Angola: eleições mágoa e nojo

O tratamento informativo sobre as eleições angolanas vai ficar nos anais do jornalismo português. Para quem tinha duvidas sobre os riscos da imprensa portuguesa passar a estar controlada por capitais angolanos, então está tudo dito. Já sabemos que o dinheirinho fala mais alto, mas falar de mágoa do angolanos em relação às notícias sobre a farsa da democracia angolana... francamente, não há salário que pague tanto nojo.

Oh, não! O que será do país se a RTP acabar?

«Serviço público de televisão são quatro palavras que em 2012 significam coisa nenhuma».

Drogas legais

«Dois homens, por acaso gays, resolveram marcar um encontro amoroso. Para que as coisas corressem melhor, recorreram às chamadas ‘drogas legais’. Um morreu».

A escola da desigualdade

«De forma rude e atrabiliária, o Ministério da Educação descaracteriza as vias alternativas de escolaridade e torna-as ícone do seu modelo de escola: a escola a duas velocidades». 

Estado de confisco

«O Fisco tem hoje poderes exorbitantes e vai ao osso dos mesmos de sempre: a classe média. Vai ao osso dos que mais sofrem com a crise. Se isto é política...».

A pique

«Este caso dos submarinos, sendo uma gravíssima questão de justiça, mais do que isso é um assunto de regime. Se deixar intocáveis os corruptos, se permitir este nível de impunidade na política, o regime afundar-se-á com os submarinos. A pique».

O canal Relvas

«Chegou a hora da verdade ainda em 2012 antes de um Outono de más notícias no meio da borrasca europeia sempre com resposta adiada».

RTP: o debate obsceno

As reacções ao modelo de concessão da RTP são de bradar aos céus. Afirmar que uma empresa  com capitais próprios negativos e  resultados transitados negativos de 1,7 mil milhões de euros é rentável roça a ignorância. Curiosamente, ainda ninguém disse quem assume o passivo se a empresa for concessionada?

O fim da Troika

«Em português mais prosaico, qual é, afinal, o fim desta troika: ajudar-nos ou matar-nos de vez?». 

O futuro da União

«Não vale a pena dizer que esta crise é muito mais grave que as anteriores».

'Rive gauche'?

«Cem dias depois de eleito, Hollande só desiludiu quem sobre ele criou ilusões».

Kim Jong-Louçã: O grande líder do Bloco

«A distância que vai entre aquilo que o Bloco de Esquerda parece e aquilo que o Bloco de Esquerda efectivamente é dava para correr a maratona». 

Sucata humana

«Depois da agiotagem financeira e da palhaçada do crédito, o maior drama dos tempos modernos é o terrível materialismo do deus dinheiro que tem gerado tanta indiferença e egoísmo nas relações familiares e sociais e que acaba, quase sempre, no abandono dos idosos ou no "despejo dos velhos" num lar».

O caso dos submarinos

«Estamos é a chegar ao ponto há muito tecido por essa malta que tem a arte de fazer desaparecer 30 milhões e de braços encolhidos como se fosse tudo normal...».

Costa à vista

«As ‘lanchas voadoras’ das redes de tráfico de droga com partida no Norte de África estão a evitar o Sul de Espanha como destino da carga – e a preferir a costa portuguesa. É muito mais seguro».

A bonança de Agosto

«Vive-se um ambiente malsão de bonança antes da tempestade do outono orçamental».

O Poder do Estado

«Putin faz da democracia uma farsa tragicómica».

Surf na Ericeira chega a Bruxelas

«Os proprietários do surf camp da praia de Ribeira d'Ilhas, na Ericeira, enviaram uma queixa à Comissão Europeia contra a Câmara de Mafra, que no final de Julho encerrou e tomou posse administrativa do espaço».

EDP: a notícia do empréstimo chinês

É notícia, pois é. Mas a pompa e o alarido em torno do empréstimo de mil milhões de euros que os chineses concederam à EDP são extraordinários. Aliás, a forma como foi noticiado até pode levar um cidadão  mais distraído a pensar que estamos face a mais um grande feito nacional. Ainda mais extraordinário é a presença do ministro de Estado, Paulo Portas, à última da hora, a correr para ficar na fotografia, esforçando-se por assumir uma pose de estadista. Para quem anda sempre com a soberania nacional na boca não está nada mal. Triste sina, sempre de mão estendida, e ainda por cima levam-se a sério.

