mais remota freguesia de Portugal. Ele, coitado, continua a achar que é uma força: opina sobre o PS, critica a estratégia eleitoral de Costa e não esconde o seu desprezo pela direita. Mas, de quando em quando, num intervalo lúcido, manifesta a suspeita de que a sua “narrativa” (como ele diz) não parece muito convincente. E, nesses momentos, atribui a sua desgraça ao “ódio pessoal” de alguns serventes do Diabo ou a uma força que ele confessa não compreender. Nós compreendemos; e mais do que isso gostávamos muito de mudar de assunto».

Portugal na crise europeia

«António Costa, na sua primeira interpelação parlamentar, como primeiro-ministro, não deixou de denunciar a insuficiência das medidas repressivas e a hipocrisia daqueles que, concentrados apenas em atacar as suas consequências, desprezam a compreensão dos condicionalismos económicos, sociais e culturais que, no exterior e no interior das fronteiras europeias, provocam a miséria e a destruição, semeiam o desespero e encaminham para a violência extremista largas camadas das populações juvenis onde os terroristas encontram terreno fértil para recrutar os seus agentes».

Cabeça perdida

«Na entrevista, o ‘animal feroz’ foi deixado à solta. Um erro jornalístico? Não creio. Raivoso e desembestado, o ‘animal feroz’ deu-nos o retrato de um homem sem nada a perder, excepto a cabeça. E se havia dúvidas sobre a dedução de acusação, elas dissiparam- -se. O comportamento de Sócrates tratou de me informar que ela já está a caminho».

Os vistos e os escondidos

«A democracia precisa de meios para impedir que a nossa segurança comum seja um carimbo para proteger quem corrompe e se deixa corromper».

Os mitos de Sócrates

«O mito urbano da riqueza da mãe já foi desmontado. Resta a narrativa da generosidade de um empresário da Beira Baixa que distribui milhões pelo amigo e amigas do amigo. Um mito beirão». 

Mentiras

«Sócrates quer o PS atrelado ao seu caso e deixou o aviso muito pouco subliminar: se nós, políticos, não tratarmos deles (juízes, procuradores, jornalistas), eles tratam de nós. Sócrates mentiu a torto e a direito perante um entrevistador imobilizado pela sua própria ignorância em relação ao processo. E mentiu para instigar a opinião pública a seu favor contra a justiça e os jornais que o investigam com o interesse público na mira».

Joana Marques Vidal: o dever de informar

Joana Marques Vidal, procuradora-geral da República, não pode ficar em silêncio depois das declarações de José Sócrates à TVI. Só a verdade, a informação e a prestação de contas podem vencer o terrorismo, seja ele qual for.

Sócrates esteve uma hora sem falar nos crimes

«Ex-governante desafia procuradores e acusa-os de terrorismo».

Operação Marquês. José Sócrates diz que MP se move por 'ódio pessoal'

«José Sócrates insiste nos argumentos: o processo movido contra si teve um objectivo político, que foi cumprido que o PS perdeu as eleições. E ataca a Procuradora-geral da República, “a principal responsável do processo”».

Sócrates diz-se vítima de "ataque pessoal" e "campanha de terror"

«José Sócrates acusa o Ministério Público de fazer "uma campanha de ataque pessoal", para criar a convicção pública de que era culpado».

Século XXI - A Idade dos Paradoxos

«Com efeito, não é sem razão que no final do Século XX se falou do fim do Estado, do erro do Ocidente, do desaparecimento das ideologias, da crise dos valores. É que tudo o que era deixou de ser. O esperado deixou de existir. O paradigma desapareceu ou inverteu-se. A previsibilidade tornou-se impossível. E a gestão das vidas colectivas e individuais passou a ser uma aventura, sem graça nenhuma».

Benfica e NOS: negócio de futebol ou de Estado?

É um daqueles negócios que parece interessar a todos: a quem paga, a quem recebe, aos bancos e até à comunicação social para vender mais exemplares e aumentar as audiências. Mas será que é só assim?

Fretes

«Passos Coelho e Paulo Portas apoiam Marcelo para as presidenciais. Serei o único a vislumbrar ali uma certa falta de entusiasmo?».

Areias movediças

«Numa altura em que está em preparação a alteração ao PDM do Porto e se assiste a uma profunda alteração do uso dos edifícios do Centro Histórico - com a abertura de alojamentos turísticos quase porta sim, porta sim, e até com a expulsão de moradores para a periferia de forma a transformar as suas habitações em hostels - esta barafunda não pode continuar».

Austeridade: é oficial

António Costa, 15 dias depois de tomar posse, lá teve de tornar a austeridade oficial para poder cumprir a meta do défice. Em causa está uma derrapagem da ordem das décimas para atingir a meta dos 3%, situação bem diferente daquela registada em 2010.

Um novo início

«A nova etapa que agora se inicia enfrenta problemas de elevada complexidade e terá de responder a sérios desafios que reclamam, como dizia aqui, há duas semanas, a articulação inteligente das duas frentes em que este combate vai ser travado: a prática governativa e o trabalho parlamentar».

Saber dizer "não"!

«No auge do entusiasmo pela Queda do Muro de Berlim, Pöhl teve a coragem de denunciar como um "desastre" o incompetente processo da união monetária entre a RFA e a RDA (julho de 1990), que precedeu a reunificação política (3 de outubro de 1990)».

Pobre economia

«Será possível crescer sem contar com milagres lá fora?».

Operação Lava Jato

«É um grande caso que nasce de um pequeno caso, com um Zé das Medalhas local, que usa com grande rigor os meios especiais de investigação e a lei. Em Portugal tem havido avanços mas não perdemos nada em aprender com o Brasil».

Venezuela beligerante

«Na Venezuela, a beligerância extravasa a coabitação política: pode vir a ser um padrão dentro do regime».

O predador

«Os cinco anos meteóricos de Sérgio Monteiro, gestor, facilitador, governante. Sob a capa da competência técnica, a eterna confusão entre o público, o privado e os escritórios de advogados que, sendo privados, trabalham para ambos».

O assalto já começou, a factura vem logo a seguir

«O caminho para uma falência rápida e perfeita está traçado. Agora é prego a fundo contra os desgraçados portugueses que vão pagar, mais uma vez, a factura dos crimes cometidos em seu nome».

Corrupção é crime

«Mas se a corrupção é um mal endémico, há uma novidade nos últimos anos: a atitude da Justiça, sem medo de investigar este cancro da democracia. A operação Marquês e os vistos gold são dois casos exemplares, que em anteriores conjunturas não passariam de um arquivo prévio».

O assalto

«Dos poderes que representam uma região que está cercada por portagens espera-se que esperneiem. Do Governo da nação que não quer patrocinar erros do passado exige-se que seja coerente».

A flor e o oceano

«Uma só força vence a gloriosa misericórdia: a soberba. Esse é o terrível pecado dos fariseus: a cegueira de se sentir sem pecado, a arrogância de se fazer justo e juiz, a loucura de desdenhar a misericórdia».

A Justiça sob escrutínio

«Os tribunais administram a justiça em nome do povo. A justiça não é para ser feita no segredo dos gabinetes».

Costa, o pai natal

«Um Governo que promete devolver poder de compra às famílias será sempre um Governo em estado de graça. Até se verificar que não consegue cumprir o seu programa, ou até o programa cumprido deixar Portugal de cofres vazios, na penúria de 2011, a popularidade de António Costa rivalizará com a do pai natal».

Nó górdio europeu

«Com Schengen agonizante no Centro e no Leste, o projeto europeu transformou-se num trágico nó górdio, à espera de um génio que o desate ou, o que é mais provável, de um(a) louco(a) capaz de erguer a espada que o corte. Sem olhar às terríveis consequências que se lhe seguirão».

