Passos ficou ligado a futuro de Relvas

«Primeiro-ministro fez mal em defender a incompetência do chefe das secretas».

O 'joker' europeu

«Houve, na conceção da Europa que arrancou em Maastricht, no começo dos anos 90, três erros que aparecem hoje como as verdadeiras causas, as causas genéticas, da incapacidade europeia. São esses erros que temos que corrigir se queremos evitar o colapso que nos ameaça».

Democracia morre no Parlamento

«Quem folheia o CM de hoje depara, primeiro, com um ex-governante – da linha dura socrática – que ocultou dados relativos a PPP no valor de setecentos milhões de euros. E por onde anda este brilhante gestor? Está no Parlamento».

E as secretas continuam

A performance de Pedro Passos Coelho, no debate quinzenal, recordou José Sócrates no Parlamento. A percepção é que o descaramento político é semelhante, mas, felizmente, o actor é bem mais medíocre.

Visto de longe

«Há casos que não podem deixar de ter repercussões nas decisões de investidores».

«Com mais ou menos comissões parlamentares, os serviços de informações são hoje menos secretos que as parcerias público-privadas».

Secretas ao léu

«Passos, ao levar o tema a debate parlamentar joga a possibilidade de ainda lá estar depois da troika».

Secretas e maçonaria

«O caso das secretas tem vários sintomas do mau estado a que chegámos».

Passos Coelho a salvar a pele

A escolha do tema das secretas para o debate quinzenal era inevitável, depois de um inquérito ordenado aos serviços de informações que não deu em nada (e podia dar com quem instruiu o processo?) e de relatores parlamentares de confiança política e pessoal de Passos Coelho (meros apontamentos de Mozart?) que se enredaram em contradições insustentáveis.
Com tanta "transparência", que rebentou pelas costuras por causa da acusação do Ministério Público, só resta a fuga em frente para tentar salvar a pele do próprio primeiro-ministro.
O que está em cima da mesa já não é segurar Miguel Relvas ou explicar a inexplicável renovação da confiança política em Júlio Pereira, mas sim escrutinar qual foi o grau de envolvimento de Passos Coelho e do PSD com o ex-espião Silva Carvalho antes das eleições legislativas de 2011.

P.S. A declaração de Jorge Moreira da Silva, à saída da reunião da comissão política do PSD, trouxe à memória os tristes tempos do PS de José Sócrates. Tentar convencer os portugueses que o PSD está tranquilo só pode ser entendido como uma anedota. Quem diria... Deve ter sido dos ares de Belém.

Órfãos de País

«O País que mais auto-estradas tem na Europa não investe o mínimo no apoio às suas crianças».

As reformas da justiça e os seus críticos

«Em Portugal, os códigos de processo, por razões históricas e culturais, tenderam sempre a privilegiar mecanismos que, no essencial, regulam a desconfiança nos próprios tribunais».

O erro de Lagarde

«Quem tem funções internacionais não pode cair em generalizações».

Os parvos não são eles

«Os angolanos do BIC recusaram ficar com cinco mil créditos de duvidosa cobrança quando compraram o BPN».

E para desenjoar

CEREJA - FUNDÃO

Um país. Dois sistemas. E ficar com o pior de cada um.

«Gostava de saber apenas em que era do Zodíaco, do calendário Maia ou da astrologia chinesa será possível os contribuintes portugueses deixarem de pagar por uma coisa e pelo seu contrário. Agradecida».

Pressões

«Relvas tem de sair do Governo e já vai tarde. Ao sucessor deve ser exigido que de imediato dê seguimento à privatização da RTP».

Secretas: de Belém a Passos Coelho

É a notícia do dia sobre as secretas no diário i: «Os autos do processo indiciam ainda que Silva Carvalho pode ter saído das secretas com uma moeda de troca: um acordo prévio com o PSD para chegar a secretário-geral do SIRP ou mesmo a ministro».

Depois de atingir irremediavelmente Miguel Relvas, o escândalo aproxima-se agora de Pedro Passos Coelho. Começa a ser possível compreender muito melhor a actual paralesia do primeiro-ministro em relação aos serviços de informações, quiçá almejar vir a conhecer a verdadeira história do outro escândalo - o da vigilância a Belém. 

Os deputados “à Paulo Campos”

«Esconder contratos do Tribunal de Contas é um crime que não pode ser camuflado».

O caso Relvas

«Há um monte de mentiras por aí, e o pior é que metade delas são verdadeiras… A frase, atribuída a Churchill, vem-nos à memória a propósito do caso Relvas».