Enjeitados da pátria

«Portugal despreza os seus emigrantes. Os cinco milhões de portugueses que vivem no estrangeiro são maltratados por todos os níveis da estrutura do estado».

E o PS não sobe...

 «A herança de Sócrates é pesadíssima e vai perdurar muitos mais anos. Mas a actual liderança, de António José Seguro, também não entusiasma o eleitorado».

Mensalão à portuguesa

«Alguém acredita, a alguém passa pela cabeça, que as “profundas e demoradas” discussões que antecedem a formação de um governo de coligação têm alguma coisa a ver com o interesse nacional?» 

Rui Unas detido em Angola

O humorista português foi interrogado pelas autoridades angolanas por ter feito fotografias numa zona de embaixadas. Será que os angolanos estão interessados em investir em programas cómicos?

O Problema De Alguns Activistas Anti-Touradas…

«É comportarem-se de forma pouco adequada aos princípios que enunciam».

Caça às bruxas

«Os crimes sexuais de que [Julian Assenge] é acusado têm uma narrativa bizarra».

O postulado SPECTRE

«Pense na origem da crise que nos aflige. Considere os causadores dos males, corrupções, crimes, explorações. Falamos muito mas pouco sabemos deles. E devíamos saber».

Passodologia

«Os sociais-democratas atingiram o grau zero».

Verão azul

«A abnegada luta da força montada em bicicleta da GNR de Porto Covo para salvar os condutores de Verão das práticas criminosas e do mal absoluto».

A metáfora do futebol

«No início da nova época, o estado do futebol é uma metáfora do País. Clubes à beira da falência, sem acesso ao crédito e com alguns intermediários ainda a fazerem fortunas, quer legalmente, quer através de luvas pagas por debaixo da mesa».

Julian Assange e os crimes

 O fundador do site Wikileaks obteve asilo político do Equador, uma decisão que reforça textualmente as suspeitas de perseguição política. É uma decisão histórica que evita, para já, a extradição para os Estados Unidos da América, via Suécia, um dos países que colaborou activamente na vergonha dos voos secretos da CIA.

P.S. Depois  de uma decisão judicial que permitiu a instalação de mísseis anti-aéreos em áreas residenciais de Londres, durante os Jogos Olímpicos, o mundo assistiu perplexo à ameaça do governo britânico de invadir a embaixada do Equador. É caso para dizer que as secretas continuam a reinar ... também no Reino Unido.

De férias com António Correia de Campos

«Gente a fazer asneira há em todo o lado. Mas esta impunidade de quem faz asneira só existe mesmo em Portugal».

O grande negócio da fome

«Multiplicam-se os indícios de uma crise alimentar global de gravidade idêntica à experimentada em 2008».

Pesadelo do regresso

«Cerca de 120 trabalhadores da Finex Tech, uma têxtil da Maia, regressaram de férias e descobriram que já não tinham emprego».

Ah valentes

Na África do Sul, a polícia continua a executar negros a tiro. Só que, agora, os assassinos também são negros.

Crimes no quartel

«Não se dá por ela, a Polícia Judiciária Militar, mas existe – e existe para atrapalhar a investigação de crimes muito graves que ultrapassam os muros dos quartéis».

Médico de família

«Médico de Família é ginecologista, pediatra e…, o que for preciso.’ Este subtítulo de um jornal traduz a realidade de algumas ilhas dos Açores, em que o Médico de Família (MF) é o único especialista residente. Também é assim em muitas regiões do Continente».

O ano da 'inversão'

«Passos Coelho não resistiu a uma das fórmulas tradicionais da demagogia política para anunciar que 2013 será o ‘ano da inversão’».

Pontal ou Ferragudo?

«Até a silly season se esgotou prematuramente com a vida académica de Relvas». 

Tanto para nada...

«Os números não mentem – e aí estão as cifras negras da miséria».