O call center de São Bento

«Fui ver fotografias de parlamentos do mundo. Duas ou três dúzias. Ninguém usa tal parolice! Alemanha, Angola, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, Grã-Bretanha, Grécia, Holanda, Polónia, Rússia, Nações Unidas e Conselho da Europa... Ninguém! Nenhum!».

Outro futuro

«Se o futuro começou ontem, ainda está muito longe de não se parecer irremediavelmente com o passado e, depois de tantos dias de acesa política, fico com vontade de dar uns passos atrás, para lembrar um outro futuro, o de todos nós, numa formulação mais abrangente, aquele que por estes dias é discutido em assembleia alargada, em Paris».

Democracia e audácia

«Como afirmou António Costa perante o Parlamento, este é um "novo começo". Um "novo começo" que vai continuar a requerer a mesma coragem e determinação inabalável que permitiu a construção desta aliança inadiável».

Estado Social

«Para já, o risco maior está nas altas expectativas. Se não as moderar, Costa pode morrer na praia. A prudência mandaria deitar um bocadinho de água fria na euforia à esquerda. É que, sendo inebriante, não é boa conselheira».

Nas asas do desejo

«Se há meia dúzia de anos nos dissessem que os turistas iriam acotovelar-se nas ruas e ruelas do Porto, que a cidade estaria entre os principais destinos da Europa, que o turismo ia crescer a uma velocidade de dois dígitos, se tentassem, enfim, convencer-nos da bondade deste quadro, o mais natural era beliscarmos a profética criatura para ela acordar do sonho».

O tabu de Sísifo

«A ideia de que poderemos aliviar o grilhão da dívida total nacional, só através do crescimento, sem mudar as regras europeias da UE, continua a ser desmentida pelos indicadores de desempenho económico».

A cadeira do poder

«A ingenuidade daqueles que levam a sério as jogadas das últimas semanas é ainda maior porque têm exemplos recentes que mostram a enorme distância que costuma ir das promessas à realidade, mesmo com maioria».

Maria José Morgado: por unanimidade

«A magistrada Maria José Morgado foi esta terça-feira nomeada procuradora geral distrital de Lisboa, substituindo Francisca Van Dunem que assumiu o cargo de ministra da Justiça do Governo chefiado por António Costa. Uma nota da Procuradoria Geral da República refere que o "Conselho Superior do Ministério Público deliberou, por unanimidade, nomear, em comissão de serviço, para o lugar de procuradora geral distrital de Lisboa a procuradora geral adjunta Maria José Morgado"».

Comunicação social: não há capital que valha

Os despedimentos no semanário Sol e no diário i, por força do desinvestimento de um empresário angolano, são uma péssima notícia para a imprensa escrita. Sem leitores, não há capital que valha.

O esquecimento global

«Que esperar da cimeira do clima que começou ontem em Paris? Muito pouco ou quase nada».

Quando o imoral se torna banal

«São estas empresas, estes empresários, banqueiros e advogados que não hesitam um segundo em exigir mais austeridade enquanto clamam por novas descidas no IRC, cavando assim uma desigualdade - entre trabalho e capital - que ninguém parece querer encarar».

Pôr o burro a correr

«Conseguir a prosperidade do País com equilíbrio das contas públicas a partir do consumo e ainda agradar a gregos e troikanos é mais difícil do que pôr um burro a correr à frente de um Ferrari na Calçada de Carriche».

Na vida como na política, cão que ladra não morde

«Cavaco Silva deu com uma mão o poder aos golpistas de esquerda e com a outra tentou iludir os milhões de portugueses indignados com a maior fraude da democracia».

Queridas parcerias!

«O novo governo entrou em funções há dias. É o momento de chamar a atenção para as PPP, "parcerias público-privadas", invenção europeia desenvolvida especialmente em Portugal!».

Assalto no IMI

«Este ano o Fisco vai bater um novo recorde com este imposto que reverte para as câmaras».

O balanço é uma desilusão

«Cavaco teve de se contentar com os «papeluchos da esquerda», sem ninguém para aguentar o país em gestão. E deixa Belém pela porta pequena, apesar de 20 anos de vida pública cheia de vitórias e êxitos».

A sobretaxa que nos enganou

«O que nenhum Governo pode fazer é, no meio de fortes sacrifícios impostos aos cidadãos em matéria tributária, acenar com benefícios fiscais que dificilmente se concretizarão. Começa a perder-se a paciência para a demagogia!».

Avisos

«O PS gosta de pensar que, se o PCP ou o BE roerem a corda deste Governo, ficam com o ónus de terem derrubado a Esquerda. O PS tem-se em demasiada boa conta: o PCP e o BE desprezam profundamente o PS e, se necessário, não terão dificuldade em convencer os seus militantes e simpatizantes que, afinal, voltou o bom velho PS "fascista" e "neoliberal". Não se preocupem que não vou cobrar por este aviso».

António Costa: «El gran prestidigitador»

O primeiro-ministro português visto pelo El País.

A dívida e o défice

«A dívida ambiental não sofrerá redução ou perdão. Será paga até ao fim por todos aqueles que ainda não nasceram. Em Paris não faltarão nem capital nem tecnologia para impedir o pior. O grande e invencível obstáculo é o défice ético. Costuma ter, lamentavelmente, a última palavra».

O governo e o novo PS

«A escolha obedece a um luminoso critério: são, sem faltar um ou uma, criaturas de Costa».

O Governo da Esquerda

«É missão indeclinável do Governo da Esquerda enfrentar as terríveis ameaças que impendem sobre nós e os nossos vizinhos, que colocam em sério perigo as nossas instituições, alteram os nossos modos de vida e degradam o próprio regime democrático. É a hora!».

Novo tempo

«A imprensa livre é um dos mais preciosos diamantes dos regimes democráticos».

A nódoa no currículo

«Num país que cultive valores democráticos, um advogado envolvido numa providência cautelar como a de Sócrates contra o CM nunca seria chamado ao Governo. E teria vergonha desta nódoa no currículo». 

Avante camaradas: período de golpadas em curso (PGEC)

«Há 40 anos o PS lutou contra as forças totalitárias minoritárias. Hoje perdeu referenciais e está nos braços da mesma extrema-esquerda que tem no PS o seu arqui-inimigo».

Memórias de Abril

«Percebe-se que hoje os socialistas não queiram meter-se em questões que consideram "artificiais" face à fragilidade do acordo que têm com PCP e BE. Mas isso é o mesmo que ir apagando as memórias do PS e do seu líder histórico, que foi o vencedor do PREC».

Razões da violência

«Então como se acaba com o terrorismo? A resposta é difícil, mas algo é evidente: os meios usados até agora só pioram tudo».

Duvido, logo existo

«Aníbal Cavaco Silva ficará na história como o presidente que viu uma tradição de mais de 40 anos cair por terra».

Rebentou a bolha

«Em Bruxelas estão sediadas as grandes instituições ocidentais e o maior centro de "formação" de jihadistas europeus do ISIS em termos per capita».

Calma, golpistas de esquerda! Cá se fazem, cá se pagam

«Manter o actual executivo em gestão permite adiar o ataque do PCP e da CGTP à concertação social e ao Código do Trabalho antes das novas legislativas antecipadas».

Cavaco 6 - Costa 0

Nada que atrapalhe o líder do PS, como poderemos ver, através de mais palavras, palavras, palavras... Será que objectivo de António Costa é mesmo não ser indigitado por que sabe que não vai a lugar nenhum?

António Costa: o sorriso (foto MANUEL DE ALMEIDA/LUSA)

Produção hollywoodesca no zénite

PR recebe António Costa.

O que a casa gasta

«Resta a Cavaco nomear um governo do PS, com apoio do BE e do PCP. O que Cavaco pode fazer é, talvez, acrescentar a isso umas notas pedagógicas. Pedagógicas para Costa, em primeiro lugar, fazendo-lhe notar o grau de desconfiança nas instituições e nas práticas institucionais que o seu estratagema introduziu. Conhecendo nós agora o artista, isto entraria a 100 pelo ouvido direito de Costa e sairia a 200 pelo esquerdo, mas ficaria dito». 

