ESTADO DE RISADA MOMENTÂNEO

«Subitamente, Pedro Nuno Santos, e os seus pares à esquerda, descobriram que tinham sido enganados em relação à descida em sede de IRS. Sejamos claros: se o PS o tivesse denunciado, em campanha eleitoral, não poderia ter agitado o papão do “choque fiscal”, amplamente propalado pelos arrependidos de última hora; aliás, já bastava o embaraço da redução orçamentada para 2024 ficar aquém da AD2024».

JUSTIÇA PARA POBRES, RICOS E ÓRGÃOS DE SOBERANIA

«Será que é admissível que o presidente influencie e condicione a escolha do procurador-geral da República que pode, eventualmente, determinar uma futura investigação ao cidadão, depois de sair de Belém?».

AMEAÇA DO BLOCO CENTRAL

«As primeiras impressões não foram positivas, pelo que é preciso arrepiar caminho e retomar iniciativa política: tem de haver resultados na saúde nos próximos dois meses. Nas outras quatro áreas cruciais, mais do que conhecidas, também são aguardados frutos».

UM DESPERDÍCIO, UM TEMPO NOVO

«A memória do passado, a afirmação dos valores universais e a acção do poder político e institucional não se vincam com mais assassinatos, guerras, museus ou com ainda mais tacticismo e adiamentos».

RETROCESSOS

«Por mais avassaladora ou dissimulada, a ficção não foi apenas uma prática desta desprezível espécie de esquerda no poder, também pode ser uma perigosa tentação da governação da velha e da nova direita».

NÃO PASSARAM

«A mensagem é clara: ignorar o dia-a-dia do povo e os valores universais, mesmo com a cobertura de uma imprensa sem norte e, nalguns caos, sem vergonha editorial, será sancionado nas urnas de voto».

AS ESTRELAS DA CAMPANHA

Rui Rocha e Rui Tavares foram as estrelas da campanha eleitoral. O líder da Iniciativa Liberal causou admiração pela lufada de ar fresco na campanha eleitoral; o líder do Livre surpreendeu ao representar uma esquerda viva, convicta, que não existe para se confundir com o Estado nem para se servir dele.

P. S. Luís Montenegro, com o caminhado minado, à direita e à esquerda, para já não falar do seu próprio partido, conseguiu a proeza de recriar a AD, de apresentar um novo rumo e de revelar preparação, serenidade e determinação que ainda não havia demonstrado.

OLHAR EM FRENTE

«Nos últimos dois anos, os portugueses assistiram ao maior ataque aos princípios e valores democráticos desde o 25 de Abril».

A GRANDE TENTAÇÃO EM CAMPANHA

«A auto-proclamação de seriedade, para depois melhor insinuar que a Justiça está a interferir no jogo político, não serve a ninguém, nem aos cidadãos, nem aos políticos, nem aos partidos, nem aos corruptos, nem ao futuro governo de Portugal».

ALTA (IN)DEFINIÇÃO

«O desvario é universal, faltam referências, o escrutínio de instituições credíveis e até a análise e o comentário independente e idóneo».

QUANDO A REALIDADE GANHA, OS LOBBIES PERDEM

«Os discursos ao jeito de Fidel, a treta dos papões e o marketing estafado estão a perder terreno, porque o tempo em Democracia joga a favor da transparência e contra a corrupção».

AUTORITARISMO NUNCA MAIS

«O sonho de António Costa de um país de funcionários públicos, mais manipuláveis, sem concorrência e apenas com grandes empresas e projectos faraónicos, não vingou, dificilmente poderá vingar, com a esquerda ou a direita».

PORTUGAL EM POUCAS PALAVRAS

«A crise na Madeira, tal como outras, representa tão-só a inevitável consequência do que andámos a semear, ou a tentar esconder, nos últimos 8 anos».

TEMPOS INSANOS

«A crise na comunicação social é apenas mais uma consequência desta promiscuidade, falta de prioridades e valores, acrescida do intolerável distanciamento e até abandono dos cidadãos. Aliás, é arrepiante assistir à vulnerabilidade de cada um dos portugueses face ao Estado e à sua Administração novamente retocada de rosa».

LEI MALANDRA E DERROCADA À VISTA

«É a síntese da mais obscura situação política e institucional que alguma vez Portugal viveu desde o 25 de Abril. (...) O Ministério Público entrou em cena, na forma e no tempo que entendeu, só resta saber se, acautelando que escapará ileso, poderá evitar a derrocada que está à vista».

2024: CHEGA E INICIATIVA LIBERAL

«Entre os sectores que afundaram, uns já no caos, outros a caminho da disrupção, vale a pena rever o que propõem os líderes em ascensão, André Ventura e Rui Rocha, por exemplo em relação à Justiça. Curiosamente, nenhum deles avança com a autonomia financeira do poder judicial – capacidade de gerir os recursos de acordo com as necessidades e de uma forma independente».

PEDRO NUNO SANTOS: DO TRUNFO AO FARDO

«A mudança só será possível se os cidadãos tiverem a certeza que não correm o risco de ficar pior do que já estão».

O QUE MARCELO NÃO FEZ

«O presidente pode ser descontraído e até muito distraído – como com Ricardo Salgado e Tancos –, mas depois da notícia das gémeas tratadas nem sequer teve o cuidado de saber o que havia acontecido. A inteligência nem sempre é prática, a formalidade nem sempre é a salvação e a familiaridade em cargos de Estado é sempre institucionalmente fatal».

NÃO HÁ ABUSOS DE PODER PERFEITOS

«A questão não é apenas o que o presidente fez, mas sobretudo o que não fez para evitar um iminente favorecimento escandaloso, tendo em conta que foi abordado pela sua própria família. De igual modo, o problema também não é o das gémeas terem recebido o tratamento mais caro do mundo, mas sim o de outras crianças, nas mesmas condições, não terem conseguido os mesmos cuidados e acompanhamento».

O PADRÃO DE MARCELO

«Contra factos, não há argumentos: com Marcelo Rebelo de Sousa em Belém, o resultado está à vista, o desastre consumado. Será que o “filme” ainda pode acabar a contento de todos?».