Passos Coelho: um discurso especial

O primeiro-ministro fez no Pontal/Quarteira um dos seus melhores discursos, vincando ainda mais a diferença com o discurso instrumental e bandalho que nos conduziu ao abismo e ao pedido de assistência internacional. Mas as palavras valem o que valem. E, sobretudo, valem muito pouco com Miguel Relvas ao lado, porque assim a bota não bate com a perdigota, por mais que os portugueses, da esquerda à direita, se esforcem para acreditar.  

Submarinos - documentação afundada...

«Como se o MP e especificamente o PGR Pinto Monteiro (como eu aqui instei, tal como instei os então governantes do PS e o PR - todostambém fazendo ouvidos de mercador) não tivessem então, como ainda hoje, odever de accionar adequado procedimento criminal por desvio/devassa de arquivo público».

Tua

«A Barragem do Tua destrói o Douro para rentabilizar um negócio de ventoinhas».

Uma carga de impostos

«O mal dos espanhóis é o nosso também».

Nuno Garoupa: a credibilidade da opinião publicada

A ministra da Justiça devia ouvir atentamente a entrevista do professor de Illinois à SIC Notícias. E o primeiro-ministro deveria ser mais cauteloso quando afirma que há uma diferença entre a opinião pública e a publicada, duvidando dos amanuenses do costume que o rodeiam.

Submergir e emergir à portuguesa

O discurso político e a táctica partidária são tão previsíveis como os avanços e os recuos das investigações sobre o negócio dos submarinos. 

DCIAP: Mais um escândalo

Quatro anos depois de abrir a investigação à aquisição dos submarinos, o Ministério Público reconhece que desapareceram documentos do Ministério da Defesa sobre o negócio. Na Alemanha já foram condenados os corruptores; em Portugal ainda andamos atrás dos papéis quatro anos depois. É extraordinário!!!!!

PJ definha com agonia

«Daqui a 2 anos a PJ terá um efectivo similar ao de1996/1997».

Sentido da urgência

«Risco de injustiça? Também. Mas nada que se compare à inumanidade que comporta questões deste tipo demorarem, hoje, meses a decidir».

O senhor X

«Começa a verificar-se alguma excitação em torno da escolha do próximo PGR, com a enumeração de personalidades que podem estar na corrida».

Só o mar não fechou

«A pequena praia de surf integrada na reserva mundial do surf, uma joia libertada da especulação urbanística que tudo devorou à volta, aconchegada pelos rochedos e colinas, orgulhosa do seu saber e beleza, a praia procurada por todos os praticantes de surf pode acabar assim?»

Haja caracóis e cerveja este Verão!

«Se o Estado nos dá pancada, se nos trata como imbecis, se nos vai ao bolso, se nos mente descaradamente, é irrelevante! Nada nos faz mexer».

Ecrã mágico

«Como é possível que um país pequenino, de mais a mais na modorra do Verão, produza jornais televisivos de hora e meia, e em vários canais?! Só podia dar nisto: entretenimento, alienação, uma “trip” a um alucinogénio mundo de Oz».

PIN: face oculta

Os projectos de Interesse Nacional (PIN) até podiam ter sido um instrumento essencial para a modernização do país, tal e qual como outros programas de incentivo e investimento público. Infelizmente é cada vez mais evidente que os milhões já gastos serviram mais as clientelas do que o país. Seguramente, não é por acaso que se sabe tão pouco também em relação a esta política de Estado. Falta um balanço transparente e rigoroso sobre os beneficiários, os critérios e a execução de tanto e tanto PIN que, porventura, nunca sairá do papel.

Queremos medalhas sem termos desporto?

«De quatro em quatro anos, lembramo-nos de que existem outros desportos para além do futebol».

O tal canal

«Exigir a um canal único que preste com qualidade todo o serviço público e que, ao mesmo tempo, se afirme contra a concorrência dos privados é puro cinismo».

PIN PON PUN

Numa semana já lá vão dois PIN's. Depois de Alexandre Alves chegou a vez do "magnífico" empresário José Roquette e do seu Roncão d'el Rei. Investir com o dinheiro dos contribuintes e sem qualquer risco parece que já era em Portugal. Agora é possível perceber melhor a guerra ao ministro da Economia.