Vítima do fascismo

«Sócrates continuou ontem o seu roteiro de vitimização e juntou uns amigos numa almoçarada. Debitou as habituais queixas da Justiça e aproveitou a embalagem para se apresentar também como vítima política de Cavaco Silva, pela queda do seu governo em 2011». 

Filhos e enteados

«Deixem lá o PS governar. O futuro é como o caminho: faz-se caminhando».

A hemorragia

«A direita acredita que teremos futuro proletarizando uma nação inteira, colocando-nos como meros peões de centros de decisão externos».

Terrorismo e liberdade

«Não é tempo de ceder aos terrorismos, nem àqueles que, abutres, não resistirão em aproveitar-se dos cadáveres e emoções ao rubro para tentarem reverter o terror em seu proveito – desmerecendo do atual modelo policial e de justiça criminal, reivindicando reformas de índole mais musculada (e orwelliana), que juram ser mais eficientes. Falso e perigoso. Uma sociedade refém dos seus medos deixa de ser livre!». 

Paris e Lisboa

«Os atentados de 13 de Novembro podem mudar a União Europeia num sentido ainda difícil de antecipar». 

O maior sujeito da história

«Hoje somos governados por "senhoritos satisfeitos". Em vez da agenda para uma Europa com futuro, têm uma lista de desejos e clientelas apressadas por satisfazer».

Louça dá tiro de partida

«Louçã critica PCP e a não assinatura de acordo a três».

Terrorismo: mais e mais tretas

Enquanto as democracias ignorarem o que está a montante do fundamentalismo mais e mais atentados farão vítimas inocentes. As declarações de unidade inflamadas, a resposta bélica e a restrição dos direitos e individuais é mais do mesmo no (pretenso) combate ao terrorismo. 

Pagar por poupar

«A aposta na dívida pública por detentores de pequenas poupanças acaba por ser racional: os juros oferecidos são melhores e não há comissões que acabam por engolir esse rendimento». 

O sapo de Cavaco

«Portugal já não tem Conselho de Estado? Cavaco deve tomar uma decisão rápida, ou PCP e Bloco ainda encontrarão lugar no governo de Costa. Depois, com uma solidez reforçada, o sapo a engolir por Belém será muito maior. Ou não?».

O direito a morrer

«"Se os mortos falassem, já se tinha despenalizado a morte assistida há muito tempo", ironizou, na apresentação do movimento cívico, o médico João Semedo. O debate começou agora. Com serenidade, aceitemos todos o desafio de não o deixar morrer. Por respeito aos vivos».

Paris: Crimes contra a razão e a luz

«Nenhuma reposta aos crimes ocorridos em Paris pode assentar nunca na hesitação e na condescendência com as forças do obscurantismo, do fanatismo e da servidão que os inspiraram».

O terror em Paris

«A maior incompreensão que existiu entre a Europa e a América resultou da forma diferente como uma e outra entenderam o 11 de Setembro. Para a Europa tratou-se de um simples ataque terrorista, enquanto a América o considerou um acto de guerra».

Beneficiários ao poder

«Talvez haja outra razão, mas a actual situação política parece resultar apenas de António Costa querer pôr no Facebook que foi primeiro-ministro. Se era tão importante enterrar o PREC e o Muro de Berlim, fazendo acordo com PCP, PEV e BE, por que razão nunca falou disso até perder as eleições?».

De que se alimenta o terror?

«O Estado Islâmico não é uma invasão muçulmana. Alimentou-se de regimes reacionários, de conflitos étnico-religiosos, e do próprio combate ao terrorismo. Só a democracia e a recusa do ódio o podem vencer».

António Costa: RTP ao serviço

António Costa voltou à RTP! Nem uma insinuação (irritação) sobre o entrevistador? Mansidão instrumental? Conclusão: António Costa está desesperado e a RTP continua ao serviço...

António Costa: o sonho ui,ui

«Cavaco Silva: "Eu estive cinco meses em gestão».

Obama é o escudo protector dos bárbaros do Estado Islâmico

«A política externa ocidental revelou-se um autêntico desastre».

François Hollande: o regresso do ridículo Bush

O paleio balofo e inconsequente, típico de uma certa esquerda hipócrita e falida, regressou a França. Depois de ter sido eleito presidente da República, com promessas delirantes que não cumpriu, François Hollande promete aos franceses erradicar o terrorismo radical. E ainda há quem o leve a sério...

Fundamentalismo: o verdadeiro inimigo

Os atentados de Paris e a lógica do olho por olho são mais do mesmo. Não aprendemos com os erros do passado. Nem conseguimos libertar-nos da propaganda de parte a parte. O principal inimigo dos valores civilizacionais é o fundamentalismo, seja ele qual for, venha de onde vier, vista fato e gravata ou “thoub” ou a “jalabiyah”.

Made in ISIS

«Muitos estarão tentados a militarizar a resposta contra o ninho do ISIS na Síria. Mas uma coisa é ser duro, outra é ser voluntarista. Uma invasão terrestre maciça é o que o ISIS mais quer».

Novembro em Paris

«Não se pode reagir ao terror com outra forma de terror, pois isso seria de certa forma a vitória da ameaça que enfrentamos e queremos combater, assim se trazendo para dentro do nosso modo de vida um terror de tipo concentracionário».

Nós, os Europeus!

«O que um Europeu quer é poder viver numa terra em que no mesmo dia pode decidir, livremente, se entra numa Igreja Católica, Ortodoxa ou Protestante, numa Mesquita ou num tempo judaico. Se é de esquerda, ou de direita. Se é monárquico ou republicano. Se é religioso ou ateu».

Armadilhados

«Uma democracia que deixe o espaço público entregue a estes grupos resvala para a guerra civil».

O que semeamos

«Cada um de nós, à sua escala, é responsável pelo que semeia. Falta ternura no Mundo».

Terrorismo contra o futuro

«O ISIS tem nos Estados sunitas ricos em petróleo a sua principal fonte de financiamento. Quem se poderá admirar que tenham o atrevimento de querer boicotar uma cimeira que defende um futuro cada vez mais livre desse combustível, tão danoso para o equilíbrio climático global? Quem controla a agenda, controla o futuro».

O nosso dinheiro

«Sim, no quadro da lei, o dinheiro é de facto das pessoas, dos pensionistas e dos funcionários públicos, de quem paga impostos e contribuições. O nosso problema é que esse dinheiro é pouco e as dívidas do País são muitas».

Fundação Berardo

«Um dos elementos mais estranhos do programa de Governo do PS, negociado com o PCP e o Bloco de Esquerda, está no proclamado objectivo de manter a colecção Berardo em Portugal».

Uma vítima

«As eleições que Costa perdeu foram apenas a primeira volta das eleições que ele espera ganhar».

As secretas e a nova maioria de esquerda

Muito se tem falado sobre economia e finanças, em detrimento de outros temas tão importantes como, por exemplo, a justiça e a segurança. Vai ser muito interessante assistir ao que se vai passar nos próximos tempos em relação aos serviços de informações. E para quem não tem muita memória basta recuar a Fevereiro de 2015:  «Secretas: silêncio que a coisa passa».

Vai de golpe?

À luz do debate aceso que está em curso, um turista acidental, que chegue ao nosso país, poderá ser tentado a apanhar o primeiro avião de regresso a casa por temer que, a qualquer momento, possam ser iniciados movimentos militares para restabelecer a ordem democrática.

Novo Mundo

«A direita tem de fazer o luto e aceitar a nova normalidade, à espera de melhores dias».

Os cenários de Cavaco

«O Presidente da República tinha os cenários todos estudados mas necessitou de fazer um discurso ‘preventivo’ contra a aliança de PS, PCP e BE. Acabou por regar o fogo com gasolina. Sabia muito bem o que fazer mas necessitou de um segundo apelo – mais cordato mas quase penoso – sobre as linhas vermelhas que o próximo governo não pode ultrapassar em matéria de compromissos internacionais e financeiros». 