Ricos e pobres

«Muitos têm dito que há uma Justiça penal para ricos e outra para pobres. Apesar de a Lei ser igual para todos, princípio em que assenta toda a ideia de um Estado de Direito, é inegável que alguns, com mais poder económico, lhe conseguem fugir, pelo menos durante mais tempo do que deveriam».

Gente das secretas e MNE

«Promoções, colocações, nomeações, escrutínios... Que tem o dedo na boca?».

Oh Bujardino, toca o hino!

«A primeira vez que o Hino Nacional tocou em Jacarta no relvado do Palácio Presidencial foi. ..aqui para a "je" !!! desculpem lá a imodéstia. No dia 9 Julho de 2000, já lá vão quase doze aninhos...».

Crescimento e emprego

«As cenas ultrajantes a que continuamos a assistir não se cingem às secretas, existem outros episódios para provar que ainda há muito, mas mesmo muito, para mudar».

Segredos do crescimento

«A razão do dilema entre austeridade e crescimento, que se vive hoje na Europa, está em que nem os políticos conseguem dizer a verdade, nem os povos suportam ouvi-la - mas todos a conhecem».

Patriotismo a metro?

«Almada hasteará segunda-feira "a maior bandeira do mundo"».

O paraíso das smartshops

«O País e as famílias deste País, que perdeu o rumo e que caminha para o abismo, sabem que as smartshops são lojas de drogas».

Esquizofrenias globais

«Como alguém escreveu com oportunidade metafórica, no dia do lançamento cada acção do Facebook “chega para três gregos viverem durante três anos”».

O caso Gaspar

«Recomenda-se uma visita urgente ao país real para evitar erros trágicos».

Pinóquios há muitos...

«Há uma figura que paira no julgamento, tal como no País. E sobre a qual não se pode dizer com ligeireza que é apenas mais um Pinóquio, porque, de facto, pode ser o Grande Pinóquio».

A Oportunidade

«O desemprego atingiu nos últimos dados do INE o valor histórico de 14,9%, o dobro do registado em 2008 imediatamente antes da eclosão do sismo financeiro mundial (7,3%)».

Exemplos extremos

«Da insustentável situação de alguns gestores à grande qualidade do provedor de Justiça».

Santos Silva, Relvas e as secretas

Ver e ouvir o ex-ministro Santos Silva a comentar, na TVI 24, o caso Relvas e as secretas é um exercício para chorar a rir ou para vomitar. Tal e qual como ouvir Luís Marques Mendes a falar das pressões sobre a comunicação social. Será que não há memória? Nem limites?

A propósito do blackout

Segundo Helena Matos.

Sócrates: de fantasma a arguido?

Depois de abandonar o governo, em 21 de Junho de 2011, o nome de José Sócrates começou a pairar sobre a democracia portuguesa como uma espécie de fantasma político indesejado. Actualmente, no Barreiro, onde está a ser julgado o caso Freeport, ou uma parte dele, a consequência mais óbvia das revelações feitas em sede de audiência é chamar o ex-primeiro-ministro a depor na qualidade de testemunha, quiçá como arguido, de forma a poder ter todas as garantias de defesa.

«Antigo administrador do Freeport diz que ex-ministro do Ambiente recebeu pagamentos ilegais» (Público).
«Ex-administrador diz que José Sócrates é o Pinóquio» (Diário de Notícias).

«Freeport: Sócrates ameaça processar Perkins» (Correio da Manhã).

«Ex-administrador diz que José Sócrates é o Pinóquio». (Agência Lusa).

«Freeport: José Sócrates ameaça processar quem abusivamente invocar o seu nome». (Diário i).

«Antigo administrador diz que Sócrates recebeu dinheiro para passar licença. (Rádio Renascença).

«Freeport: Pinóquio era nome de código de Sócrates». (TVI24)

O povo é que paga

«Os contratos das parcerias público-privadas são negócios ruinosos para o Estado. É hoje evidente que os valores pagos pelas PPP têm de ser brutalmente reduzidos. Não se entende por isso a inacção do governo e do Parlamento».

O caso Garzón e o papel do sindicalismo judiciário

«Ao associativismo e ao sindicalismo judiciário cabe defender a independência e a autonomia dos magistrados e a sua liberdade de interpretação da lei e dos factos».

Sábio Conselho

«O novo conselho de sábios que supervisiona a evolução das Finanças Públicas confirma que os trabalhadores do Estado são o principal alvo da austeridade».

A palavra a Passos Coelho

«Mais que a permanência ou não de Relvas, o que é de questionar são outros governantes».

