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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quinta-feira, agosto 30, 2007

Importa-se de repetir?

” Com autorização da Câmara do Porto, foi construída no Parque da Cidade uma pista de aterragem. Presumo que os ambientalistas estejam a banhos no Algarve.“

Quem vos avisa...

A Lei do Funil com grande oportunidade.

Lá se vai o estatuto do amigo

O veto presidencial coloca a GNR no seu devido lugar. Tal e qual como José Sócrates.

Não assusta

Mas impressiona: Manchester United, AS Roma e Dinamo Kiev têm pela frente o Sporting.

Tontices

A insistência de atribuir à ETA a ocupação do Algarve faz corar o mais ingénuo dos espiões. Felizmente, quanto mais se atira para para baixo mais se olha para cima. Até o terrorismo pode ter a pronúncia do Norte.

terça-feira, agosto 28, 2007

O caso Antonio Puerta


Será que o habitual manto de silêncio se vai abater sobre as causas da morte do jogador espanhol? E a FIFA o que tem a dizer sobre o caso (mais um!) que se passou à vista de todos? Quanto vale a vida de um desportista perante o poder do futebol?

E ainda a procissão vai no adro

Alberto Gonzales, Procurador-Geral dos Estados Unidos, demitiu-se. Não deixa saudades, o magistrado que inventou o alargamento dos poderes presidenciais, a recusa da Convenção de Genebra e a legalização de escutas sem mandado judicial. Tudo em nome de um certo combate aos suspeitos de actos terroristas, cujos resultados estão à vista. Georges W. Bush é um homem cada vez mais só.

domingo, agosto 26, 2007

Um parágrafo que vale a pena

Forças de bloqueio
”O Presidente da República vetou ontem o regime de responsabilidade civil extracontratual do Estado. Se a Assembleia confirmar o veto, isto significa que o Estado deixará de ser legalmente responsável por qualquer dano que infligir a um cidadão (a si e a mim), faça o que fizer ou tome as decisões que tomar. O Estado pode, por exemplo, condenar um inocente por pressão política sem o indemnizar, pode legislar ad hominem como bem entender e lhe convier e pode com uma lei, um regulamento ou uma obra anular o valor de uma propriedade. Pode tudo e ninguém lhe pode pedir contas, porque goza de uma impunidade absoluta, que nega os próprios fundamentos do direito como até agora entendido no Ocidente civilizado. (...) “
Vasco Pulido Valente in Público, 26.08.2007

É o maior erro de Cavaco Silva desde que tomou posse. Infelizmente, matou uma das únicas medidas legislativas propostas pelo Governo que merece aplauso.

Porto Sporting

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É para vencer!

sexta-feira, agosto 24, 2007

Back to business

Amistad caliente é o mínimo que se pode dizer das relações entre Portugal e Espanha depois de se ter colocado a hipótese da ETA ter uma base logística em Portugal. O que estará a distrair os serviços de informação?

Cocktail explosivo


Por ordem alfabética: José Luís Arnaut, Brandia, Carlos Coelho, Durão Barroso, Finaciamento partidário ilegal, PSD, Somague.

sexta-feira, agosto 03, 2007

À espera da demissão de Santos Silva


Após o veto político de Aníbal Cavaco Silva, com uma fundamentação dura, como cidadão e Jornalista apenas aguardo um último gesto de decência política de Santos Silva: a demissão. De igual modo, depois de o primeiro-ministro ter afirmado, publicamente, que se sentia insultado pelas críticas dos Jornalistas, também se aguarda um pedido de desculpas públicas, ainda que não acredite num gesto de tal seriedade política e institucional. Com a convicção de ter criticado o teor do (defunto) Estatuto do Jornalista e consciente de nunca ter apelado ao poder político para assegurar a Liberdade de Imprensa, matéria consagrada na Constituição, a decisão presidencial merece um enorme elogio público.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Novo autarca

António Costa tomou posse como Presidente da Câmara de Lisboa. O discurso foi sereno e suficientemente vago para deixar em aberto todas as possibilidades. O cumprimentos a todos os eleitos caiu bem entre as mais altas personalidades e interesses presentes na cerimónia. Com o Zé no bolso, António Costa ainda tem pela frente Helena Roseta, que está a revelar uma coerência ímpar.

Desilusão

Chama-se Sá Fernandes. A oposição do Bloco já lhe chamou cambalhota. Qual é o próximo passo? Uma coligação encapotada com o PS nas Legislativas de 2009?

A lei dos 500 morreu

Depois da contestação geral, Governo deixa cair a (peregrina) imposição de declaração ao Fisco de doações a familiares.

MP arquiva

Participação de crime de falsificação de documento autêntico, envolvendo a licenciatura em engenharia civil na UNI – Universidade Independente de José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

quarta-feira, agosto 01, 2007

A crítica é saudável

Márcia Rodrigues, Jornalista da RTP, está no centro da polémica por se ter coberto com um véu para fazer uma entrevista ao embaixador do Irão. Pacheco Pereira e Helena Matos não pouparam críticas, mas não disseram uma única palavra sobre o teor da entrevista, que, confesso, não vi. De facto, não concordo com a forma como a Jornalista se apresentou, mas considero mais importante saber se fez um bom ou mau trabalho. É a diferença entre apreciar a forma e a substância. Obviamente, é mais fácil apreciar a forma, sobretudo quando se trata de uma Jornalista profissional e competente.

Tempos medievais

O Diário de Notícias, no seu editorial, faz a seguinte afirmação: ” Nos tempos medievais, os pecadores livravam-se dos seus pecados contribuindo para os cofres da Igreja. Muitos séculos depois, o Ministério Público prepara-se para recuperar essa prática. É, pelo menos, isso que indicia o comunicado do MP que dá conta da hipótese de serem arquivados os processos de fraude fiscal da Operação Furacão, desde que os infractores paguem o que devem “.
Não posso estar mais de acordo, apesar de não saber quem o escreveu (o editorial do DN não tem autor identificado). Já o tinha escrito. E até o afirmei, publicamente, há muito tempo, na SIC Notícias, ao lado de Diogo Leite Campos, que admitiu a tese que, aparentemente, saiu vencedora.
O que não acho normal, e até acho que é mais um sinal dos tempos, é o afastamento de um Jornalista com base no fundamento do período experimental de seis meses, previsto na legislação do Trabalho. Conheço há muitos anos João d'Espiney, desde os tempos do Semanário Económico. E só posso concluir que há tempos medievais e medievais. E que ainda existe quem não compreende que não vale tudo no Jornalismo, como em qualquer outra área de actividade.