E agora, Senhor Presidente?

«De facto - e de direito! - a larga margem de apreciação dos resultados eleitorais de que o Presidente gozava anteriormente - sobretudo, neste quadro parlamentar em que nenhuma força política obteve a maioria absoluta - fica agora condicionada pela interpretação feita pelos próprios representantes eleitos, do sentido do mandato que receberam».

Governo de esquerdas: solução comum na Europa e totalmente legítima!

«Não resta outra opção ao PR senão indigitar o Dr. António Costa como primeiro-ministro de um governo do PS apoiado no Parlamento pelo BE e pelo PCP/PEV».

Quadratura de Costa

«Desta tensão entre as expectativas e a realidade das contas vai depender o futuro do novo executivo». 

O Governo foice

«Este entendimento à Esquerda só será verdadeiramente histórico se, no fim da linha (um orçamento ou uma legislatura, logo veremos), Costa, Catarina e Jerónimo provarem que é possível devolver dinheiro e esperança aos cidadãos mantendo as contas em ordem e honrando os compromissos externos».

A luta continua...

E a vidinha também.

Cuidado com o que desejas

«O PR não deve bloquear o caminho de António Costa, para não acentuar a instabilidade e o alarme que diz querer evitar no país. Mas o futuro PM vai para São Bento apoiado em dois compromissos à sua esquerda que mais parecem listas de compras, em que não aparece uma única vez o nome da coisa que interessa e faz doer: "política europeia"».

A responsabilidade de Centeno

«Claro que não é saudável que os mercados se sobreponham à política, tirando sentido à democracia. Esse é um problema que exige o enquadramento político internacional da globalização, algo que – a concretizar-se – levará o seu tempo. Para já, na situação portuguesa não ligar aos mercados pode trazer um segundo resgate, ou seja, uma nova e mais dura austeridade para as pessoas».

As esquerdas e os mercados

É preciso muita ingenuidade: ainda há quem acredita que há uma relação directa entre os acontecimentos políticos e funcionamento dos mercados financeiros. Ora, o sucesso dos mercados financeiros está na capacidade de antecipação em relação aos factos. Há quem lhe chame desconto...

A crise política e a verdade dos media

«Durante muitos anos, os media criticaram – e muito justamente – o pendor formalista de muitas decisões da justiça portuguesa. A justiça ouviu, aprendeu e procurou emendar-se. Talvez fosse tempo de os media – especialmente a televisão – se auto -analisarem e, para não dizer mais, corrigirem os vícios formalistas de uma retórica que já muito se assemelha a pura e simples propaganda».

Golpistas da esquerda: e que tal irem juntinhos a novas eleições?

«E aí, assim, juntinhos de facto, sem mentiras e golpes, podem ganhar legitimidade para levarem o país à quarta bancarrota em 41 anos de democracia. Se Cavaco os deixar governar e o próximo Presidente assobiar para o lado e não convocar eleições, não se admirem do que vos poderá acontecer quando vier um novo resgate e o povo voltar a sofrer o que sofreu nestes últimos anos. Estes crimes raramente ficam sem castigo».

Felizmente há luar

«É a esperança que renasce. Respeitá-la, fazê-la crescer e alimentar uma sociedade capaz de se mobilizar, de exigir e confrontar, é o maior dos desafios».

Não, isto não é a revolução de Outubro. Tenham calma

«Se isto vai ser fácil? Não vai. Nada é fácil numa Europa capturada pelo “there is no alternative”, um refrão comungado por socialistas e liberais europeus. Mas a perestroika de Jerónimo de Sousa, a mudança de paradigma no Bloco e a ousadia de António Costa vão permitir mudar qualquer coisa em Portugal. E esse qualquer coisa é, só por si, histórico».

Abaixo o sistema, viva o regime!

«O problema deste Governo à esquerda em Portugal não está naquilo que não vai ser - porque sabemos que não vai ser nada contrário àquilo que a Europa e os credores permitirão que sejamos. Temos, portanto, um Governo deste regime. A questão é outra: sem vitória, sem glória, sem autoridade, sem verdadeiramente ter um Conselho de Ministros, o problema é não haver ideia alguma sobre o próximo Governo irá ser».

António Costa: silêncio penoso

Não me recordo, em nenhuma circunstância, do líder do maior partido da oposição da oposição parlamentar entrar calado e continuar mudo no debate do programa do governo.

Juro que não

«O dr. Cavaco irá dar posse a uma balbúrdia, por definição instável e incoerente, e ainda por cima bastante mais curta do que ele pensa. No meio desta catástrofe só me espanta o dr. António Costa: não o achava estúpido, juro que não».

Um plano

«Eis, portanto, o plano de Costa: salvar-se agora com o apoio do BE e do PCP a ver se o dispensa no futuro. Pelo menos o do PCP, pois isto está com ar de que muita coisa bonita ainda vai acontecer adiante entre o PS e o BE. Se o plano funciona ou não, isso é outra história».

O próximo governo do Mississipi

«O acordo das esquerdas, liderado por António Costa, concentra-se no imediato, em vez de exigir aos aliados ocasionais uma lealdade inabalável no mais importante: uma estratégia nacional de renovação europeia que mobilize o país e suscite apoios nos nossos parceiros, sem desafiar inimigos que não estamos ainda em condições de combater. Um governo forjado num compromisso que cala o essencial para a sua perenidade nas lutas que se avizinham arrisca-se a uma existência efémera».

Assim se vê a força de António Costa

O PCP falou. E Jerónimo de Sousa não podia ser mais claro: estabilidade, sim, mas logo se vê o que vai acontecer em relação a cada decisão, medida e orçamento. António Costa, derrotado em 4 de Outubro, não tem força para mais. E, para salvar a pele, já começou a engolir em seco. 

Palavra de Jerónimo

«O PCP não dá o cheque em branco que Costa queria e vai ficar com um pé de cada lado. Um dentro da solução a capitalizar tudo o que seja para dar ao povo, outro de fora para levantar o sobrolho de cada vez que o PS tenha um desvio social-democrata».

António Costa: quando os truques correm mal

«Assis antecipa para sexta-feira o encontro da corrente alternativa a Costa»

Acordo histórico à esquerda e as caras fechadas

Estamos a viver um momento especial? Histórico para as esquerdas? É possível que sim, mas as caras fechadas dos líderes do PS, BE e PCP não podiam ser mais contraditórias com o clima artificial de euforia que foi fabricado nos últimos 30 dias.

Passos Perdidos

«O que se passa nestes dias é absurdo. Ninguém conhece nem se interessa pelo programa de Governo que vai ser discutido na próxima semana e há uma enorme excitação em torno do acordo para um Governo do qual não existe a certeza se chegará a ser empossado».

Governar sem ganhar

«Se Costa vier a governar, isso será democraticamente legítimo, mas o clima de contestação vai ter pasto para arder».

Passos da cruz

«Sem o amparo da troika e perdida a maioria parlamentar, aquilo que a coligação de Direita necessitava, absolutamente, era de um PS resignado e compassivo, de uma "oposição séria e responsável", surda, muda e impotente. Quantas almas caridosas responderão a este lancinante apelo? Irrelevante, como veremos!».

Cavaco nunca gostou de dúvidas nem de incertezas...

«Parece-me uma união quase impossível e cada vez mais se adivinha um governo de gestão até ao dia em que possa haver novas eleições...».

Dar vista aos cegos

«O Papa Francisco anda alegadamente a fazer uma grande revolução na Igreja. Mas, quando os jornalistas lhe perguntam se ele acha que ela o seguirá nas suas ideias, ele responde sempre: "Eu é que sigo a Igreja." Esta resposta mostra a drástica dissonância que impede esses jornalistas de sequer começar a entender a realidade. O Papa segue a Igreja, como a Igreja segue Cristo. Nestes assuntos nunca esteve em causa mais nada».