Saque

«Num relatório aprovado por unanimidade, afirmou recentemente o Tribunal de Contas que o anterior Governo lhe escondeu informação financeira essencial no âmbito de seis parcerias público-privadas, constante de contratos paralelos».

Fantasias da finança

«A capitalização de três dos quatro bancos portugueses cotados em Bolsa (BPI, BCP e Banif), através de uma linha de 12 mil milhões do Estado, é uma estranha operação de cosmética».

Mon ami Hollande, mon ami Tsipras

«O euro é um barco à deriva prestes a afundar-se. Há duas bóias de salvação».

Um ano depois da troika

«A manutenção de Miguel Relvas no governo passou a ser um fardo para Passos Coelho».

Caso relvástico

Comunicado do Conselho de Redacção do Público.

«O PÚBLICO e as pressões de Miguel Relvas».                           

Ricos, riscos e coriscos

«Há uns meses, o 3º homem mais rico do planeta afirmou que ele e os seus colegas deviam pagar mais impostos».

Carta ao Presidente

«Por estes dias chega-lhe às mãos o pacote laboral aprovado pela maioria parlamentar. Nas normas desse diploma há um espírito de viradeira de inconstitucionalidade difusa, na esteira de outras leis como a do Orçamento. O Senhor Presidente sabe-o melhor do que ninguém».

Falta competitividade ao turismo

«Vendemos sol e praia. Não actuamos junto de grandes decisores para captar congressos e turismo de negócios».

Um ano depois da troika | iOnline

Um ano depois da troika | iOnline

Onde pára o ministro?

«E que respostas tem o Governo que não sejam as habituais do palavreado ridículo? Era bom que dessem notícias sobre o assunto».

A estupidez sistémica

«O significado político da vitória de François Hollande não se encontra tanto nas ideias novas, ou inesperadas, de que ele seria portador, mas no facto de representar o triunfo de ideias conhecidas que, até aqui, tinham sido vencidas e marginalizadas pela ortodoxia ultraliberal».

Em jeito de notas

«Para Portugal, a situação grega é uma agravante, mesmo tendo em conta que a nossa não derrapou tanto quanto se esperava, e sobretudo que a postura do nosso país foi sempre mais honesta e transparente».

O resgate da democracia

«Com uma dose extraordinária de compreensão, espírito de sacrifício e patriotismo, os portugueses mostraram as razões pelas quais Portugal não é, nem vai ser, a Grécia».

A Bolha

«O Estado português vai agora endividar-nos a todos para pagar os prejuízos dos bancos, que resultam maioritariamente do tráfico de solos levado a cabo por essas tríades constituída por promotores imobiliários, vereadores de urbanismo e banqueiros».

A Pátria em Risco?

«O mesmo "interesse nacional" leva agora a parar tudo – prova de que a defesa da Pátria dispensa submarinos, caças e blindados».

Implosão ou regeneração

«Uma saída da Grécia que faça implodir Espanha e Itália condena o euro à extinção».

Caso secretas: o espalhanço de Relvas

Miguel Relvas deixou de ter condições para continuar no governo depois da audição parlamentar. O primeiro-ministro até o pode continuar a segurar, mas seguramente o governo passará a contar só com dez ministros. O mais grave é que Passos Coelho não conseguiu, ainda não consegue marcar uma diferença cristalina com as trapalhadas nas secretas que marcaram os governos do seu antecessor

A realidade das coisas

«A histeria mediática que rodeou a vitória de Hollande fez crer que iríamos passar da austeridade para o expansionismo puro e duro do investimento público. Seria um enorme erro se isso acontecesse».

Comentar a Justiça

«A inexistência, no MP e nos tribunais, de quem, em tempo útil, preste à comunicação social os esclarecimentos necessários a mostrar a verdade jurídica dos casos, impedindo o que mais tarde é difícil de reparar: a descredibilização da Justiça».

A retórica de Passos

«A situação, de má que é, já é suficiente para atormentar o presente e o futuro das pessoas. Que pedem aos políticos soluções e não prédicas».

Passos Coelho na Feira do Livro

Passos Coelho escolheu e comprou livros (com factura) como um cidadão normal. Um gesto apreciável num tempo em que os livros e a cultura andam pelas ruas da amargura. Surpreendentemente, a notícia foi outra: a vaia ao primeiro-ministro. Mas para quem assistiu ao "acontecimento", a notícia é bem diferente: uma dezena de jovens, que gritaram palavras de ordem, nunca conseguiram mobilizar os milhares de pessoas que estavam presentes.