P.S. A reacção do PS, pela voz do inefável Carlos Zorrinho, diz tudo sobre o caminho que o PS de António José Seguro ainda tem de percorrer para ser alternativa.

O dinheiro dos outros

«Os dois investimentos ‘chumbados’ esta semana pelo Governo e pela Caixa Geral de Depósitos, de Alexandre Alves e José Roquete, revelam a pior faceta dos empresários portugueses».

A pena é um brinde

«Portugal está obrigado a transpor até meados do próximo ano a directiva comunitária que obriga à divulgação por escolas e creches da identidade dos pedófilos». 

PPP e Propaganda

«A Pampilhosa da Serra ou a Sertã estão mais longe do que a Amazónia para os comentadores de serviço».

As panelas do euro

 «No seio da Eurolândia há um muro que separa o Norte do Sul».

Bolt Curiosity PIN

Enquanto o mundo rejubila com a velocidade de Usain Bolt e com o fascínio das imagens do robô explorador Curiosity, em Portugal começa a ser feita a história dos projectos PIN. 

O antro

[Vieira da Silva] «O presidente da comissão parlamentar de acompanhamento do programa de assistência financeira a Portugal (PAFP) veio há dias afirmar algo impensável: que os deputados que a integram podem, sem qualquer problema, estar ligados a empresas e negócios que sejam abrangidos pelo referido programa».

O corte das gordurinhas

«O eventual corte dos apoios a fundações é visto como um primeiro ataque às ‘gordurinhas’ do Estado. Se o Estado poupar 200 milhões por ano na fortuna que gasta com fundações de duvidosa utilidade é um sinal no caminho certo».

PM confirma intervenção no processo de venda do BPN

A resposta do primeiro-ministro aos deputados sobre o BPN não poderia ser mais esclarecedora.  Temos agora a confirmação que Pedro Passos Coelhoo deu uma "palavrinha" aos angolanos para despachar o banco de todas as vergonhas. Já sabemos que funcionou, só não sabemos qual foi, verdadeiramente, a contrapartida. E isso é um escândalo, mais um! Com o PM a meter a mão directamente nas reprivatizações e um ministro dos Negócios Estrangeiros a agir pelo mundo fora como uma espécie de caixeiro-viajante está criada uma situação que só pode dar mau resultado. 

Afonso Andrade: o nome do juiz

Os juízes não têm que comer e calar as conclusões das investigações levadas a cabo pelo Ministério Público. O juiz Afonso Andrade, que presidiu ao colectivo do julgamento do caso Freeport, percebeu o que estava em causa e agiu em conformidade. Cândida Almeida bem pode esbracejar ao sol. O DCIAP saiu deste processo da forma que merecia: de rastos. Perdeu-se uma candidata a substituir o actual PGR, mas a Justiça ficou a ganhar. Afonso Andrade é o nome do juiz que não teve medo de colocar os pontos nos is.

Tricas

«Ganhou a justiça, perdeu o crime».

Política portuguesa é na secção infanto-juvenil

«Aconselho-o a começar pelas reacções à famosa frase de Passos Coelho».

Um saque ao Estado

«Uns tantos espertos descobriram que uma fundação pode ser um excelente pretexto – legal – para sacar todos os anos milhões de euros aos contribuintes».

Duas boas notícias: menos fundações e mais contrapartidas

Cerca de 15% das fundações avaliadas pela Inspecção-geral de Finanças poderão ser extintas ou perder parte ou a totalidade dos subsídios públicos, resultando numa poupança da ordem dos 150 a 200 milhões de euros. Por sua vez, as contrapartidas das aquisições de equipamento militar - cuja execução tem sido miserável, para não dizer criminosa - estão a ser reanalisadas, sendo que no caso dos aviões C295 foi agora anunciado um investimento entre a Salvador Caetano e a Airbus Military.

O poder da justiça

«Tudo se faz a partir da urgência que a própria realidade dita. E, aí, conta muito e quase só a coragem e ousadia de polícias, magistrados, funcionários».

A responsabilidade de privatizar com o euro em vias de implosão

«Se amanhã ouvirem dizer a alguém do PS que é ou que o partido é contra estas privatizações, por favor, não acreditem. Não se deixem enganar. São iguais aos que lá estão. Porventura ainda pior».