O negócio da moção

«Os tempos podem ter mudado, mas o PCP nem tanto».

Providência cautelar à Cofina é «confissão de impotência»

«A prisão preventiva é para investigar, o que não pode ser é para não investigar».

Só Cavaco Silva pode travar os golpistas Cocó, Ranheta e Facadas

«Como se vê, a procissão ainda não saiu do adro e a esquerda golpista ainda vai penar muito para chegar ao pote. O Cocó, a Ranheta e o Facadas, que desprezam o voto e os sacrifícios dos portugueses, vão ter em Belém o último resistente à formação de um governo golpista que ia atirar de novo o país para a bancarrota».

A próxima golpada

«António Costa transformou um dos maiores fracassos da política portuguesa numa vitória: é como se D. Sebastião, depois de perder em Alcácer-Quibir, tivesse reaparecido como sultão de Marrocos».

Acordo à esquerda

Nos últimos 30 dias, diariamente, um ou outro protagonista da maioria de esquerda aritmética que domina o parlamento anuncia que existe um acordo entre PS, BE e PCP, embora ninguém saiba o que contem. Bom sinal? Mau sinal? Prenúncio de um acordo faz-de-conta para chegar ao poder? Para já, só me ocorre o adágio: Pernas para que te quero... 

A amarra orçamental

«O que evita males maiores é a injeção do BCE, que mantém os juros baixos e já comprou quase 9 mil milhões da nossa dívida. Em outubro, adquiriu 1184 milhões de euros. Mas esta atitude do BCE tem uma contrapartida: exige o cumprimento do Tratado Orçamental, que nenhum governo nacional pode quebrar impunemente».

Jogo de crianças

«Coincidem os partidos de António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa naquilo que ficou por fazer na anterior legislatura? Na reforma da função pública, nas medidas para conter a despesa do Estado, nas medidas para desburocratizar o País, no incentivo às pequenas e médias empresas? Quando pensam em dinheiro, que não existe, a que estão dispostos para ir buscá-lo? Ou cospem para o lado porque o metal é vil»? 

Não é para quem quer, é para quem pode

«O que temos, não só aqui, mas um pouco por todo o Mundo, são grandes corporações com um incomparável poder político, e cuja estratégia de acumulação de riqueza passa, em larga medida, por explorar buracos legais gentilmente concedidos pelos estados. E o Mundo assiste, porque isto da fuga ao Fisco não é para quem quer, é para quem pode».

As três Turquias

«O sucesso eleitoral do medo e da inerente estratégia de colisão nacional num país tão dividido, pode torná--lo ingerível, incendiado e irrecuperável».

Dinheiro pago pela PT aos accionistas da Oi na mira dos investigadores

«Há inquéritos em curso confirmados pelos ministérios públicos de ambos os países relacionados com a abrangência dos contactos que se estabeleceram entre os círculos próximos do ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e os do ex-primeiro-ministro José Sócrates.  

Um clima de guerra civil

«Vivemos uma mutação política radical que vem do tempo de Sócrates, sobretudo a partir do momento em que perdeu a maioria absoluta e lançou a sua guerra contra tudo e contra todos».

Esquerda e o poder

«É agora, os sinais são mistos: o BE parece tão ansioso quanto o PS para lá chegar, aparecendo assim como uma espécie de CDS do PS, pragmático e pronto a viabilizar soluções de governo. O PCP é que não parece tão à-vontade. Já todos percebemos que o BE não se importaria de ser o PS no lugar do PS, o grande partido de esquerda num regime como o nosso. Demorou a lá chegar; por causa disso, desfez-se de algumas das suas melhores promessas; mas parece que, enfim, chegou». 

Fasquia de morte

«Uma coisa é certa: euforias à parte, se há coisa que o PS não pode aceitar é uma relativização das metas do défice, que tanto o PCP como o BE têm feito. Essa é a fasquia da morte coletiva que nenhum pode aceitar».

Novo PREC ou PPPC?

«A hemorragia económica e demográfica do país exige uma mudança, prudente e profunda, simultaneamente nacional e europeia, que a direita não quis operar. Costa poderia tentar pressionar essa mudança a partir da trincheira da oposição, como sugere Francisco Assis. Preferiu arriscar uma aliança inédita, insólita e incerta à sua esquerda. Por egoísmo patriótico, espero estar errado quanto às probabilidades de sucesso desta aventura, que já passou a fase de não-retorno».

Crise: a berraria que por aí vai

À direita e à esquerda, os nervos estão à flor da pele, como se o país estivesse à beira do fim. Sosseguem os mais agitados: Portugal tem séculos de história e já aguentou muito mais do que aquilo que aí vem. E, afinal, é coisa só para uns meses...

Palavras para quê?

«O CDS e o PSD devem ouvir e calar; e sair daquela mascarada dignamente e sem comentário de espécie alguma. A esquerda que fique por lá num comício íntimo a repetir o que já disse em toda a parte. O país que os veja bem sem interrupção e que tire as suas conclusões. Sem ruído, como quem assiste a um espectáculo para sua edificação».

41 anos depois… a Censura

«A decisão da juíza, é gravíssima. Não se limita a prevenir uma situação em concreto (é para isso que servem as providências cautelares); estende a proibição a informação de toda a "Operação Marquês". Isto tem um nome: censura. Se a juíza está preocupada com o segredo de Justiça, deve deixar que os órgãos competentes da própria Justiça investiguem quem e como o está a violar. Não pode proibir jornais de cumprirem a sua função».

Os seis telemóveis de José Sócrates

«José Sócrates sempre conviveu mal com a liberdade de expressão e de informação. Enquanto foi governante, recorreu inúmeras vezes aos tribunais com processos-crime e cíveis para silenciar a informação que não lhe agradava. Apresentava pedidos de indemnização de elevado valor para intimidar os jornalistas e as empresas de comunicação social, uma vez que estas são obrigadas a contabilisticamente provisionar esses pedidos. Tanto quanto sei, sem grande sucesso final, mas com o desejado desgaste dos seus críticos».

Em Democracia quem ganha toma posse

Num país democrático quem ganha eleições tem o direito de governar. E o futuro dirá qual é a sorte do XX governo constitucional.

Não perder a cabeça

«O PSD e o PS, no governo ou na oposição, têm de colaborar na resolução do maior problema nacional de que são os principais responsáveis: como desarmar a armadilha em que se transformou a zona euro, regida por um cruel Tratado Orçamental. Portugal poderia ter integrado a UE sem se meter na zona euro. O PSD e o PS é que nos empurraram para aí. Cavaco Silva deveria lembrar-se de que é ele quem está a sorrir na triste fotografia da assinatura de Maastricht (7 de fevereiro de 1992), ao lado direito de Mitterrand. O país precisa da cooperação entre adversários. Não de inimigos suicidas».

A destruição destrutiva

«Andámos mais de quatro anos a mudar as regras que mais prejudicavam o país, a tentar aproximar-nos das melhores práticas, das que fazem o desenvolvimento. É verdade que foi por imposição da troika, mas fez-se. Agora o que se perspectiva é o regresso ao passado, uma destruição destrutiva. Por motivos puros de conquista ou manutenção do poder».

308 governos

«Não será de mais assinalar que, nestes tempos de aperto, as autarquias conseguiram baixar as suas dívidas para valores que não se registavam desde 2010, diminuindo investimento, é certo, mas também cortando em gastos e no número de trabalhadores».

'Pistoleiros'

«A expressão voltou agora à ribalta e a merecer destaque mediático, pela qualidade e circunstância do "repristinador" que, também ele, apelida de "pistoleiros" não os criminosos mas os que se atrevem a desafiar e confrontar as novas formas de "banditismo". Coisas!».