Haja Deus

«É altura de exprimirmos pesar pelo que sofrem os gregos. É certo que pagam pelos seus erros pretéritos e presentes, e que são muitos».

Renegociar

«Um dos sintomas do nosso atraso é termos uma classe de fazedores de opinião que exibe, semana a semana, o seu desprezo pelo País e pelas suas gentes, e presta vassalagem, conforme as situações, ora à cultura e hábitos anglo--saxónicos, ora à cultura e hábitos franceses, ora, mais recentemente – convém estar com os vencedores do momento –, à cultura e hábitos alemães».

Cidadania mais forte

«É preciso estar muito condicionado para menosprezar a indignação colectiva. Os portugueses têm direito a saber toda a verdade».

Correio público

«Caro Vítor Gaspar, quando Vossa Excelência afirmou que o corte nos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e dos pensionistas seria temporário até 2013, mentiu».

A cotação do voto

«O voto está em alta na França, Grécia e Sérvia, e, em breve, na puritana mas deficitária Holanda».

O kaos grego

«O país está num impasse. Novas eleições nada devem resolver. A receita falhou».

O caso Maddie

«A direcção da PJ decidiu reabrir, à revelia do MP, a investigação do caso Maddie. É difícil de entender a razão por que não merecem igual tratamento e afinco os 13 dossiês pendentes, relativos a crianças portuguesas desaparecidas».

Quer crescimento ou prefere austeridade?

«Não, os portugueses não são estúpidos. E por isso sabem que nenhum político sério pode colocar de um lado a austeridade e do outro lado o crescimento».

Valor e ética

«Em pouco mais de nove meses, MP e PJ conseguiram terminar a difícil investigação ao caso Espiões/SIED. Estão de parabéns pela qualidade do trabalho e pela rapidez da investigação».

Quando os tribunais rimam com repressão

«Está a tornar-se cada vez mais evidente que a crise está a acabar com o Estado de direito e a retirar-nos a liberdade».

A função reguladora

«Criou-se entre nós uma desconfiança imaterial relativamente a capitais de certos países».

Sustentável?

«Que fazem aos nossos impostos?! Para o Governo, o SNS não é sustentável, não há dinheiro para a Educação, para a Justiça, para o Exército, para a Segurança Social, para as reformas…».

Tipologia T30

«Com as autárquicas no horizonte, os aparelhos do PSD e PS andam numa lufa-lufa. Tanto um como o outro têm recebido muitos novos militantes, como se o regime vivesse um invulgar fulgor».

O que conta é a coragem das ideias

«Et voilà... Depois de mais de três anos de impasses, durante os quais o financismo asfixiou quase completamente a política, a vitória de François Hollande parece ter finalmente alterado a situação».

Cultura fora da lei

«O "meio cultural" justifica a condescendência da Justiça? A procuradora--adjunta Marta Gonçalves, do Ministério Público de Viana do Castelo, acha que sim».

O Bloco Central Europeu

«A vitória socialista não só é fundamental para o aprofundamento do consenso europeu, mas também funciona como moderador das tensões partidárias domésticas».

Pequenos quadros ilustrativos

«Confiança, expectativas, autárquicas e relações de vizinhança».

Campeões do vai ou racha

«Usam-se em menos de um ano modelos económicos diametralmente opostos».

Com este DIAP não há intocáveis

«Secretas: Ministério Público acusa três arguidos».

Carlos Barbosa em directo

«Não percebo porque há pessoas com medo desta investigação [SCUT's]. Se estão tão sossegados em relação ao que fizeram, então deixem o DIAP investigar e pronto».

O estado da EDP

«A EDP beneficia de favores políticos sem limite por parte de políticos sem vergonha».

O problema das expectativas

«Os alemães também ganharam com as eleições francesas: vão ter aumentos de 6,5%».

O poder angolano

«A crise financeira destruiu o poder português nos maiores bancos privados. Das jóias da coroa financeira, apenas a família Espírito Santo resiste».

Vontade política

«O relatório do Sistema Nacional de Integridade mostra claramente que há falta de vontade política para travar a corrupção e que, nesse combate, a aposta deve ser na prevenção».

Paris, Atenas, Lisboa

«As eleições gregas, mais do que as francesas, confirmam um ciclo que vai cá chegar. A velha alternância do socialista PASOK e a direita da Nova Democracia ruiu».

A vitória do Chico

«País essencial da Europa, a França mudou de rumo, enquanto os gregos varreram os partidos da troika».

Pingo doce

«O Pingo Doce não precisa, por isso, de multas; os seus responsáveis precisam, sim, é de um par de bofetadas».

