P. S. A pressão para ilibar António Costa a priori contrasta com o tom de abandono a José Sócrates a posteriori.
P. S. A pressão para ilibar António Costa a priori contrasta com o tom de abandono a José Sócrates a posteriori.
As notícias das bolandas judiciais dos ex-primeiros-ministros dizem tudo sobre a governação dos dois últimos socialistas, pelo que já não constituem novidades. Todavia, o último desafio à justiça – Sócrates desafia Justiça e recusa ir ao posto da GNR cumprir apresentações quinzenais – é um patamar nunca visto.
A nomeação de Patrícia Dantas ficou pelo caminho, tal como a polémica, mais uma marca da diferença entre o actual Executivo e o anterior, em que não há lugar para o branqueamento sistemático e o alimentar do braço-de-ferro com as autoridades judiciais.
P. S. Ainda a propósito da desfaçatez, truques e embustes: «Medina financiou queda da dívida pública com dinheiro das pensões futuras».
Aparentemente, as prioridades são a regulamentação do lobbying, o enriquecimento ilícito e até, pasme-se, o uso de inteligência artificial para apanhar os corruptos. Da autonomia financeira, que permitiria reforçar os meios, ainda nem uma única palavra.
O país vai ser informado, com mais ou menos boys, registados à luz do dia, de quantos nomes propostos para o próximo governo foram chumbados?
Entre a jornalista [Ângela Silva], com uma carreira feita ao longo de décadas, e o presidente [Marcelo Rebelo de Sousa], com um historial de proezas e façanhas de outras tantas décadas, não há uma única dúvida: vale mais a notícia do Expresso.
P. S. E assim vai Portugal, à mercê de tropelias e cambalhotas politicamente impunes, por ora, as quais, aliás, estão na origem da evidente descredibilização das instituições e do estado a que o país chegou. Até quando, 2026?
Lucília Gago defendeu a autonomia financeira do Ministério Público, deixando criticas às pressões e ingerências sobre a investigação criminal.
P. S. Os partidos do sistema fazem de conta há muito tempo. O que impressiona são os silêncios pesados de quem em campanha eleitoral propagandeia "o ano da mudança" e a "mudança a sério", como respectivamente André Ventura e Rui Rocha. Assim, ninguém os leva a sério.