Fazer amigos

«A providência cautelar contra este jornal constitui um acto de censura prévia que envergonha qualquer democrata. Mas, quando sabemos que a defesa de Sócrates pretendia 350 mil euros por cada notícia publicada sobre a Operação Marquês, é difícil não simpatizar com os rapazes. De facto: está um homem habituado a um nível de vida parisiense, ao que consta sustentada por um amigo que leva qualquer um à loucura da inveja».

A falsa tese da marginalização política da extrema-esquerda

«A extrema-esquerda parlamentar optou deliberadamente – com uma legitimidade, de resto, inatacável – por um acantonamento político impeditivo de qualquer participação não só na esfera estrita da governação, como no horizonte mais vasto de definição das grandes prioridades nacionais. Não foi excluída: auto-excluiu-se em nome da fidelidade a um modelo de regime e de organização económica e social claramente repudiado pela maioria dos cidadãos portugueses. Tentar inverter a situação releva de despudorado cinismo político. Seria bom que alguns actuais deputados do Partido Socialista que andam por aí levianamente a proferir barbaridades olhassem com mais rigor para a história do partido que conjunturalmente representam».

Governo de S. Martinho

«O XX Governo arrisca ficar nos livros como um dos mais curtos de Portugal».

Juíza dita mordaça fora da lei ao CM

«Decisão leva juristas a falar em censura prévia».

Um presidente para quê?

«O Presidente terá de explicar em breve o que pretendia efetivamente dizer. Porque não lhe compete discutir a natureza nem a legitimidade das escolhas do povo soberano mas apenas submeter ao Parlamento uma solução de Governo estável e duradoura, que corresponda à vontade democrática expressa nos resultados eleitorais».

Portugal e o brexit

«A UE, sem o Reino Unido, é um objeto político ainda mais indecifrável e ficará mais fraca, desagregada e ingovernável. Não há como escapar ao pessimismo».

Incoerente, paroquial e falho de cultura política democrática

«Se há coisa que Costa disse taxativamente, foi que não se aliaria à direita. Por que é que esta promessa é ostensivamente ignorada?».

Sócrates, a liberdade de imprensa e os jornalistas Assistentes

A tentativa de parar a investigação do Correio da Manhã estava escrita nas estrelas, pois as revelações do matutino e da CMTV têm deixado meio mundo de boca aberta. Outra discussão é a questão dos jornalistas se constituírem como Assistentes nos processos judiciais. Ao optar por este caminho, legítimo e legal, então a observância do segredo de justiça é inevitável. Sempre defendi que os jornalistas deviam ficar do lado de fora dos processos, apostando no seu trabalho de escrutínio e no recurso às suas fontes. Só assim podem enfrentar qualquer tentativa de impor a lei da rolha.

Cavaco acabará por nomear Costa

«Como Cavaco sublinhou no discurso que uniu as hostes do PS, começou o tempo dos deputados. O que vier a acontecer é responsabilidade do Parlamento. Costa terá a obrigação de governar à esquerda sem fazer afundar o País com o gasto de milhões que a economia não gera».

Portugal para trás

«Em Portugal, quem nomeia os governos é o Presidente e não o parlamento. Este apenas os pode rejeitar».

Contratados a prazo

«O Governo com que Passos Coelho vai enfrentar no Parlamento a prometida maioria estável de Esquerda está longe de ser uma arma de afirmação maciça. Não é, sequer, o corpo feroz de combate que alguns anteviam. Dificilmente poderia sê-lo: a espada que pende sobre a cabeça da coligação de Direita está mais afiada do que a língua de Cavaco Silva. A primeira vez que o Executivo se for mostrar à Assembleia poderá, muito provavelmente, ser a última».

A ratoeira

«A situação económica nacional parece uma armadilha montada para caçar o próximo governo. Apesar disso, a atracção pelo poder é tal, que todos os partidos se atropelam para entrar na ratoeira. A insólita circunstância deve mais ao acaso do que ao planeamento, mas o resultado é iniludível».

Passos Coelho: o novo governo é uma desilusão

Até pode ser injusto, mas Pedro Passos Coelho revelou, mais uma vez, falta carisma para formar uma equipa ao nível das actuais circunstâncias.

Poderes que conheço

«Os únicos poderes ocultos que conheço nesta área são os dos políticos como ele, que contam com a cumplicidade de uns quantos juízes, procuradores, polícias e jornalistas para os tirar de apertos e subverterem por completo a ideia de que a justiça é igual». 

Luaty Beirão termina greve de fome

«Ativista angolano escreveu carta».

Luaty, reacções e o futuro de um país

«As manifestações pela liberdade dos detidos ganharam força com a greve de Luaty Beirão e relevância em Portugal pela sua dupla nacionalidade».

Uma notável lição de democracia ao golpista Costa

«O Presidente da República fez quinta-feira o melhor discurso do seu mandato de dez anos ao liquidar a fraude e o golpe que as esquerdas andaram a tramar contra o povo português».

A tempestade de Schäuble

«A crise da Europa está prestes a entrar na sua fase mais perigosa. Depois de forçar a Grécia a aceitar outro acordo de resgate do tipo "prorrogar e fingir", estão a ser definidas novas batalhas. E, com o fluxo de refugiados a expor os danos causados por perspetivas económicas divergentes e o enorme desemprego jovem na periferia da Europa, as ramificações são nefastas, como as recentes declarações de três políticos europeus - o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, o ministro da Economia francês Emmanuel Macron e o ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble - deixaram claro».

A hora negra do regime

«Há desde já um facto a que possivelmente já não iremos conseguir escapar: a ruptura das regras de confiança política na nossa democracia».

Sócrates e os limites do escrutínio

A declaração pública de José Sócrates, em Vila Velha de Ródão, distrito de Castelo Branco, foi mais do mesmo, aliás, bastante aquém da acutilância de outros tempos. E foi inútil. Tanto para influenciar o processo judicial em que o ex-primeiro-ministro está envolvido, como para o escrutínio sobre a justiça. A generalidade da comunicação social e da classe política só parecem estar interessados, respectivamente, na discussão casuística e na manutenção/conquista do poder.

A lição de José Sócrates

«Não é admissível que um suspeito de corrupção e fraude fiscal que foi líder de um Governo estabeleça uma intencional comparação com o caso dramático de um ativista político em greve de fome, em que o único crime que lhe é imputado é o de se manifestar contra o poder instalado em Luanda». 

O poder oculto

«Sócrates tem toda a propriedade para falar em poder oculto».

Escavacar

«Essa maioria - esse arco constitucional - hoje tem por base os partidos que estão em diálogo para a construção de uma alternativa democrática de governação, mas inclui ou deve incluir também todos os democratas, mesmo os que apoiaram no passado partidos que integram a atual coligação de Direita. A plataforma de entendimento é simples: não permitir que escavaquem o nosso país e a Constituição da República, pilar da nossa democracia».

E se Passos recusar liderar um governo de gestão?

«A confusão em que o país está mergulhado tem apenas um culpado: António Costa. Na noite da derrota eleitoral assumiu que não tinha conseguido alcançar o que pretendia e que quem tinha ganho as eleições tinha sido a coligação. Se não concordava com o plano do PSD e do CDS bastava-lhe esperar que os deputados tomassem posse e nesse momento apresentaria uma moção de rejeição e trataria de apresentar uma alternativa. Costa sabe muito bem que em 40 anos de democracia nunca o segundo partido mais votado foi convidado a formar governo».

Grito abafado por tambores

«Com o desespero de quem recusa a sua irremediável derrota perante a realidade. Cavaco sempre esteve aquém do cargo presidencial, e falta-lhe tudo para a verdadeira coragem, que, como escreveu Hemingway, consiste em não perder "a elegância debaixo da pressão"».