França II

«Todo o espectro político à direita do PS está pois em mutação. Sarkozy é a sua primeira vítima».

O espectro do falhanço

«Ou o rigor serve para apostar na economia real, ou o país corre o risco de ceder ao radicalismo e à demagogia».

Comida para o cérebo

«No 1º de Maio, a manifestação de imigrantes cruzou-se com um Pingo Doce abarrotando de estrangeiros. De repente, iguais em lados opostos: uns berravam "Ninguém é ilegal, ilegal é o capital", outros compravam o que podiam».

Verdadeiro Infractor

«Como polícias, não podemos aceitar que um Governo, à semelhança de qualquer infractor, aponte para um futuro eventual o cumprimento da Lei, com as consequências que daí poderão advir».

A geografia do escárnio

«O 1º de Maio deste ano ficou marcado, mais uma vez, pela capacidade de manifestações ordeiras das centrais sindicais e pelo alarido social fomentado por uma cadeia de supermercados que furou o feriado laico mas pecou perante o mercado».

Há algo aqui que vai mal

«A polícia portuguesa está a colocar-se, com a cumplicidade da tutela governamental, perigosamente fora da democracia».

Diferenças subtis na governação

«Das mudanças internas no governo à importância de evitar rupturas com o PS».

Banalização da violência

«Ainda que tal conclusão não resulte directamente das estatísticas e análises oficiais, é evidente que, nos últimos anos, a violência aumentou em Portugal, na família, na escola, no espaço público, nas relações sociais e, naturalmente, na actividade criminosa».

1.º de Maio no Museu de História Natural

«No passado dia 1 de Maio fomos brindados com dois momentos pré-históricos: 1) o discurso de Arménio Carlos na Alameda e 2) a campanha do Pingo Doce que transformou os seus supermercados em palco de batalhas campais pelo último pacote de batatas fritas».

Pingo amargo

«A retórica da crise como uma oportunidade é perversa. Há perguntas a que ela deliberadamente não responde: é uma oportunidade para quem? É uma oportunidade para fazer o quê? Sem nomes e sem políticas, a "oportunidade" da crise é uma peça a leiloar, comprável por quem dá mais».

Algumas dúvidas apenas

«Campanhas de marketing, tribunais políticos e novas realidades económicas».

Um vislumbre de esperança

«Trinta e oito anos depois da consagração dos três "d" - a democracia, a descolonização e o desenvolvimento -, o que caracteriza hoje a situação do País são três "d" muito diferentes: a descredibilização dos partidos políticos, a desvitalização da democracia e a desqualificação dos portugueses».

Juízes de fraque

«Levar por diante reformas como a do mapa judiciário enquanto os magistrados continuam a ocupar-se de casos menores e de cobranças difíceis há-de ser uma inutilidade sem nome».

Feira cabisbaixa

«Em Portugal, os tumultos em tempos de troika decorrem no supermercado».

O novo dia 1.º de Maio

«Ontem aconteceu qualquer coisa ‘nova’ no País. Nas ruas, as centrais sindicais assinalaram o 1º de Maio com ainda menos gente do que o habitual».

Maio de Chumbo

«Os tempos são de chumbo entre a pobreza do debate nacional e a angústia suicidária europeia. Esperemos que no domingo Paris volte a ser a Cidade-Luz…».

Abaixo de cão

«Jamais seria capaz de escrever que o bastonário da Ordem dos Advogados é um escaravelho do diabo ou uma mosca morta. Mas Marinho Pinto não se ofenderia certamente com estas classificações zoológicas da sua ilustre pessoa».

O Primeiro Verão no Merkhollande

«A opinião pública procura avidamente propostas alternativas. Procura “memorandos para o crescimento” capazes de gerar emprego e prosperidade».

Também há boas iniciativas

«A fusão da Técnica e da Clássica e uma revisão menos penalizadora de certos contratos de habitação são dois casos».

Há alternativa

«A austeridade que fustiga os portugueses, com aumento de impostos e redução de salários, é perfeitamente evitável. Desde que o governo opte por outro tipo de medidas, que penalize menos os cidadãos e as empresas, retire privilégios aos poderosos e altere de facto a estrutura de despesas do Estado».

Saber da morte de Miguel Portas em S. Quentin

«Custa muito ver partir uma das mais conscientes, inquietas e generosas figuras da minha geração. Mas Miguel, como ele próprio reconheceu, teve uma vida cheia».

E a esperança?

«Por onde anda esse estado de alma que nos vai abandonando?».