Cavaco Silva: um triste adeus

O presidente da República despediu-se, ontem, não de todos mas de uma parte dos portugueses. Enredado na sua própria teia, Aníbal Cavaco Silva anunciou o óbvio: a indigitação de Pedro Passos Coelho; acrescentou o desnecessário: lançou combustível sobre a esquerda; e omitiu o fundamental: saber se vai obedecer à decisão da maioria dos deputados eleitos.

Medo

«Vive-se com medo do futuro incerto, medo de dizer e escrever, medo de não agradar a quem no momento manda, medo de perder o emprego, de envelhecer, medo de...viver! Algo impensável há não muito tempo atrás em que se julgava que isso eram coisas enterradas. Pior é que se vão multiplicando, por aí, criaturas que se alimentam e medram, abusando destes medos que escravizam. É aqui que a Justiça não se pode esconder e, quando convocada, deve mostrar que... "ainda há Juízes em Berlim"». 

Extinções

«O PS não gostou da decisão do Presidente da República. Que ingratidão, rapazes: ao indigitar Passos como primeiro-ministro, Cavaco Silva salvou o PS da extinção imediata. Desde logo, ao conceder mais algum tempo para que os deputados do PS que ainda não enlouqueceram possam pensar melhor sobre o futuro do partido. Um partido que António Costa tomou como refém».

Brincar com o fogo

«O que garante o crescimento é a confiança no futuro, é acreditar que se consegue prever as grandes linhas do futuro. Ninguém consegue ter essas certezas se tem no país um governo apoiado por partidos que são contra um dos pilares essenciais do regime, o euro. Temos estado a brincar com o fogo».

Aprender democracia

«Um entendimento também correto do que é a nossa democracia fez ontem o presidente comunicar ao país que irá deixar para a Assembleia da República a decisão final sobre a viabilização ou não do Governo de Passos Coelho. É o momento da "responsabilidade dos deputados" em toda a sua liberdade, em todo o esplendor da democracia. Resta esperar que, ao contrário do que insinuou, Cavaco Silva esteja também disponível para fazer a leitura correta daquilo que irá ser debatido e votado no Parlamento».

Portugal calado enquanto a Europa defende Luaty Beirão

Começa a ser difícil de suportar o silêncio do governo sobre Luaty Beirão e os seus companheiros. Por toda a Europa levantam-se vozes para evitar a tragédia. Por cá, o silêncio cúmplice. Até António Costa faz-de-conta...  

À Esquerda!

«As mudanças que vivemos colocaram de novo a política no centro de todos os debates e isso é um bom augúrio para a democracia».

A geração Oslo

«O reacender da violência em Israel levou muitos a apontar a abertura da terceira Intifada».

Pesada fatura

«A euforia nunca foi boa conselheira e a esquerda parece excessivamente inebriada com o perfume do poder que se adivinha».

Passos Coelho indigitado: socialistas descontentes no governo?

Os cenários estão todos em cima da mesa, enquanto Cavaco Silva não fala ao país. Mas há um que pode surpreender: a tentação de Passos Coelho, se for indigitado para formar governo, em convidar personalidades de peso da esquerda, nomeadamente da área socialista.

A fórmula de Costa

«Se Costa perder o Governo, perde o PS».

Um governo de fábula

«António Costa parece neste momento a rã que quer atravessar o rio, levando no dorso o escorpião que a morderá, pedindo este depois desculpa, porque tal corresponde à sua natureza. O país é que não devia ser sujeito a isto».

Quebra do quadro político

«Aquilo que as urnas não fizeram acaba por acontecer na secretaria. São as negociações entre o PS e os partidos à esquerda para uma solução de governo que quebram de forma irredutível a estrutura clássica da democracia portuguesa. Maioria de esquerda existiu em 22 dos 40 anos de democracia, sem que nunca um ajuste destes se tenha sequer esboçado. Desde 1975, a extrema-esquerda sempre invocou a tal maioria favorável, tentando seduzir os socialistas para arranjos. Foi a patente recusa destes que impediu a ideia de florescer. Tem de ser pois no PS que se encontra a explicação da novidade».

António Costa será sempre derrotado

«Costa não vê as consequências do que disse? Não percebe que, se a coligação teve o segundo pior resultado de sempre, o facto de o PS ter perdido ainda é mais humilhante para ele? Se a coligação teve um resultado péssimo e mesmo assim ganhou, como classificar o resultado do PS? E atenção: o PS não perdeu só com a coligação, perdeu também com o PSD, que teve maior número de deputados».

Crise: o ego dos presidentes e os truques dos políticos

«22 de Julho de 2015: Aníbal Cavaco Silva anuncia as eleições legislativas para 4 de Outubro e deixa implícita a ameaça de não dar posse a um governo minoritário;

30 de Novembro 2004: Jorge Sampaio anuncia a dissolução da Assembleia da República, deitando abaixo o governo de Pedro Santana Lopes que contava com o apoio de uma maioria absoluta na Assembleia da República.

Com um intervalo de um pouco mais de uma década, dois presidentes da República assumem decisões que minaram as fundações do edifício constitucional português. E deixaram marcas tão profundas que, inevitavelmente, mais tarde ou mais cedo, seriam usadas para legitimar qualquer tipo de truque para a manutenção ou a conquista do poder».

Operação Marquês: PGR deve esclarecer

Joana Marques Vidal, a exemplo do que tem sucedido desde o início da Operação Marquês, e muito bem, tem o dever de esclarecer a opinião pública, a propósito do último comunicado emitido pelos advogados de José Sócrates: «Terminou, há um minuto [00h01 de terça (20)], o prazo concedido ao Ministério Público pelo Tribunal da Relação de Lisboa, para concluir o inquérito aberto contra o Engenheiro José Sócrates. Terminou sem acusação e sem arquivamento, que são as alternativas da lei».

Luaty Beirão: 30 dias em greve de fome

A cada dia que passa, e já lá vai um mês, a greve de fome de Luaty Beirão está a reforçar a exposição internacional da verdadeira face do autoritarismo angolano. E como este ambiente não é favorável à corrupção de Estado e ao branqueamento de capitais, é caso para dizer: a luta continua.

Indesculpável

«Luaty Beirão, cidadão luso-angolano, faz parte desse grupo. Está em greve de fome há 22 dias e só por isso conseguiu impedir que a indiferença da comunidade internacional não pudesse ignorar mais este caso. Por ser mais mediático, o caso de Luaty está a mover montanhas, mas muitos dos seus companheiros estão a ser transferidos pela calada da noite, torturados e mantidos em condições sub-humanas. É o caso de Albano Bingobingo, relatado por Rafael Marques. O mesmo Governo que tantas vezes se deslocou a Angola para defender interesses particulares escondeu-se numa alegada não-ingerência para fechar os olhos a todos estes ataques aos direitos humanos. Só a coragem de um cidadão luso-angolano, disposto a tudo pela liberdade, conseguiu arrancar a tímida reação de Rui Machete. Uma vergonha nacional. Uma coisa podemos dizer: se esta greve de fome terminar em tragédia para Luaty Beirão, este Governo não tem desculpa».

O mistério do dinheiro

«O que pensar de um ex-primeiro-ministro sem fortuna, sem ter tido a sorte de ganhar o Euromilhões, que vive à grande em Paris, Lisboa, São Paulo ou por onde quer que andasse? O que pensar de um ex-primeiro-ministro que tem dinheiro para pagar fortunas por férias, gastar milhares em roupa de luxo, hotéis e viagens, que admitia até passar um ano num resort algarvio, que compra prédios de luxo e financia toda a gente à sua volta? A única coisa que se pode pensar são mais perguntas: onde e como arranjou tanto dinheiro?».

O actor perdido na personagem

«O personagem em que AC se refugiou desde a derrota eleitoral, contudo, parece acreditar no milagre da "facilitação" (uma palavra querida do PSD) à esquerda. O PR vai seguir o guião constitucional. Vamos ver se o PS ajuda o seu líder a sair do transe em que parece mergulhado, ou se, pelo contrário, a hipnose se torna inquietantemente contagiante».

O golpista António Costa tem de ir a julgamento em Maio

«O país sobrevive muito bem com um governo de gestão durante seis meses e sem um novo Orçamento do Estado. Viver em duodécimos tem enormes vantagens. Evita mais despesa pública e novos aumentos de impostos».

A porta dos fundos

«Com menos força ainda, e sem qualquer glória, a esquerda considera que é a sua vez. E isto abre mesmo uma etapa nova na história política do país. Mas isso são outras contas. É de homens que estamos a falar, dos homens de que a política se faz. Costa ganhou um partido com um "chega para lá" a Seguro. Costa perdeu o país e insiste na carga de ombro. À segunda já não há dúvidas: o "chega para lá" é o método Costa para lá chegar. Independentemente de tudo o resto, isto não é aceitável. Costa quer entrar pela porta dos fundos, sim. E não há uma forma delicada de classificar aquilo a que estamos a assistir».

Isabel dos Santos, o Pai e o Branqueamento de Capitais na EFACEC

«A compra efectuada pela nova estrela do jet-set da Côte d’Azur seria feita por uma empresa-veículo (chama-se “empresa-veículo” às empresas que não fazem nada a não ser aparecer como entidade jurídica para concretizar um negócio em nome próprio, mas no interesse de outrem). A empresa-veículo de compra da EFACEC tem o nome de Winterfell Industries. Em Setembro de 2015, a compra já se tinha concretizado e a Winterfell Industries, pertencente a Isabel dos Santos, já detinha 65% da EFACEC. E eis que surge a “bomba”. Torna-se público que, em 18 de Agosto de 2015, o pai- presidente José Eduardo dos Santos tinha exarado um despacho presidencial segundo o qual uma empresa pública angolana de electricidade compraria 40% da Winterfell, por preço desconhecido».

As regras do jogo

«A respeito do que está a acontecer, compro por inteiro a história da ‘golpada’ e da ‘aldrabice’. Ou então a da inépcia e do amadorismo, coisas a que Costa já nos habituou. Entendamo-nos sobre ‘golpadas’: as constituições dos países não são só as regras escritas naquela que é chamada a ‘Lei Fundamental’. São também as regras implícitas da convivência política».

Assessores de Sócrates

«Antes tabloides do que assessores de Sócrates, que é como se portam alguns jornalistas em certas redações. Antes tabloides do que abafadores de notícias. Antes tabloides do que cúmplices na omertà vigente sobre os podres do regime». 

Sócrates está em liberdade, mas continua arguido

«Será curioso acompanhar a guerra entre o juiz desembargador Rui Rangel – já considerado o Pinto Monteiro desta fase – e o Ministério Público. Por fora, jogarão os advogados do antigo primeiro-ministro que não irão dar descanso ao juiz Carlos Alexandre».

É o dinheiro, estúpido!

«A aventura de Costa não vai durar muito, nem trazer uma grande mudança à política como ela por aqui se entende. Mas as consequências do programa que ele pretende executar, ainda por cima corrigido pelo PC e o Bloco, podem ser fatais. Teodora Cardoso, João Salgueiro, Medina Carreira e João César das Neves já avisaram. Não serviu de nada».

Situação excelente, mas não desesperada

«Desde o dia seguinte às eleições, cada um inventou a sua maioria de fantasia: do bloco central (69%), de esquerda (62%) e de quase todos contra a extrema-esquerda (81%). Como é evidente, todas essas maiorias são artificiais: não se pode considerar uma maioria uma aliança não previamente anunciada nem sequer indiciada».

Luaty Beirão: Passos Coelho, Portas e Costa sem vergonha?

Os negócios de Estado, e todos os outros privados que a eles estão associados, com mais ou menos transparência e/ou corrupção, estão a impedir a diplomacia portuguesa de sair em em defesa do cidadão luso-angolano, Luaty Beirão, bem como de outros presos por delito de opinião em Angola? Passos Coelho, Portas e Costa já perderam a vergonha? Ou será que já nem têm tempo para defender a liberdade de expressão?

Operação Marquês: revelação extraordinária

Há homens livres. E homens livres que não podem sair do país e estão proibidos de falar com determinados cidadãos. Para quem quer aprender, basta ler o comunicado da PGR.

P. S. E não há ninguém que meta na estes jornalistas da treta na ordem?

P. P. S. Em último caso sempre se pode recorrer a Paulo Sá e Cunha, o advogado mais disponível para falar sobre a Operação Marquês em qualquer estação de televisão.

PGR: comunicado

Em nome da verdade dos factos:

Nota para a Comunicação Social Operação Marquês – Medidas de coação 

«Ao abrigo do disposto no art. 86.º, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, a Procuradoria-Geral da República torna público o seguinte: 

O Ministério Público promoveu, e o Tribunal Central de Instrução Criminal deferiu, que a medida de coação de obrigação de permanência na habitação, aplicada a José Sócrates e a Carlos Santos Silva, seja substituída pela proibição de ausência do território nacional, sem prévia autorização, e pela proibição de contactos, designadamente com outros arguidos no processo. 

O Ministério Público considera que se mostram consolidados os indícios recolhidos nos autos, bem como a integração jurídica dos factos imputados. Pelo que, na atual fase da investigação, diminuiu a suscetibilidade de perturbação da recolha e da conservação da prova. 

Cessando o segredo de justiça interno, na forma que foi imposta, o que implica o acesso de todos os arguidos aos autos, subsiste a necessidade de conformação de versões e justificações dos arguidos, bem como a possibilidade de conformar factos desenvolvidos noutros países. 

Assim, considera-se que esses perigos e a eficácia das diligências a desenvolver podem ser acautelados com a aplicação de medidas de coação menos gravosas do que as até aqui impostas a estes arguidos». 

Lisboa, 16 de outubro de 2015 O Gabinete de Imprensa

José Sócrates libertado

«Tribunal retira medida de coação a ex-primeiro ministro».

Marcelo Rebelo de Sousa a todo o gás

Com os mais recentes desenvolvimentos na cena política, o candidato Marcelo tem o vento a soprar de feição. E é cada vez mais previsível a vitória à primeira volta.

O inverno está para ficar

«À nossa frente, pela direita ou pela esquerda, o mais certo é depararmos com um cenário de instabilidade governativa que só nos ajuda a ter a certeza de que o inverno está a chegar e ainda vai ficar por cá durante muito mais tempo».

Guerra e política

«A coligação de direita mostrou talento castrense quando concentrou as suas forças numa só candidatura legislativa (escapando à profecia de uma derrota certa) e agora apresentando um só cavaleiro no torneio presidencial. António Costa, por seu lado, usou o efeito-surpresa quando, depois de uma derrota, se reergueu numa manobra tática fulminante, contornando as regras constitucionais que o aconselhariam a aguardar uma segunda chamada presidencial, caso o governo de Passos Coelho não venha a passar no Parlamento».

Chefe das secretas teve acesso a dados de jornalista

"i" assim vai a história de Júlio Pereira e das secretas.

70 anos

«Desenganem-se! A PJ tem o respeito e confiança de quem mais importa – o povo português, que muitas vezes tem nela o último reduto de esperança de que justiça seja feita e que sabe que os seus profissionais, arrimados numa cultura organizacional cimentada em 70 anos, são garantia de descomprometimento, isenção e independência face aos poderes e de qualidade e fiabilidade nas tarefas que a Justiça lhes confia. Salve, PJ!».

Pedido a Cavaco

«Senhor Presidente, viajo para São Paulo daqui a nada e gostaria de deixar um pedido: se a única solução de governo ‘estável’ passar pelo PS-PCP-BE, por favor, não hesite».

Secretas: Júlio Pereira ainda mexe (discretamente)

Uma novidade de 2006... Confirmada, em 2015, com o SIS e o SIED reunidos (discretamente) no Forte da Ameixoeira.

Hoje, Júlio Pereira, mais uma vez, em tribunal.